Seixal exige solução para os odores e praga de gaivotas

Praga de gaivotas no aterro da Amarsul preocupa população 

Os odores provenientes do Aterro Sanitário da Amarsul, no Seixal, e a praga de gaivotas que invadem o local em busca de alimento e que se deslocam depois para as zonas urbanas foram dois dos motivos que levaram a Câmara do Seixal, a Junta de Freguesia de Amora e vários munícipes a visitar este equipamento. O  presidente da Câmara Municipal do Seixal, referiu que “o objetivo desta visita é perceber qual a estratégia da Amarsul para mitigar as consequências destas duas situações na vida das populações, bem como perceber o que se passa concretamente neste espaço”, sublinhou Joaquim Santos, durante a visita. 
Câmara quer resolver praga de gaivotas no aterro da Amarsul

Os odores desagradáveis originados por aquele aterro constituem, desde há muito, uma preocupação para a Câmara Municipal do Seixal, a qual tem reivindicado junto da Amarsul e do Ministério do Ambiente a tomada de medidas adequadas à sua eliminação. Após a visita  ao local, Joaquim Santos ficou a saber que “a empresa tem uma estratégia no que se refere aos odores, que começará a funcionar em pleno em 2018, quando a Central de Valorização Orgânica trabalhar a 100 por cento, e que conseguirá reduzir significativamente os mesmos”.
O autarca frisou ainda que “aguardaremos que a situação se concretize para verificar se efetivamente fica encontrada a solução e se a população deixa assim de se sentir incomodada com os odores”.
Outra das situações que gera desconforto à população é a praga de gaivotas, que se deslocam ao aterro em busca de alimento, indo depois para as zonas urbanas, provocando ruído, sujidade e estragos, como o entupimento de goteiras e canalizações, além dos vários danos que podem causar nas estruturas de isolamento e de proteção térmica colocadas em terraços e nos telhados.
No que se refere a esta situação, Joaquim Santos referiu que ficou a saber que “a Amarsul não fará muito mais do que tem feito, ou seja, apenas irá proceder ao espantamento das gaivotas e tentar afastá-las dos alimentos”. 
Ainda a este propósito, o autarca referiu que “já alertamos o Ministério do Ambiente para a questão das pragas, para as quais deverá existir uma legislação que possibilite que as entidades públicas possam agir sobre esta matéria, e iremos reforçar esta situação de forma a que possa existir enquadramento legal que nos permita abordar este problema”.
Ainda sobre esta questão, importa referir que o próprio Serviço de Proteção da Natureza e do Ambiente, da Guarda Nacional Republicana, em ofício recentemente dirigido a esta autarquia, confirma e identifica o Aterro Sanitário da Amarsul, no Seixal, como um local de forte concentração de gaivotas.

Estudo de 2016 já alertava para o problema 
Também o estudo que a Câmara  do Seixal pediu ao Centro de Ciências do Mar e do Ambiente, e que foi apresentado em Julho de 2016, apontou o Aterro Sanitário da Amarsul como uma das principais fontes de alimento das gaivotas, as quais ocupam as áreas urbanas da sua periferia. O mesmo indica ainda um conjunto de causas e de medidas, visando reduzir as condições de atratividade do aterro, nomeadamente através de medidas destinadas a dificultar, ou mesmo inviabilizar, o acesso das gaivotas ao recurso alimentar que o aterro propicia.
De entre essas medidas apontadas pelo estudo , destacam-se,  "a  redução ao mínimo possível da disponibilidade de tempo e de espaço de acesso das gaivotas aos resíduos depositados na frente ativa do aterro, diminuindo assim a oferta de alimento para as gaivotas" e a "manutenção das atividades de espantamento levadas a cabo pelos falcoeiros e reforço dos seus períodos de atividade".
Desta forma, a Câmara  do Seixal exige a tomada de medidas concretas na gestão do aterro, designadamente um eficaz aproveitamento do biogás e a cobertura rápida dos resíduos ali depositados, nos termos dos melhores princípios de gestão deste tipo de infraestruturas. 
Também a correta gestão da Central de Valorização Orgânica afigura-se-nos fundamental como meio de eliminar os odores desagradáveis, contribuindo ainda para impedir o acesso das gaivotas a uma fração muito significativa de resíduos. 
Consequentemente, a Câmara do Seixal reitera a sua exigência junto da Amarsul e do Ministério do Ambiente para que estes concretizem, entre outras, as medidas atrás referidas.

Agência de Notícias com Câmara do Seixal

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