PSP de Almada sem carros para as ocorrências

Falta de viaturas impossibilitou agentes de acorrer a um roubo

A PSP de Almada não conseguiu responder a uma ocorrência de roubo por falta de viaturas de serviço, avança o Correio da Manhã. Os polícias têm usado os carros particulares. O caso tem afetado especialmente, segundo o jornal, a Esquadra de Investigação Criminal. Apesar disso, o comando da PSP de Setúbal - que tutela a divisão de Almada - garante que "nada nos foi comunicado". O Sindicato Unificado de Policia, diz que o problema das viaturas "é transversal a toda a PSP" e é "algo que ultrapassa a direção da polícia e que se prende com o adiamento do investimento do poder político na PSP". 
Polícia de Almada sem carros para trabalhar 

Os investigadores da PSP de Almada trabalharam na passada semana sem viaturas de serviço, tendo sido obrigados a usar os carros particulares. O jornal Correio da Manhã diz ainda que só depois de uma questão do jornal ao comando da PSP de Setúbal, que tutela a divisão de Almada, é que os investigadores receberam um carro.
Ainda de acordo com o mesmo jornal, os agentes da Esquadra de Investigação Criminal da PSP de Almada chegaram mesmo a ser impedidos de tomar conta de uma ocorrência de roubo, porque não tinham nenhuma viatura. Diversas avarias mecânicas foram deixando inoperacionais os quatro veículos de que os investigadores dispunham. 
Fonte oficial da PSP, disse ao mesmo jornal, desconhecer a existência de polícias que tenham sido obrigados a trabalhar com os próprios carros. "Temos [no comando de Setúbal] de saber da falta de viaturas. E neste caso nada nos foi comunicado".
Ainda em Almada, os agentes colocados nas três Equipas de Intervenção Rápida patrulham em duas viaturas com muitos milhares de quilómetros e em más condições. Existe apenas uma carrinha para cerca de 25 agentes e que se avaria com frequência. 
Quando isso acontece, os polícias têm de trabalhar num Mitsubishi Lancer, com os estofos rasgados e com problemas mecânicos. 
Para Peixoto Rodrigues, presidente do Sindicato Unificado de Policia, o problema das viaturas "é transversal a toda a PSP". "É algo que ultrapassa a direção da polícia e que se prende com o adiamento do investimento do poder político na PSP", sublinhou Peixoto Rodrigues.

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