Barreiro lança serviço de bicicletas elétricas partilhadas

Serviço público de transportes, de titularidade municipal, com futuro sustentável

No ano em que os Transportes Colectivos do Barreiro - TCB - festejam seis décadas, foi anunciado um investimento que ronda os 18 milhões de euros - o maior até à data na história da Câmara do Barreiro – para a renovação da frota, com a aquisição de 60 autocarros, movidos a gás natural comprimido. Em dia de celebração foi ainda inaugurado um novo serviço – TCBikes – que permite, a quem tenha passe dos TCB, usufruir gratuitamente do serviço de bicicletas partilhadas do município. Para o presidente da Câmara do Barreiro, Carlos Humberto, este novo serviço representa “um novo patamar no que diz respeito ao serviço prestado inserindo-se num conceito de prestação de “serviço de transportes e mobilidade”. .O Secretário de Estado Adjunto e do Ambiente, José Mendes, esteve presente na cerimónia, apontando o TCBikes como sendo um contributo “inovador” para a mobilidade na cidade e na região. 
Utentes dos TCB com acesso a bicicletas partilhadas 

“Avançamos com uma candidatura para a aquisição de 60 novas viaturas, movidas a gás natural. Aproveitámos a oportunidade, apesar de a comparticipação ser baixa e obrigar a um endividamento da autarquia em cerca de 15 milhões de euros”, disse Carlos Humberto, presidente da Câmara do Barreiro, na cerimónia que assinalou o aniversário dos Transportes Colectivos do Barreiro, a 24 de Fevereiro.
Os TCB são um serviço municipalizado da Câmara do Barreiro que efectua carreiras em todo o concelho, para além de também efectuar ligações em algumas freguesias do concelho da Moita.
A aquisição dos novos autocarros, aprovada pela Câmara e pela Assembleia Municipal, vai ser feita até 2019, num investimento de cerca de 18 milhões de euros, que vai ser financiado através de um empréstimo bancário, sendo esperados cerca de 3,5 milhões de euros de fundos comunitários.
Os 60 anos dos TCB serviram também, de acordo com a autarquia, para relembrar que o serviço de transportes foi essencial para minimizar a perda de população no concelho.
“Os TCB não permitiram que a sangria tivesse sido maior ao nível da perda de população, sem os TCB perdíamos muito mais que os cerca de 20 por cento da população que ocorreu”, conta o presidente da Câmara. 
"Somos defensores dos transportes públicos municipais", afirmou o autarca, sublinhando que, “nos últimos 60 anos, os TCB estruturaram o concelho do Barreiro", permitindo a “aproximação” das freguesias mais distantes ao centro. "Hoje temos uma rede de transportes que, praticamente, nos leva a todo o lado", traçada em função de pontos nucleares, como escolas, centros de saúde, mercados, espaços de cultura, vida noturna e ligação com outros transportes.
Foi preciso um conjunto de medidas "corajosas", admitiu, para dar sustentabilidade financeira aos TCB. “Estamos a entrar num patamar diferente": "um serviço de transportes e mobilidade", combinados.
Carlos Humberto defendeu a necessidade de "um passe social que integre toda a Região de Lisboa", e com outros tarifários: “Não podemos continuar com uma bilhética com estes valores".
Recorde-se que os TCB operam no Barreiro, tendo, recentemente, alargado o seu serviço a três freguesias do Concelho da Moita, facto que considerou “um primeiro passo”.

Governo aprova "dinamismo" dos TCB 

Presente na cerimónia esteve o secretário de estado Adjunto e do Ambiente, José Mendes, que elogiou os 60 anos de um serviço público de primeira necessidade.
“Um serviço público de transportes de titularidade municipal tem um papel central nas políticas de mobilidade e por isso fizemos o mesmo com a Carris e os STCP”, defendeu, lembrando o trabalho nas novas autoridades de transportes e o investimento do governo de “cerca de 150 milhões de euros” em apoios, como o caso dos passes.
José Mendes aproveitou também para referir que os ajustamentos de tarifários foram de 1,5 por cento, de acordo com o valor da inflação.
“O governo tem que garantir que o transporte público seja acessível às populações, mas este só existe se existirem operadores. É um aumento mas também tem que se cuidar de quem gere as empresas, sobre pena de vermos reduzido o sistema. O aumento foi de 1,5 por ento e os que criticaram deviam revisitar o aumento de 15 por cento em 2011”, concluiu o secretário de Estado. 

As condições de uso do TCBikes Carlos Humberto disse ainda que é necessária uma mudança de patamar nos TCB, anunciando algumas medidas, como a aposta em aplicações e um novo serviço de TCBikes, em que existem 10 bicicletas disponíveis que podem ser usadas por quem tenha um passe dos TCB.
As 10 bicicletas, alocadas a duas estações de recolha/entrega, localizadas no centro do Barreiro (Parque Catarina Eufémia) e Terminal rodo-ferro-fluvial do Barreiro. Cada estação tem capacidade para 10 bicicletas.
As bicicletas estão disponíveis para os passes: TCB 30 dias,  TCB 30 dias 4_18\Sub23, TCB 3ª Idade  e TCB Jovem, sem qualquer custo acrescido, entre as oito e as 22 horas.
Cada cliente com o cartão Lisboa Viva carregado com um destes títulos tem direito a uma hora de utilização diária, sendo colocado em lista negra em caso de abuso.
A hora diária não necessita ser seguida, desde que a bicicleta seja depositada nas docas.
As bicicletas encontram-se equipadas com equipamento GPS, e o utilizador concorda com a monitorização da sua viagem durante a utilização deste serviço
A utilização das bicicletas é restrita ao interior do Concelho do Barreiro, para lá destes limites é considerada abusiva.
O cliente terá de se deslocar ao Espaço Mobilidade ou ao posto do Terminal para concordar com os termos de responsabilidade de uso da Bicicleta, permitindo aferir e atualizar os dados dos clientes, só depois poderá usufruir da mesma.
Quando o cliente é menor de 18 anos a Declaração de Autorização para Acesso a Dados Pessoais, terá de ser obrigatoriamente assinada pelo responsável do menor.

Agência de Notícias 







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