Barcos do Tejo voltam à greve ainda este mês

Trabalhadores da Transtejo avançam para dois dias de greve

Trabalhadores da Transtejo, responsável pelas ligações fluviais no rio Tejo, entre a capital e os municípios do Barreiro, Seixal, Almada e Montijo, decidiram esta semana avançar para uma greve de dois dias, durante três horas por turno, devido a problemas nas embarcações e ao processo de revisão do Acordo de Empresa. A data da greve ainda não está marcada, mas pode ocorrer ainda durante o mês de Março. Em causa está a degradação contínua da actividade das empresas, "com a falta de medidas concretas para reporem os navios em funcionamento e pela falta de resposta do governo ao acordado para a revisão dos acordos de empresa, assinado a 27 de Dezembro passado", informa a Federação dos Sindicatos de Transportes e Comunicações. 
Barcos do Tejo vão parar três horas por dia no início dos turnos 

Os trabalhadores da empresa, que faz as ligações fluviais do Montijo, Seixal, Almada, Trafaria e Porto Brandão com Lisboa, reuniram-se esta quarta-feira em plenário no terminal do Cais do Sodré, em Lisboa, o que originou a paralisação das ligações durante um período da tarde.
"Os trabalhadores vão avançar para dois dias de greve, de três horas por turno. A data da greve ainda não está marcada, mas acreditamos que venha a ocorrer ainda durante o mês de Março", disse à Lusa Carlos Costa, do Sindicato dos Transportes Fluviais Costeiros e Marinha Mercante, afeto à Federação dos Sindicatos de Transportes e Comunicações.
O sindicalista explicou que os trabalhadores estão preocupados com o processo de revisão do Acordo de Empresa e com o estado das embarcações.
"Temos um pré-acordo para a revisão do Acordo de Empresa assinado desde Dezembro, mas até ao momento não temos mais informação do processo. Em relação ao estado da frota e dos pontões, a situação é caótica", afirmou.
"O governo que nomeou a administração que assinou estes acordos, é o mesmo que faz com que estes ainda não tenham sido publicados", denuncia a federação sindical, lembrando que a revisão dos acordos de empresa estão pré-acordadas, mas ainda não existem respostas nem qualquer informação para avançar com o processo.  A falta de navios tem causado a supressão de carreiras e vários atrasos em relação aos horários previstos.
Carlos Costa referiu que a administração foi convidada a marcar presença no plenário desta quarta-feira, para dar explicações aos trabalhadores, mas não compareceu.
"Os trabalhadores aprovaram uma moção que depois foi entregue por representantes à administração da empresa", frisou.
A Transtejo confirmou que as ligações estiveram paradas mas foram depois retomadas, recusando fazer comentários sobre as decisões do plenário.


Agência de Notícias com Lusa

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