Sesimbra recupera Casa da Água no Cabo Espichel

Obras de recuperação do edifício histórico estão quase concluídas 

Os trabalhos de valorização da Casa da Água, um dos edifícios mais marcantes do conjunto arquitetónico do Cabo Espichel, em Sesimbra, estão quase concluídos. A intervenção, orçada em perto de 140 mil euros, incluiu a recuperação e reconstituição do Zimbório, ou seja, o remate da cúpula exterior do edifício, com recurso a troços de cantaria recuperados no local, arranjo do revestimento da abóbada, com a colocação de azulejos de fabrico artesanal, semelhantes aos existentes, consolidação estrutural, reparação de revestimentos exteriores e interiores com argamassas de cal e areia apropriadas e limpeza e recuperação dos azulejos ainda remanescentes.
Obras realçam beleza da Casa da Água, no Cabo Espichel 

Os trabalhos em curso, diz a autarquia de Sesimbra, "consistem na consolidação estrutural, reparação de revestimentos exteriores e interiores com argamassas de cal e areia apropriadas, arranjo do revestimento da abóbada, com a colocação de azulejos de fabrico artesanal, semelhantes aos existentes, e limpeza e recuperação dos azulejos ainda remanescentes".
O projeto prevê ainda a recuperação e reconstituição do Zimbório, ou seja, o remate da cúpula exterior do edifício, com recurso a troços de cantaria recuperados no local, que se julga pertencerem ao Zimbório original.
Refira-se que o Santuário de Nossa Senhora do Cabo Espichel recebeu desde 2008 um vasto conjunto de melhoramentos dinamizados pela Câmara de Sesimbra, entre os quais a instalação de eletricidade, regularização do piso do terreiro, e a pintura das alas da Ermida da Memória.
Em 2015 foi efetuada a requalificação do cercado da horta e do jardim, criou-se um percurso museológico e melhorou-se o estacionamento. Esta é a primeira intervenção “de fundo” num dos mais importantes e interessantes elementos do conjunto arquitetónico, e como tal assume enorme simbolismo.

A história da Casa da Água
A Casa da Água do Cabo Espichel é um edifício construído pelo Rei D. José, por volta de 1770, por ocasião da estadia da corte no santuário.
O imóvel recebia a água a partir da Azoia, através do aqueduto ainda existente, que abastecia todo o conjunto. A Casa da Água apresenta um traçado hexagonal, e no interior existe uma fonte em pedra lioz que recebia a água do aqueduto, construída em forma de nicho, de onde sobressai uma figura de um leão. As paredes interiores eram revestidas por painéis de azulejos azuis e brancos, que representavam cenas cortesãs e de caça, cujos vestígios são ainda hoje visíveis.

Agência de Notícias com Câmara de Sesimbra



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