Alcácer do Sal pressiona governo para obras no IC1

Presidente da Câmara já falou pessoalmente com o primeiro-ministro para desbloquear problema 

As obras de reparação do Itinerário Complementar 1 (IC1), no troço entre Alcácer do Sal e Grândola, não devem começar antes de 2018, diz o presidente da câmara de Alcácer do Sal que falou, na semana passada sobre o assunto, com o primeiro-ministro, António Costa, e o ministro do Planeamento, Pedro Marques, num encontro em Lisboa. Vítor Proença terá pedido ao primeiro-ministro que “chame a si” a resolução do problema. As negociações entre Estado e concessionário não saem do impasse. Nuno Magalhães, deputado do CDS-PP eleito pelo círculo de Setúbal, está muito preocupado com a demora das obras. O deputado centrista considera que "a demora na resolução deste problema, além de colocar em risco a segurança de pessoas e bens, não é benéfico para a economia local dos municípios servidos por este troço do IC1". 
Piso do ICI está em muito mau estado alegam os autarcas e utentes 

A reparação do IC1 é considerada necessária e urgente pela comissão de Economia, Inovação e Obras Públicas da Assembleia da República, cujos deputados estiveram na região na semana passada, e que tiveram oportunidade de ver o estado de degradação da estrada, no local.
Segundo o vereador da Mobilidade de Alcácer do Sal,  Manuel Vítor de Jesus, que acompanhou a visita dos parlamentares, os deputados das “várias forças políticas da comissão foram unânimes” quanto ao mau estado do IC1 e á necessidade de reparação urgente.
Ainda de acordo com o autarca, a comissão parlamentar afirmou que vai “pressionar o Governo e o ministro para que a reparação seja breve”.
Uma obra que, pelas contas do presidente da autarquia, não avançará ainda este ano. “Julgo que só em 2018 haverá coisas mais concretas sobre esta estrada”, disse. Vítor Proença lembrou que, depois da decisão politica que o Governo venha a tomar é necessário ainda o processo burocrático preparatório da empreitada, que passa pelo concurso público.
A reparação da estrada é uma exigência de populações e autarquias locais, que tem promovido vários protestos, como marchas-lentas, nos últimos anos.
A concretização da obra tem estado à espera de um acordo, entre Estado e a empresa que tem a concessão daquela estrada [que mantém um litígio com o Estado por causa da suspensão das obras da A26] mas as negociações decorrem há já seis anos, sem resultado definitivo.
A solução para o impasse parece agora ser a execução directa da obra, pelo Estado. Essa possibilidade tem vindo a ganhar força e consta até de uma resolução recentemente aprovada pela Assembleia da República.
Segundo a vereadora responsável pela Rede Viária da Câmara de Alcácer do Sal, a falta de acordo entre Estado é concessionária “não é sustentável” pelo que “a questão da negociação deverá ser ultrapassada” e adoptadas "medidas excepcionais”, pelo Governo, para que a obra avance", diz Ana Luísa Soares.

CDS-PP quer resolução do problema 
Nuno Magalhães, deputado do CDS-PP eleito pelo círculo de Setúbal, está muito preocupado com a demora das obras de reparação do Itinerário Complementar 1 (IC1), nomeadamente o troço entre Alcácer do Sal e Grândola, situação que tem deixado os utentes desesperados pela falta de soluções por parte da tutela.
Depois de questionar o Governo, Nuno Magalhães foi informado pelo mesmo de que o processo referente à estrada em questão se encontra dependente da obtenção de visto prévio do Tribunal de Contas, para o contrato de subconcessão revisto.
Contudo, o problema persiste, os utentes desesperam e as obras tardam a iniciar, e, de acordo com as últimas informações, não deverão ter início antes de 2018.
Nuno Magalhães considera que "a demora na resolução deste problema, além de colocar em risco a segurança de pessoas e bens, não é benéfico para a economia local dos municípios servidos por este troço do IC1, nomeadamente Alcácer do Sal e Grândola".
O deputado do CDS-PP entende que "o Distrito de Setúbal só pode ser competitivo, e só pode ter uma economia sustentável criadora de postos de trabalho e com atração de investimento, se tiver boas condições em termos de mobilidade e boas acessibilidades".

Agência de Notícias 

Comentários