Utentes denunciam atrasos e supressão de carreiras entre Lisboa e Montijo, Seixal e Cacilhas
Câmara do Montijo discutiu com Transtejo problemas nas ligações fluviais
O autarca reuniu-se com o presidente da administração da Transtejo, Tiago Farias, acompanhado pelo presidente da Junta da União das Freguesias do Montijo e do Afonsoeiro, Fernando Caria, para analisar a situação.
"O presidente da Transtejo reconheceu os problemas, nas várias carreiras fluviais em operação, a maioria deles em resultado de avarias inesperadas e do envelhecimento das embarcações, mas que tem procurado resolver com celeridade de modo a não afetar a carreira do Montijo", explicou.
Segundo o autarca, o responsável da empresa informou que entrou em funcionamento uma embarcação reparada e que conta, esta segunda-feira, com o reforço de outro navio reparado na carreira do Montijo.
A transportadora considera que com o reforço do número de embarcações operacionais poderá responder com maior capacidade a uma futura avaria mecânica noutra embarcação.
O presidente da Câmara Municipal do Montijo questionou ainda a Transtejo sobre a ausência de iluminação pública no arruamento envolvente ao parque de estacionamento do Cais do Seixalinho, mas a empresa disse que estava a fazer a reparação.
As duas partes agendaram uma nova reunião para Janeiro, de modo a efetuar um balanço conjunto dos resultados do encontro.
Seixal "reivindica a tomada de medidas imediatas na Transtejo"
A Câmara do Seixal aprovou, em reunião de câmara, uma tomada de posição pela reposição da circulação dos barcos da Transtejo e pela melhoria do serviço público de transportes. Joaquim Santos, presidente da autarquia, entende que “o transporte fluvial no rio Tejo assume uma enorme e estratégica importância na mobilidade das populações da Área Metropolitana de Lisboa, que tem vindo, de há anos a esta parte, a ser posta em causa com a política seguida, assente na redução do número de trabalhadores e das ações de manutenção regular das frotas da Transtejo, conduzindo a vários cortes na oferta de transporte, e à recorrente supressão de carreiras programadas, gerando uma enorme perda de fiabilidade na operação”.
Agência de Notícias
Há barcos que saem do Seixal com atrasos de trinta minutos, outros têm sido suprimidos. Esta situação arrasta-se há duas ou três semanas, contam alguns utentes que viajam diariamente viaja entre o Seixal e o Cais do Sodré, em Lisboa. Também as ligações fluviais entre o Montijo e a capital têm sofrido atrasos e supressões. A situação está a tornar-se caótica e a afetar o dia a dia de milhares de utentes dos concelhos de Almada, Barreiro, Seixal e Montijo, ‘reféns’ deste meio de transporte para chegar à capital portuguesa. As autarquias do Seixal e do Montijo querem "a manutenção regular das frotas". O presidente da Câmara do Montijo já reuniu com a administração da transportadora e exige "soluções". A autarquia do Seixal aprovou, em reunião pública, uma tomada de posição onde "reivindica a tomada de medidas imediatas na Transtejo, visando a superação desta situação que priva do direito à mobilidade os utentes".
Falta de barcos preocupa passageiros da Margem Sul |
A situação está a tornar-se caótica e a afetar o dia a dia de milhares de utentes, ‘reféns’ deste meio de transporte para chegar a Lisboa. Há barcos que não aparecem, outros que chegam muito para além da hora aos terminais do Seixal, Montijo e Cacilhas.
Os atrasos chegaram a ser de uma hora", revelou ao jornal Correio da Manhã, Encarnação Vicente, 55 anos, educadora de infância. Em Cacilhas, em Almada, o cenário também não tem sido exemplar. "Esta semana disseram que havia perturbações para justificar os 10 a 15 minutos de atraso dos barcos", explicou Carlos Ferreira, 58 anos, auxiliar de educação.
Também as ligações fluviais entre o Montijo e Lisboa têm sofrido atrasos e supressões. "O barco das 8h30 ia tão cheio que tiveram de fechar as portas, obrigando algumas pessoas a saltar as ‘cancelas’ para voltar para trás", contou José Castro, professor. Além da sobrelotação, também há relatos de uma embarcação que "ficou às escuras" a meio do trajeto, o que levou à "troca de insultos" entre passageiros e tripulação", contou outra utente.
Estas supressões não agradam às câmaras municipais do Montijo e do Seixal. O presidente da Câmara do Montijo, Nuno Canta, reuniu com a administração da transportadora para analisar a as supressões nas ligações fluviais, devido a avarias nos navios, exigindo soluções.
"Têm ocorrido supressões de carreiras pela avaria dos barcos, com atrasos significativos na partida e chegada dos munícipes aos empregos e escolas, o que obriga a carreiras sobrelotadas, uma situação que exige uma resposta imediata da Transtejo", referiu Nuno Canta.O autarca reuniu-se com o presidente da administração da Transtejo, Tiago Farias, acompanhado pelo presidente da Junta da União das Freguesias do Montijo e do Afonsoeiro, Fernando Caria, para analisar a situação.
"O presidente da Transtejo reconheceu os problemas, nas várias carreiras fluviais em operação, a maioria deles em resultado de avarias inesperadas e do envelhecimento das embarcações, mas que tem procurado resolver com celeridade de modo a não afetar a carreira do Montijo", explicou.
Segundo o autarca, o responsável da empresa informou que entrou em funcionamento uma embarcação reparada e que conta, esta segunda-feira, com o reforço de outro navio reparado na carreira do Montijo.
A transportadora considera que com o reforço do número de embarcações operacionais poderá responder com maior capacidade a uma futura avaria mecânica noutra embarcação.
O presidente da Câmara Municipal do Montijo questionou ainda a Transtejo sobre a ausência de iluminação pública no arruamento envolvente ao parque de estacionamento do Cais do Seixalinho, mas a empresa disse que estava a fazer a reparação.
As duas partes agendaram uma nova reunião para Janeiro, de modo a efetuar um balanço conjunto dos resultados do encontro.
Seixal "reivindica a tomada de medidas imediatas na Transtejo"
Empresa garante regularizar situação das carreiras |
Em causa está a situação vivida pelos utentes da Transtejo, nos últimos dias, com a constante eliminação de carreiras, devido à paragem de várias embarcações, por falta de manutenção. No dia 5 de Dezembro, do total de vinte e dois navios afetos à Transtejo, só seis se encontravam operacionais, ou seja, 73 por cento da frota esteve inoperacional.
"A esta situação de degradação do serviço público de transportes", acresce ainda a "necessidade da criação de um sistema tarifário que abarque a intermodalidade em toda a Área Metropolitana de Lisboa", refere o texto da tomada de posição da Câmara do Seixal.
"A esta situação de degradação do serviço público de transportes", acresce ainda a "necessidade da criação de um sistema tarifário que abarque a intermodalidade em toda a Área Metropolitana de Lisboa", refere o texto da tomada de posição da Câmara do Seixal.
Entende a autarquia que se deveria "criar atratividade para uma utilização do serviço de transportes coletivos em detrimento da mobilidade individual". Contudo, "apostar na qualidade deste serviço e na sua sustentabilidade só é possível através uma utilização integrada que permita reforçar a mobilidade em toda a Área Metropolitana de Lisboa", sublinha o documento.
Assim, diz a Câmara do Seixal, "o passe social intermodal é o garante para uma verdadeira prestação do serviço público de transportes, integrando todos os operadores e modos de transporte, com um tarifário que responda às necessidades atuais, para estimular a sua utilização dos mesmos".
A Câmara Municipal do Seixal, perante a gravidade que esta situação atinge, "reivindica a tomada de medidas imediatas na Transtejo, visando a superação desta inaceitável situação que priva do direito à mobilidade os utentes do transporte público do concelho do Seixal".
A Câmara Municipal do Seixal, perante a gravidade que esta situação atinge, "reivindica a tomada de medidas imediatas na Transtejo, visando a superação desta inaceitável situação que priva do direito à mobilidade os utentes do transporte público do concelho do Seixal".
Agência de Notícias
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