Pinhal Novo recebeu 13.ª edição do "Ciência na Escola"

António Costa emocionado em mostra científica de 99 escolas do país

A Escola Secundária de Pinhal Novo, onde estudam 1800 alunos, recebeu mostra nacional do que de melhor se faz de ciência e inovação nas escolas portuguesas até ao 12.º ano.  António Costa visitou demoradamente as dezenas de expositores, acompanhado do ministro da Educação e vários secretários de Estado. O primeiro-ministro elogiou o trabalho desenvolvido nas escolas portuguesas, no âmbito do projeto Ciência na Escola, promovido pela Fundação Ilídio Pinho, em parceria com o Estado português. "Este é um trabalho cívico, absolutamente extraordinário que pude ver hoje", disse o primeiro-ministro que confessou aos jornalistas que  "é difícil encontrar, nos últimos tempos, quatro horas tão bem passadas na minha vida, como as quatro horas que passei aqui em Pinhal Novo, convosco". 
Escola Secundária de Pinhal Novo recebeu o evento nacional 

O primeiro-ministro, António Costa, elogiou esta quinta-feira, no Pinhal Novo, o trabalho desenvolvido nas escolas portuguesas, no âmbito do projeto Ciência na Escola, promovido pela Fundação Ilídio Pinho, em parceria com o Estado português. "Nós só vamos a algum lado se houver mais conhecimento e para haver mais conhecimento são essenciais duas coisas: cultura e ciência. E se juntarmos à cultura e à ciência com uma terceira, a educação, é o que permite difundir esse conhecimento acessível a todos os cidadãos", disse António Costa.
O primeiro-ministro, acompanhado pelo ministro da Educação, Tiago Brandão Rodrigues, e vários secretários de Estado, falava durante a cerimónia de entrega de prémios aos projetos desenvolvidos por cerca de uma centena de escolas de todo o país, do pré-escolar ao ensino secundário, que decorreu na Escola Secundária do Pinhal Novo, no concelho de Palmela.
"Com o conhecimento acessível a todos os cidadãos, nós pudemos vir a ter um país mais desenvolvido, porque um país só se desenvolve hoje se puder inovar, se puder fazer coisas novas, coisas que gerem maior valor, porque só produzindo maior valor nós temos mais empresas, mais postos de trabalho, mais riqueza distribuída por todos", reforçou António Costa. "E esta é, em síntese, a visão e o projeto que temos para o país: desenvolver o país com base na cultura, ciência e educação. É disso que o país precisa”, acrescentou.
Já nas palavras do presidente e fundador da Fundação Ilídio Pinho, "o Ciência na Escola que vai na sua 13ª edição, no entendimento dos professores foi a luz ao fundo do túnel e agora, com o sucesso que tem tido, já é a luz no túnel", disse o empresário Ilídio Pinho. 
Álvaro Amaro, presidente da Câmara de Palmela, expressou também a sua satisfação pela escolha da Secundária do Pinhal Novo para a realização deste evento nacional. “É um reconhecimento de que esta escola tem condições de excelência e espero que seja também um factor de motivação para que as escolas dêem mais espaço a professores e alunos para desenvolverem estes projectos”, sublinhou o autarca.
Professor de profissão, Álvaro Amaro integra, desde 1987, o quadro de docentes colocados na Escola Secundária de Pinhal Novo.

A génese do projeto 
Fundação Ilídio Pinho premiou ciência de 99 escolas 
Nesta edição foi assinado um protocolo entre a Fundação Ilídio Pinho e o Ministério da Economia, com a presença do Secretário de Estado da Indústria, João Vasconcelos, para fomentar a criação de Startup’s com os projetos inovadores desenvolvidos no âmbito do Prémio Ciência na Escola.
No encerramento da 13ª edição, procedeu-se à entrega dos prémios, atribuindo um valor final de 158 mil euros.
Aquela que é a mais emblemática das iniciativas da Fundação nasceu do cruzamento de duas das mais fortes paixões do fundador Ilídio Pinho: "a ciência como mãe do progresso e os jovens enquanto futuro do país, em homenagem ao filho". 
A escolha da ciência para ocupar um lugar central na missão da Fundação, esteve ligada ao reconhecimento da sua inquestionável relevância social e económica. O fundador antecipava "que a ciência viria a assumir uma preponderância inimaginável no futuro. Futuro para o qual se impunha preparar a próxima geração. Nasceu assim a iniciativa que se veio a tornar central no cumprimento da missão de utilidade pública da Fundação: o Prémio Fundação Ilídio Pinho “Ciência na Escola", lê-se na génese do projeto.


Mais inovação
António Costa disse em Pinhal Novo que quer mais inovação 

Para o primeiro-ministro, o trabalho de promoção do empreendedorismo que está a ser desenvolvido nas escolas portuguesas pelos professores dos diversos graus de ensino será a base para a criação de novas empresas portuguesas, como as que foram selecionadas para participar na Web Summit 2016.
"Hoje é um dia de sorte e um dia muito feliz para mim, porque passei aqui esta manhã e vou estar à tarde, com o secretário de Estado da Indústria na apresentação do maior evento mundial de empreendedorismo, de novas empresas com base em inovação, que nos próximos cinco anos se vai realizar em Portugal: o Web Summit 2016”, considerou António Costa.
"E hoje vamos conhecer as 66 empresas portuguesas, formadas por jovens de todo o país, que foram selecionadas para estar no Web Summit 2016", disse António Costa.
Para o primeiro-ministro, as empresas portuguesas na `Web Summit 2016´ são "a continuação natural" do trabalho desenvolvido pelas escolas portuguesas. "O trabalho que aqui se está a fazer com as crianças do pré-escolar, do primeiro ciclo, do segundo e terceiro ciclos, do secundário, um dia será um trabalho que, certamente, dará lugar a novas empresas, a novos produtos, nova inovação que, daqui a 20 anos estão na `Web Summit´", concluiu António Costa.
A Web Summit é uma conferência global de tecnologia que decorrerá este ano em Lisboa (e nos dois anos seguintes, com possibilidade de mais dois anos), onde são aguardados mais de 50 mil  participantes, de mais de 150 países, incluindo mais de 20 mil empresas, sete mil presidentes executivos, 700 investidores e dois mil jornalistas internacionais.


Comentários