FITA passa por Grândola e Santiago do Cacém

14 companhias levam o teatro a 7 cidades do Alentejo

O Festival Internacional de Teatro do Alentejo vai passar por Santiago do Cacém e Grândola. O evento, que se realiza entre os dias 1 e 13 de Março, alarga-se este ano a sete cidades, com espectáculos de 14 companhias teatrais portuguesas e estrangeiras, anunciou ontem a organização. De acordo com declarações do director artístico do festival, António Revez, à agência Lusa, um dos objectivos do festival é “crescer no território alentejano” e, por isso, esta edição vai abranger mais três cidades: Santiago do Cacém, Elvas e Vila Nova de Santo André, além de Beja, Évora, Grândola e Portalegre, onde decorreu a segunda edição, em 2015. 
Companhia brasileira trás peça a Santiago do Cacém e Grândola

“Cada vez mais o FITA - Festival Internacional de Teatro do Alentejo -  faz jus ao nome e é, de facto, o festival de teatro do Alentejo”, frisou o responsável do festival, sublinhando que o crescimento no território “só é possível graças às parcerias” que a organizadora, a companhia de teatro Lendias d’Encantar, de Beja, “tem conseguido estabelecer com autarquias e entidades culturais locais”.
Ao contrário da segunda edição, que durou quase um mês e contou com 24 companhias, o FITA deste ano vai durar apenas 13 dias e juntar 14 companhias, “devido à opção” da entidade organizadora “alargar a cobertura geográfica” do festival, mas também por “constrangimentos financeiros e logísticos”, explicou António Revez.
O 3.º FITA vai contar com a participação de sete companhias de teatro de Portugal e sete estrangeiras, oriundas de Brasil, Chile, Cuba, Espanha, México e República Dominicana, que irão apresentar espectáculos para os públicos geral e infantil.
Através do FITA, a Lendias d’Encantar quer oferecer “uma programação de teatro de elevada qualidade artística” e, dessa forma, contribuir para a criação e o desenvolvimento de públicos para o teatro e de um polo de atracção turística no Alentejo.
Segundo a Lendias d’Encantar, o FITA, apesar de ter apenas duas edições, “já se afirmou como evento cultural de referência no quadro regional e a nível nacional consolida-se com rapidez como o maior e melhor festival ibero-americano do País”, facto, reforça a companhia, “comprovado pelo elevado número de propostas e manifestações de interesse em integrar a programação por parte de centenas de estruturas e artistas nacionais”.
“Em termos internacionais, e superando todas as expectativas” da organização, o FITA “está referenciado como um dos festivais mais importantes” de Portugal, “mantendo-se como o único representante português na Red Eurolatinoamericana de Artes Escénicas, composta por 27 dos mais representativos festivais euro-ibero-americanos”, conclui a companhia. 

As companhias do FITA
Lendias d’Encantar, Teatromosca (Sintra), Teatro Extremo (Almada), O Gato S.A (Vila Nova de Santo André), Teatro Noroeste – Centro Dramático de Viana (Viana do Castelo), AL Teatro (Silves) e Um Colectivo (Elvas) são as companhias de teatro portuguesas que vão apresentar espectáculos no FITA deste ano.
As companhias estrangeiras são: Cia Afeta e Teatro Porque Não? (Brasil), Teatro Babel (México), Casa de Teatro (República Dominicana), Teatro Ddos (Cuba), Viajeinmóvil (Chile) e Unahoramenos (Espanha).
O Cine Granadeiro Auditório Municipal, em Grândola, recebe três espectáculos: 
Talvez eu me Despeça” pela companhia Cia Afeta (Brasil) sobe ao palco no dia 5 de Março e “Say Hello para o Futuro” pelo Teatro Por que Não? (Brasil) no dia 11. “Guerra é Guerra” do Teatro Extremo (Portugal) é o espectáculo agendado para dia 8, com várias sessões direccionadas para escolas.
O Auditório António Chainho, em Santiago do Cacém, recebe a peça "El Deseo Macbeth, Fiesta Documental”, dos cubanos Ddos, a 4 de Março e a 13 de Março, vocacionado para as escolas, há "Os três erres", dos portugueses Al Teatro para ver. Em Santo André, a 11 de Março, chega o "Talvez eu me Despeça” pela companhia Cia Afeta, do Brasil.
Consulte aqui o programa completo do FITA 2016.


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