Lisboa defende construção de Aeroporto no Montijo

Solução para expandir Portela deve chegar "em 2016"

A Portela está cada vez mais próxima do limite da sua capacidade. O ano passado passaram por esta infraestrutura cerca de 20 milhões de passageiros. Poderá ser um passo para acelerar a opção por um aeroporto complementar no Montijo. E com o dossier nas mãos do ministro Pedro Marques em breve podem surgir novidades sobre o memorando de entendimento que envolve a Vinci (empresa detentora da ANA) a Força Aérea, o Governo e as autarquias de Lisboa e do Montijo. Fernando Medina, o presidente da Câmara de Lisboa, apoia a construção do aeroporto  no Montijo. 
Aeroporto de Lisboa perto da capacidade máxima 


No último ano, passaram pelo Aeroporto da Portela, em Lisboa, 20 milhões de passageiros. O número é animador e superou as expectativas, fazendo a capital “bater recordes”, como salientou na antena da TVI24 o presidente da Câmara de Lisboa.  Assumindo que esta “é uma grande notícia para o país e para a cidade de Lisboa”, Fernando Medina admitiu porém que a infraestrutura se está a “aproximar dos limites previstos no contrato de concessão” e que, em horas de pico, chega a haver congestionamento. Desta feita, coloca-se um “duplo desafio” que passa por “manter e até mesmo ampliar” estes números.
É no sentido de o superar que decorrem, neste momento, negociações entre o Executivo, a ANA Aeroportos, entidade que regula o setor aeroportuário e a Câmara da Lisboa. Em cima da mesa, estão várias hipóteses.
Mais viável do que a construção de um novo aeroporto ou a ampliação “pura e simples” da Portela, que o autarca considera que “não seria desejável”, parece ser, por exemplo, a reconversão da base aérea do Montijo. É essa possibilidade que leva a que Força Aérea e Câmara do Montijo estejam também inseridas no debate.
Questionado sobre esta alternativa, o socialista disse entender que a distância da cidade de Lisboa “não afetará a competitividade”.
Mas seja qual for a solução encontrada, determinante é “encontrar um equilíbrio entre a questão financeira e o tempo preciso para a expansão da operação”, para que nunca fique comprometida a resposta à procura turística na capital, explicou.
Salvaguardando que “as conversas com a Câmara de Lisboa estão numa fase preliminar”, o presidente disse-se expectante de que “a curto-médio prazo possa haver uma solução”. Por curto-médio prazo entenda-se o ano 2016, “mais cedo do que tarde”.

Governo confirma negociações para ter aeroporto no Montijo
O contrato assinado entre o Estado português e a francesa Vinci, dona da ANA, determina que uma solução para aumentar a capacidade aeroportuária da capital tenha de começar a ser pensada quando se alcançarem os 22 milhões de passageiros, número que poderá ser atingido já este ano.
"Tem de ser reconhecido que o crescimento tem sido superior às previsões e portanto, mais cedo do que mais tarde, devemos fazer esse trabalho para apontar a solução correcta", o ministro do Planeamento e das Infraestruturas, indicando que é preciso aprofundar "detalhes que estavam insuficientemente concluídos", por exemplo, a nível operacional e das acessibilidades.
Para Pedro Marques "há que manter uma capacidade competitiva elevada para este aeroporto e é nesse sentido que o Governo trabalhará", começou por dizer o governante. "Para o efeito teremos de aprofundar o estudo da solução que vinha a ser apontada. É o que estamos a fazer na minha equipa, e vamos fazer em articulação com a concessionária, com quem temos já reunião agendada", concluiu o ministro.
O projecto de transformar a base aérea do Montijo num aeroporto complementar ao da capital foi herdada do anterior Governo de coligação PSD/CDS-PP.
A autarquia do Montijo apresentou algumas exigências, que se prendem com acessos rodoviários da A-12 e da Ponte Vasco da Gama ao local do futuro aeroporto, mas o documento não chegou a ser assinado, pois a autarquia do Montijo preferiu esperar pela realização das eleições legislativas.

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