Morte após choque em cadeia em Pinhal Novo investigada

Ministério da Administração Interna quer inquérito sobre morte em acidente em cadeia na A12

O Ministério da Administração Interna ordenou na quinta-feira que a Autoridade Nacional de Proteção Civil proceda à abertura de um inquérito para apurar as circunstâncias em que foi prestado o socorro no acidente de quarta-feira na autoestrada A12, entre Pinhal Novo e Montijo, que provocou um morto e 15 feridos. A decisão foi tomada após informações sobre a possível demora na assistência à única vítima mortal, que só terá sido encontrada pelas autoridades nos destroços mais de duas horas depois do acidente. Maria de Fátima Forreta, de 55 anos, foi a única vítima mortal do choque em cadeia que envolveu 15 veículos ligeiros de passageiros, um autocarro da TST e um motociclo a caminho da ponte Vasco da Gama, por causa de uma súbita parede de nevoeiro que reduziu a visibilidade a cinco metros. A mulher vivia em Setúbal e deslocava-se para a capital, onde trabalhava. 
Autoridades investigam socorro no acidente em Pinhal Novo 

O Ministério da Administração Interna ordenou esta quinta-feira que a Autoridade Nacional de Proteção Civil proceda à abertura de um inquérito para apurar as circunstâncias em que foi prestado o socorro no acidente de quarta-feira na autoestrada A12, que provocou um morto e 15 feridos.
"Por indicação do secretário de Estado da Administração Interna, Jorge Gomes, foi pedido na quarta-feira ao presidente da Autoridade Nacional de Proteção Civil, major-general Francisco Grave Pereira, que fosse aberto um inquérito para que se apurem as circunstâncias em que foi prestado o socorro no acidente ocorrido na A12", disse à agência Lusa, fonte oficial do MAI.
Segundo a mesma fonte, a decisão foi tomada após informações sobre a possível demora na assistência à única vítima mortal, uma mulher de 55 anos, que só terá sido encontrada pelas autoridades no meio dos destroços mais de duas horas depois do choque em cadeia, ocorrido na manhã desta quarta-feira, logo após as portagens do Pinhal Novo, na direção da Ponte Vasco da Gama, no sentido Setúbal/Lisboa.

As explicações para o atraso no socorro 
A mulher foi encontrada durante a remoção dos carros acidentados, enquanto as equipas de desencarceramento trabalhavam nas várias viaturas. Mesmo após a vistoria de todas as viaturas, a mulher de 55 anos, natural de Setúbal, passou despercebida às equipas médicas. Foi encontrada duas horas e um quarto depois. Estava inconsciente quando foi retirada da viatura e foi levada para uma ambulância mas acabou por falecer, mesmo após as manobras de suporte avançado de vida.
“Só foi possível chegar às viaturas interiores depois de remover as viaturas que se encontravam na periferia. Os meios estavam no local e o socorro prestado pela Proteção Civil, assim que foi possível chegar à vítima, foi feito”, disse a GNR à SIC.
“Não se consegue perceber qual a razão por que não foi verificado aquele carro... Com tantas pessoas que aqui circulavam... ele estaria ali no meio de todos os outros e, só após terem sido removidos os veículos, foi possível uma melhor aproximação para fazer a verificação”, afirmou por sua vez o segundo Comandante da Proteção Civil de Setúbal, Rui Costa, ao Diário de Notícias.
Patrícia Gaspar, comandante distrital da Proteção Civil de Setúbal explica que a vítima estava num veículo que se encontrava no meio de outros, e que só quando estes foram removidos é que foi possível chegar ao automóvel em que se encontrava a mulher.
A comandante distrital afirma que a vítima foi de imediato socorrida, mas não resistiu aos ferimentos.
Patrícia Gaspar garante que as autoridades que estiveram no local fizeram tudo para prestar o socorro a todas as vitimas do acidente, mas sublinha que as circunstâncias impediram que esta mulher que acabou por falecer fosse encontrada de imediato.
A comandante distrital afirma ainda que a vítima estava "tombada, com roupas escuras, pouco visível, dentro do interior da viatura, e só nessa altura foi possível identificá-la e proceder ao socorro".
Maria de Fátima Forreta, de 55 anos, é a única vítima mortal do choque em cadeia que, na quarta-feira de manhã, feriu 15 pessoas na A12, a caminho da ponte Vasco da Gama, por causa de uma súbita parede de nevoeiro que reduziu a visibilidade a cinco metros. O Seat Ibiza onde seguia a engenheira do Laboratório Nacional de Engenharia Civil terá sido dos primeiros carros a embater no autocarro. 
Para o local foram deslocados 23 veículos e 47 operacionais dos bombeiros, INEM, GNR e Brisa, de acordo com o CDOS. O forte aparato de viaturas envolvidas no acidente, mobilizou meios de diversas regiões para o local, nomeadamente, duas VMER, de Loures e de Setúbal, bem como ambulâncias dos bombeiros de Pinhal Novo, Palmela, Moita, Montijo e Alcochete, como acrescentou fonte do INEM.

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