Chuva inundou Setúbal e lançou o caos na baixa

Chuva intensa provocou inundações na Avenida Luísa Todi

A chuva intensa que se abateu sobre a cidade de Setúbal na noite e manhã de segunda-feira provocou inundações na Avenida Luísa Todi e noutras zonas mais baixas da cidade, disse à Lusa o comandante dos Bombeiros Sapadores, Paulo Lamego. De acordo com o responsável dos bombeiros, a Rua Almeida Garret, a Avenida Alexandre Herculano, a Praça do Vitória Futebol Clube e Avenida Europa são outras zonas onde existiu algumas dificuldades na circulação automóvel."Desde as oito horas que não para de chover e isso tem provocado inundações momentâneas em diversas artérias da cidade, mas a situação é muito dinâmica e a água acaba por escoar ao fim de pouco tempo, porque a maré baixa também facilita o escoamento", disse Paulo Lamego.
Chuva intensa alagou algumas zonas da cidade de Setúbal 

José Carlos Mata e a família saíram esta manhã de casa com água quase até à canela. "A chuva era tanta que rapidamente inundou a rua. Mas eu tinha que ir para o trabalho e levar os miúdos à escola", disseram os moradores ao jornal Diário de Notícias, enquanto dois vizinhos seus não tiverem a mesma ousadia e preferiram não pôr o pé na rua, mesmo chegando atrasados ao emprego. Afinal, a rua Almeida Garret estava transformada numa espécie de "ribeiro" por voltas das 8h30 desta segunda-feira na sequência da bátega de água que se abateu sobre Setúbal, provocando mais de 20 inundações, segundo os bombeiros, uma das quais numa escola que foi obrigada a fechar o bar dos alunos.
O "caos" prolongou-se pela manhã na baixa sadina, porque a chuva não dava trégua. O trânsito circulava a conta-gotas, enquanto o nível da água subia cada vez mais e ia inundando casas na zona baixa da cidade. As avenidas Luísa Todi, Alexandre Herculano, Europa e as imediações da praça Vitória Futebol Clube foram as zonas mais fustigadas, onde os bombeiros não tiverem tréguas durante várias horas.
"A confusão ainda é grande, mas não temos nenhuma situação grave", disse fonte dos bombeiros sapadores, em jeito de balanço feito às 13 horas, depois do comandante Paulo Lamego já ter garantido que a situação era "muito dinâmica", levando a água a escoar ao fim de pouco tempo, já que a maré estava baixa.
Mesmo assim, em algumas zonas da cidade, onde se tornou difícil sair ou entrar em casa, alguns moradores preferiam colocar os seus automóveis em lugares seguros, apesar da "grande molha" a que se sujeitaram. "Cada vez que chove muito aqui, a água sobe até às portas rapidamente e já aqui têm ficado carros submersos", conta Paula Velez, moradora da Avenida Alexandre Herculano, embora a lentidão com o que o trânsito se processava não lhe permitisse circular.
Moradores de um prédio na Praceta Jaime Horácio Pacheco Junqueiro disseram à Lusa que estiveram temporariamente impedidos de entrar ou sair de casa, dado que o imóvel esteve algum tempo totalmente rodeado de água, mas a situação já foi, entretanto, normalizada com a intervenção dos bombeiros.
Já passava das 11 horas e ainda os bombeiros não tinham mãos a medir para procurar responder a pedidos de ajuda devido a várias infiltrações de água em edifícios. O bar dos alunos da Escola Sebastião da Gama também foi afetado pela chuva - também como consequência de infiltrações - com os estudantes a serem encaminhados para o bar dos professores.


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