Câmara do Barreiro apresenta queixa-crime contra munícipes

Funcionários da autarquia agredidos após uma ruptura de água 

O presidente da Câmara do Barreiro, Carlos Humberto, anunciou esta terça-feira que a autarquia vai avançar com uma queixa-crime contra os munícipes que agrediram funcionários da autarquia na freguesia da Coina. Uma situação, para a autarquia, que é "inadmissível". Os funcionários da Câmara do Barreiro foram chamados, na semana passada, a uma ocorrência em Coina, mas acabaram por ser agredidos por moradores. "Havia uma rotura de água e mandámos os nossos serviços. Mandámos as pessoas ligadas aos jardins, porque partimos do pressuposto que fosse uma rotura da rede de rega. Primeiro, um morador, e depois mais dois ou três, foram ao diálogo mais agressivo com os trabalhadores e partiram para a agressão física", disse o presidente da Câmara. Carlos Humberto diz estar “revoltado com o que aconteceu” e não pode “aceitar que funcionários municipais sejam agredidos quando estão a desempenhar a sua função”.
Câmara quer levar a tribunal munícipes que agrediram funcionários 

Carlos Humberto referiu que a situação é "inadmissível" e que o município vai avançar com uma queixa-crime. "É algo inaceitável, inadmissível e que não se adapta a uma situação de democracia. Estavam a tentar resolver um problema e não podemos admitir estas coisas. De forma muito firme, vamos apresentar uma queixa-crime", afirmou o presidente da Câmara do Barreiro.
O autarca acrescentou que ficou revoltado com o que ocorreu em Coina, pois "não é possível aceitar que funcionários municipais sejam agredidos a desempenhar a sua função". O presidente da Câmara do Barreiro afirmou que os ferimentos causados foram ligeiros, mas salientou que os funcionários da autarquia ficaram afetados a nível psicológico. 
"Os ferimentos são pequenos, não passaram de alguns arranhões e hematomas, mas a nível psicológico ficaram muito afetados. Estamos solidários com os funcionários e vamos dar a ajuda que seja necessária", concluiu.

Ruptura de água na origem da agressão 
Tudo terá começado na passada quinta-feira. Os envolvidos são dois munícipes, um casal residente em Palhais e duas técnicas municipais do serviço municipal de jardins e espaços verdes.
Segundo Juvenal Silvestre, membro do executivo da União de Freguesias de Palhais e Coina, as funcionárias municipais foram mal recebidas por um casal de moradores de um prédio quando procuravam perceber a causa de uma ruptura de água.
O autarca, que não assistiu à incidente, contou ao jornal Público que "houve uma agressão por parte de uma senhora, de um prédio, a uma técnica da câmara. Havia uma ruptura de água frente ao prédio da munícipe em causa. As técnicas foram ver o que se passava, devido ao desperdício de água. O marido da senhora, que já tinha enviado várias comunicações aos serviços municipais e à junta de freguesia, começou a provocar o desacato, com palavras dirigidas às funcionárias”, disse Juvenal Silvestre.
O autarca, eleito por um movimento independente, explica que “as técnicas tentaram meter-se no carro e abandonar o local mas uma delas foi agarrada pela munícipe, que a agrediu”. A GNR tomou conta da ocorrência, depois de chamada ao local por Juvenal Silvestre.




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