Triplo homicida da Quinta do Conde em prisão preventiva

Prisão preventiva para homem suspeito de matar três pessoas

O triplo homicida da Quinta do Conde vai aguardar julgamento em prisão preventiva. Rogério Coelho foi ouvido ontem à tarde no tribunal de Setúbal, depois de ter recebido alta do Hospital de São Bernardo, em Setúbal, onde se encontrava internado desde sábado. O septuagenário que terá disparado sobre dois vizinhos (um agente da PSP e o seu filho) e um soldado da GNR foi esta quinta-feira presente a um juiz tendo-lhe lhe sido decretada a medida de coação de prisão preventiva. Ao que tudo indica, as desavenças entre Rogério e o agente da PSP prendiam-se com a cadela deste último, uma vez que Rogério queria que a rottweiler da família fizesse menos barulho. O arguido recolheu ao Estabelecimento Prisional de Setúbal. Apesar do silêncio em tribunal, algumas fontes ouvidas no processo, assumem que o homem teria "uma lista de pessoas a abater". 
Tribunal de Setúbal decreta prisão a alegado homicida 
O presumível autor do triplo homicídio, ocorrido no sábado à tarde, na Quinta do Conde, em Sesimbra, vai aguardar julgamento em prisão preventiva, confirmou fonte judiciária à agência Lusa.
O septuagenário que terá disparado sobre dois vizinhos e um soldado da GNR foi presente ao tribunal de Setúbal, tendo-lhe lhe sido decretada a medida de coação de prisão preventiva.
O suspeito, de 77 anos, foi presente a tribunal para primeiro interrogatório, depois de ter recebido alta do Hospital de São Bernardo, em Setúbal, onde se encontrava internado desde sábado.
Apesar do silêncio em tribunal, algumas fontes ouvidas no processo, assumem que o homem teria "uma lista de pessoas a abater".
Uma das pessoas que estava na lista era o seu vizinho, Sérgio Soares. "Foi a própria filha do Rogério que depois disto veio ter comigo e me disse que ele também me queria matar", revela Sérgio ao Jornal de Notícias.
"Tiveste sorte, o meu pai também te tinha na lista", terá dito a filha do homicida. O vizinho estava no café quando Rogério Coelho começou a atirar. "Era para regressar a casa mais cedo. Só não o fiz porque empatei-me com um amigo. Se não fosse eu ter-me atrasado já não estava cá para contar", relatou aquele diário. O conflito entre os dois surgiu por causa de um risco num veículo.
Além de Sérgio, também a mulher e a filha de António Pereira, agente da PSP morto, seriam alvos a abater para Rogério Coelho.
"Os tiros foram disparados quando a mãe e a filha vieram à porta da moradia com o filho para socorrer o pai, indica outra fonte.
Ao que tudo indica, as desavenças entre Rogério e o agente da PSP prendiam-se com a cadela deste último, uma vez que Rogério queria que a rottweiler da família fizesse menos barulho.
Recorde-se que, no sábado, Rogério Coelho disparou, num primeiro momento, em direção ao agente da PSP. Entretanto, após a chegada ao local do militar da GNR, de 25 anos, que tentava ajudar a vítima, Rogério voltou a disparar, atingindo o GNR na cabeça. Também o filho do agente da PSP foi atingindo, acabando por falecer no hospital.
O homicida ainda se barricou em casa, tentando suicidar-se mas a GNR evitou que tal acontecesse. Rogério Coelho terá falhado uma tentativa de suicídio, mas ficou com ferimentos no rosto e no maxilar inferior. O agressor só ontem saiu do hospital.
Não foi a primeira vez que o suspeito agrediu António Pereira. Há uns anos, Rogério apanhou o agente da PSP pelas costas e desferiu-lhe uma martelada na cabeça.
 De acordo com algumas fontes, o suspeito optou por não falar durante a audiência com o juiz do Tribunal de Setúbal que lhe decretou prisão preventiva. O antigo empreiteiro, com 77 anos, está agora nos calabouços do Estabelecimento Prisional de Setúbal.

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