Setúbal mostra-se disponível para acolher refugiados

Cidade sempre soube acolher os que a procuraram

Através de uma moção, aprovada por maioria em reunião ordinária, a Câmara  de Setúbal manifestou a disponibilidade para “cooperar no esforço de integração das vítimas” do drama de refugiados e imigrantes vivido atualmente na Europa. A autarquia sadina aponta que a cooperação setubalense honra “as tradições de solidariedade e humanismo de Setúbal, terra que sempre soube acolher os que a procuraram”. No processo de resolução da crise humanitária de refugiados e imigrantes na Europa, a Câmara de Setúbal “condena frontalmente” a possibilidade de incursões militares no Médio Oriente e em África.

Cidade de Setúbal está pronta para receber refugiados 
A moção realça, igualmente, que o contributo do município de Setúbal deve concretizar-se “no contexto das suas capacidades e responsabilidades e no quadro de políticas nacionais a definir e desenvolver pelo Poder Central”. A Câmara Municipal frisa que os movimentos migratórios e de imigrantes “são autênticas fugas à pobreza, à guerra e à morte”, acrescentando que “o seu alienável direito à vida e à dignidade é um princípio basilar consagrado na Carta das Nações Unidas”.
Setúbal considera que “o Estado português deve, por razões humanitárias e por obrigação constitucional, adotar as necessárias medidas para dar o devido acolhimento a refugiados e imigrantes numa expressão da solidariedade para com os povos vítimas”.
A redação da moção lamenta, ainda, a reacção da União Europeia, “identificando no direito à sobrevivência de milhões de seres humanos uma ameaça, abrindo campo ao racismo e à xenofobia e às ações criminosas de grupos fascistas”.
Trata-se, acusa a autarquia de Setúbal, de uma “visão de total discriminação na resposta a dar aos problemas humanitários colocados a pretexto da distinção entre refugiados e migrantes”.
No processo de resolução da crise humanitária de refugiados e imigrantes na Europa, a Câmara de Setúbal “condena frontalmente” a possibilidade de incursões militares no Médio Oriente e em África.


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