Feira Medieval de Palmela recebeu 28 mil visitantes

Palmela regressou ao ano de 1384 para combater castelhanos 

A 2.ª edição da Feira Medieval de Palmela [que decorreu entre sexta-feira e domingo] já terminou, com um balanço muito positivo por parte da organização. Cerca de 28 mil visitantes viajaram no Castelo de Palmela até ao ano de 1384 e participaram nestes três dias de "Paz de Feira", decretados por D. Fernando Afonso de Albuquerque, Mestre da Ordem de Santiago, e recheados de personagens da nossa História, memórias mágicas e quadros vivos de Palmela de outros tempos.
Feira medieval atraiu milhares de pessoas a Palmela 
Dos Torneios, que se disputaram, este ano, no Miradouro do Castelo, aos desfiles participados por centenas de figurantes, passando pelas animações musicais e espetáculos teatrais de grande qualidade - onde se destaca o Ritual Almenara - a Feira Medieval de Palmela "marcou quem por cá passou e é considerada, já, quer por vários expositores, quer por visitantes, como uma das principais Feiras que se realizam em Portugal", diz a Câmara de Palmela, organizadora do evento. 
O vereador Luís Miguel Calha, responsável pelas áreas da cultura e turismo, lembrou que o evento foi planeado e organizado "durante muitos meses e de uma forma muito cuidada, com a Associação Cultural História e Património – Aliusvetus, para subir mais um degrau qualitativo, relativamente à primeira edição". 
Nas suas palavras, a Feira permitiu "aumentar a notoriedade de Palmela, ampliar o conhecimento do território por parte de visitantes e agentes turísticos e proporcionar oportunidades muito importantes de dinamização da economia local", tendo sido particularmente gratificante verificar "a entrada no espírito da Feira Medieval por parte da nossa população e dos milhares visitantes, e a emotividade que se viveu nestes três dias", concluiu Luís Miguel Calha.

Ritual Almenara volta para o ano 
A vila regressou, por três dias, a 1384! Palmela  engalanou-se e preparou-se para o regresso de várias personagens históricas que, noutros tempos, cruzaram estas ruas... Em Setembro de 1384, Lisboa encontrava-se sitiada pelos castelhanos, fruto da crise dinástica criada com a morte de D. Fernando, no ano anterior. A Peste Negra matava 100 a 200 castelhanos por dia; faltavam víveres entre os portugueses.
O Mestre de Avis, cercado por terra e por mar, necessitava de reforços militares.
Regressando vitorioso da batalha dos Atoleiros, no Alentejo, com as suas tropas, Nuno Álvares Pereira desloca-se a cavalo para Palmela, onde mandou acender as almenaras - grandes fogueiras, que promoviam a comunicação entre fortalezas - às quais respondeu o Mestre, em Lisboa.
Em Palmela, vive-se um período de Paz da Feira, que favorece os mercadores que acorrem à vila, por onde circulam, também, muitos pobres, goliardos, saltimbancos e outros visitantes, à procura de víveres e de muita festa! É Mestre da Ordem de Santiago D. Fernando Afonso de Albuquerque, bisneto de D. Dinis.
Uns castelhanos aparecem, vindos de sul, e podem pôr Palmela em perigo... o torneio poderá resolver o problema... um retrato histórico vivido em terras do Castelo de Palmela nestes dias e que já tem "bilhete" de volta para Setembro de 2016. Desta vez a envolver o Castelo de Palmela e o Castelo de São Jorge, em Lisboa.


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