Câmara do Montijo com situação financeira positiva

"Resultados confirmam a qualidade da gestão autárquica que estamos a liderar"

A situação económico-financeira da Câmara do Montijo “é estável e muito positiva, com redução efetiva do endividamento e equilíbrio orçamental positivo”. Esta é a conclusão do relatório da gestão financeira municipal referente ao primeiro semestre de 2015, que o presidente da autarquia, Nuno Canta, apresentou à vereação na reunião do executivo camarário. Nos primeiros seis meses do ano, “a câmara reduziu em 952 mil euros o seu nível global de endividamento. No mesmo período, apresentou sempre fundos disponíveis positivos e o prazo médio de pagamento a fornecedores foi de 18 dias, quando no período homólogo do ano transato era de 50 dias”, realçou Nuno Canta. “Na análise de execução orçamental verifica-se um excelente grau de realização de despesa, com um aumento no investimento público na ordem dos 761 mil euros”, salienta o autarca. A CDU, oposição na autarquia, discorda. 
Montijo reduz endividamento em seis meses 
A avaliação, realizada por uma entidade externa e independente à edilidade – efetuada que foi por um revisor oficial de contas  –, indica que a câmara reduziu 952 mil euros do endividamento em apenas seis meses. “Ao início dos primeiros anos do mandato, a câmara não contratou qualquer empréstimo de longo-prazo nem utilizou qualquer empréstimo de curto-prazo”, destacou Nuno Canta, durante a apresentação do documento.
“Acresce que o município do Montijo cumpre integralmente a Lei dos Compromissos e dos Pagamentos em Atraso e apresentou sempre fundos disponíveis positivos durante todo o primeiro semestre de 2015. No final do semestre, o prazo médio de pagamento da Câmara do Montijo [a fornecedores] era apenas 18 dias, quando em período homólogo do ano anterior o nosso prazo médio era de 50 dias”, acrescentou o autarca.
Nuno Canta realçou também, na análise da execução orçamental, o “excelente grau de realização de despesa, com um aumento no investimento público na ordem dos 761 mil euros”, em comparação com os primeiros seis meses de 2014.
A despesa com pessoal “também aumentou, mas, justificadamente, em resultado da atualização de investimentos, na contratação de docentes para a realização de atividades de enriquecimento curricular e de outros encargos resultantes de disposições legais, como a Segurança Social, já que houve um aumento da comparticipação dos municípios para a Segurança Social, por decisão do Governo”, explicou o presidente.
Já a receita cobrada no primeiro semestre de 2015 foi inferior ao período homólogo do ano anterior. “Cobrámos menos nestes primeiros seis meses relativamente a 2014. Contudo, neste domínio, temos a destacar a redução significativa dos impostos directos, em particular a cobrança do Imposto Municipal sobre Transmissões Onerosas de Imóveis (IMT), que obrigou a um maior esforço na gestão financeira municipal”, sublinhou Nuno Canta.
O presidente da autarquia sublinhou ainda que, no comparativo entre receitas e despesas, “a receita cobrada foi superior à despesa paga, garantindo-se assim um equilíbrio orçamental positivo” e apontou depois baterias à oposição. “Todavia, devemos assinalar a importância do saldo de gerência na receita cobrada, desacreditando algumas vozes que apelam para a redução do saldo de gerência e que, com isso, apelam para o desequilíbrio orçamental da câmara”, atirou.

Gestão municipal  é “provada” por documentos 
Para Nuno Canta, os resultados económico-financeiros alcançados neste primeiro semestre de 2015 “confirmam a qualidade da gestão autárquica” que está a liderar os destinos do Montijo. O chefe do executivo municipal critica assim a oposição social-democrata e comunista. “A oposição insiste numa campanha de falsidades políticas e em declarações desprovidas de sentido sobre opções políticas deste executivo. Estes resultados desmentem também os argumentos que foram apresentados pela oposição quando votaram contra o Orçamento Municipal para 2015, como sabemos com a convocação de uma maioria negativa entre a CDU e o PSD. E provam que esta oposição fala por falar, com o único objetivo de travar as opções do município e da cidade”.
Nuno Canta diz que a “grande qualidade” da gestão municipal em Montijo é “provada” por documentos como este relatório, sendo que, em termos comparativos com outros municípios, Montijo apresenta “uma situação muito favorável, que não aparece do nada, por simples sorte como alguns pensam”. “Aparece por um trabalho árduo que fazemos todos os dias com uma gestão adequada”, concluiu o autarca do PS.
Pela oposição, Carlos Jorge de Almeida, da CDU, reservou para uma próxima reunião do executivo uma análise ao documento. Mas, ainda assim, não poupou críticas às palavras do presidente do município. “Quando diz que ficou evidente a qualidade da gestão autárquica à frente dos destinos do Montijo, o senhor presidente repete aqui mais uma vez um conjunto de argumentos que é aquele que Passos Coelho e Paulo Portas repetidamente apontam para o país, quando fazem a análise da gestão. De facto, o país está muito melhor, os portugueses estão muito pior. A sua gestão na câmara municipal está muito melhor, os munícipes do Montijo, do nosso ponto de vista, estão muito pior”, aponta o vereador da CDU.

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