"O público são as minhas pernas"
Chegou aos estúdios em passos simples. Bonita e elegante, traços que a marcam desde há 15 anos quando começou a ser conhecida por ser uma das Tentações, uma banda feminina que dava que falar nos últimos suspiros do século passado. Já lá vão mais de 15 anos. A menina da voz serena foi ficando. Subindo a pulso numa carreira marcada pela qualidade. 15 anos depois continua a cantar e a encantar os palcos principais do país e do mundo lusófono. Dona de uma voz doce e suave, Suzana revelou-se no programa mais descontraído da PopularFM. Em Nós as Mulheres, Cristina Santos e Susana Roldão "esmiuçaram" em mais de duas horas a vida desta mulher dos palcos que por agora anda a promover o seu novo álbum. Falaram de coisas sérias entre mil sorrisos e outras tantas travessuras que animou a conversa em estúdio, em casa, no carro ou numa praia onde houvesse um rádio ligado em 90.9. O ADN acompanhou a conversa.
Recuando ao começo de tudo, Suzana começou por recordar "os bailes" onde cantava nos tempos de menina [que ainda é], dos tempos em que foi uma das "coristas" de Tony Carreira de quem diz que foi "uma escola para a vida e para a minha carreira" e dos tempos em que foi uma boa tentação numa banda de meninas bonitas criada pelo próprio Tony Carreira.
A solo a cantora da nossa reportagem começou com Amanhã, em 2000, com Suzana e as Top Girls. Ora, as "Top Girls" eram quatro bailarinas francesas que a acompanhariam também nos espectáculos ao vivo.Um êxito que conquistou o público neste início de carreira. Nesse, e noutros trabalhos, foi produzida musicalmente por Ricardo Landum e Tony Carreira. Hoje trabalha com Paulo Martins e garante, a sorrir, que partilha "canções com as pessoas".
E foi assim que ao longo dos anos foi "conquistando" o publico e os palcos. Dona de um sorriso fácil e de uma melodia arrebatadora, Suzana foi somando êxitos dentro e fora dos palcos. Em 2006 foi mãe. "Uma gravidez de risco", recorda a cantora, mas que lhe mudou a vida para sempre. "Ser mãe é o acontecimento mais marcante na vida de qualquer mulher", conta Suzana. Hoje, o filho é "um menino que nunca se cala" e é o "fã número um" da carreira da mãe. "Adora bateria e quem sabe se não será um futuro baterista", conta a cantora.
Recordar 15 anos de canções
Recordar os 15 de carreira "é algo de muito especial", Dedicou "dias" à escolha [difícil] das músicas que queria colocar neste álbum que também tem três canções em estreia absoluta: Loucura, Amanhã e Se Faltares Tu. E escolher 10 em mais de 100 canções de uma vida "não é fácil", garante Suzana. A cantora refere que "este trabalho tem um pouco de cada álbum e de cada fase da minha carreira". Ainda assim, diz a cantora, "havia muitas músicas que caberiam neste novo álbum" de recordação de uma carreira preparada ao detalhe. Neste trabalho, Suzana destaca como momentos especiais os duetos com Tony Carreira, Leandro e Filipa Lemos [vocalista dos Santamaria].
A digressão começou em Junho em Famalicão e promete correr o país de norte a sul, leste a oeste, ilhas e comunidades portuguesas espalhadas pelo mundo. A festa dos 15 anos já está a ser preparada para o fim do verão. "Vai ser algo em grande", promete.
Qual a sua canção preferida? Suzana sorriu e respondeu que "o que será de mim" é, provavelmente, o tema preferido. Perto de outra canção que a marcou para a vida: "Quando ele me chama mãe", diz a cantora natural da Batalha.
Nestes 15 anos de pop romântico há muito para contar. "O balanço que faço é de muita entrega e luta e se cheguei até aqui foi porque o público deixou", lembra. "As canções são histórias de vida que gosto de cantar para as pessoas", refere a cantora que acha "tão giro" ver "que as pessoas estão a reviver as suas histórias nas canções que canto, É uma sensação tão boa", diz Susaza.
Uma cantora ligada ao público
O "futuro a Deus pertence" diz o ditado popular mas uma das cantoras mais românticas dos palcos portugueses já prepara os anos que por ai estão a chegar. "Estou a pensar em novos temas", diz . "O futuro não sei, trabalho muito para a minha carreira. Esta é a minha vida e trabalho para que tudo corra bem". Nesta, como em outras carreiras, é o publico quem manda. "Se o público não gosta do que fazemos não vale a pena continuar". No entanto, o seu público, adora-a e é "uma motivação" diária. "Agradeço muito o sucesso às pessoas que gostam de mim. O público são as nossas pernas", conta com um sorriso cúmplice.
Tanto nos palcos como na rede. Utilizadora assídua do facebook a cantora frisa que este é "uma ferramenta fundamental para o contacto directo com o público". Suzana garante que é a própria que "atualiza" a sua página oficial e quem responde aos fãs.
Suzana deixa, no entanto, uma critica. "Portugal devia dar mais importância e oportunidades aos cantores portugueses".Afinal, como diz, "se formos comparar as letras de cantores estrangeiros com as nossas, a diferença é pouca". Apesar de "haver mais abertura" ainda "há um longo caminho para percorrer" para mudar as mentalidades. "Temos sempre de valorizar o que é nosso e feito por nós", sublinha.
A vida fora do palco
Por esta altura do programa, que é "uma maluquice" ia animado e cheio de ritmo. Primeiro porque só entram mulheres [o escriba deste texto foi a excepção a uma regra sagrada] e depois porque só "entra a boa disposição", diziam, entre sorrisos, as duas "metades da mesma laranja, [leia-se, Cristina Santos e Susana Roldão]. A convidada entrou no espírito do programa e abriu as portas daquilo que a "apaixona" além da carreira musical.
Concilia a carreira de cantora com a gestão do seu restaurante, o Music Burgger, no Saldanha, em Lisboa. Adora cozinhar mas "tenho dias!" As vezes "falta é tempo para fazer por gosto e por prazer". Prato especial? Não tem! Gosta um pouco de tudo. Tempo é também o que falta para se dedicar mais à sua horta. Outra das paixões desta cantora. Ora, Suzana confessou ao mundo que deixou "morrer os morangos", os "tomates estão estragados e as alfaces espigadas". Um desastre, agrícola provocado pela "falta de tempo".
Bonita, sensual e delicada é a sua "imagem de marca". Por isso Suzana sempre dedicou um tempo especial à sua imagem. Tenta sempre estar "bonita" em palco e, para isso, é a própria que cuida do seu guarda roupa, da imagem e da voz. "Tudo faz falta". A pior coisa que lhe aconteceu foi "perder a voz" durante um mês. Hoje, para evitar isso, bebe muita água, aquece a voz sempre antes dos concertos e arrefece sempre no fim. "Um ritual que não abdico nunca" em nome do bem estar.
A sua sensualidade não se vê só nos palcos, Já foi capa de revistas e tema de produções fotográficas ousadas. E para manter a forma sabe que tem "de ir ao ginásio" mas muitas vezes "não me apetece". Prefere outro tipo de treino e, neste momento, o But Camp [uma espécie de treino militar] é "algo que me agrada muito". A ela e às apresentadoras do programa que "exigem" a presença de "militares durões" em Pinhal Novo. No entanto, Suzana lembra que "o treino é muito exigente e duro". Mesmo assim, Cristina e Susana não se importam com a dureza dos treinos.
Estávamos no fim de uma entrevista recortada por risos, gargalhadas, assuntos sérios e perguntas dos ouvintes. Antes de se despedir contou histórias "improváveis" desses 15 anos de carreira. Como quando, um dia, encontrou no meio do trânsito da capital, uma senhora a cantar em viva voz uma das suas músicas. Suzana sorriu para a senhora do carro ao lado, A condutora fechou o vidro e continuou a cantar. Nem a conheceu. "Mas foi tão bom".
Antes de ir embora dos estúdios em Pinhal Novo a cantora mostrou o que trás dentro da mala. E trás muitas coisas. Mas há dois que guarda com muito carinho."Um crucifixo de família dado pela minha avó. Está benzido por um Papa" e "um terço feito por um fã com a minha pedra da sorte". Objectos simples mas "que me acompanham e me fazem sentir bem", concluiu a cantora.
Chegou aos estúdios em passos simples. Bonita e elegante, traços que a marcam desde há 15 anos quando começou a ser conhecida por ser uma das Tentações, uma banda feminina que dava que falar nos últimos suspiros do século passado. Já lá vão mais de 15 anos. A menina da voz serena foi ficando. Subindo a pulso numa carreira marcada pela qualidade. 15 anos depois continua a cantar e a encantar os palcos principais do país e do mundo lusófono. Dona de uma voz doce e suave, Suzana revelou-se no programa mais descontraído da PopularFM. Em Nós as Mulheres, Cristina Santos e Susana Roldão "esmiuçaram" em mais de duas horas a vida desta mulher dos palcos que por agora anda a promover o seu novo álbum. Falaram de coisas sérias entre mil sorrisos e outras tantas travessuras que animou a conversa em estúdio, em casa, no carro ou numa praia onde houvesse um rádio ligado em 90.9. O ADN acompanhou a conversa.
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| Suzana esteve no programa "Nós as Mulheres" da PopularFM |
Recuando ao começo de tudo, Suzana começou por recordar "os bailes" onde cantava nos tempos de menina [que ainda é], dos tempos em que foi uma das "coristas" de Tony Carreira de quem diz que foi "uma escola para a vida e para a minha carreira" e dos tempos em que foi uma boa tentação numa banda de meninas bonitas criada pelo próprio Tony Carreira.
A solo a cantora da nossa reportagem começou com Amanhã, em 2000, com Suzana e as Top Girls. Ora, as "Top Girls" eram quatro bailarinas francesas que a acompanhariam também nos espectáculos ao vivo.Um êxito que conquistou o público neste início de carreira. Nesse, e noutros trabalhos, foi produzida musicalmente por Ricardo Landum e Tony Carreira. Hoje trabalha com Paulo Martins e garante, a sorrir, que partilha "canções com as pessoas".
E foi assim que ao longo dos anos foi "conquistando" o publico e os palcos. Dona de um sorriso fácil e de uma melodia arrebatadora, Suzana foi somando êxitos dentro e fora dos palcos. Em 2006 foi mãe. "Uma gravidez de risco", recorda a cantora, mas que lhe mudou a vida para sempre. "Ser mãe é o acontecimento mais marcante na vida de qualquer mulher", conta Suzana. Hoje, o filho é "um menino que nunca se cala" e é o "fã número um" da carreira da mãe. "Adora bateria e quem sabe se não será um futuro baterista", conta a cantora.
Recordar 15 anos de canções
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| Susana Roldão com a cantora Suzana em Pinhal Novo |
A digressão começou em Junho em Famalicão e promete correr o país de norte a sul, leste a oeste, ilhas e comunidades portuguesas espalhadas pelo mundo. A festa dos 15 anos já está a ser preparada para o fim do verão. "Vai ser algo em grande", promete.
Qual a sua canção preferida? Suzana sorriu e respondeu que "o que será de mim" é, provavelmente, o tema preferido. Perto de outra canção que a marcou para a vida: "Quando ele me chama mãe", diz a cantora natural da Batalha.
Nestes 15 anos de pop romântico há muito para contar. "O balanço que faço é de muita entrega e luta e se cheguei até aqui foi porque o público deixou", lembra. "As canções são histórias de vida que gosto de cantar para as pessoas", refere a cantora que acha "tão giro" ver "que as pessoas estão a reviver as suas histórias nas canções que canto, É uma sensação tão boa", diz Susaza.
Uma cantora ligada ao público
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| Suzana está a promover o seu novo trabalho discográfico |
O "futuro a Deus pertence" diz o ditado popular mas uma das cantoras mais românticas dos palcos portugueses já prepara os anos que por ai estão a chegar. "Estou a pensar em novos temas", diz . "O futuro não sei, trabalho muito para a minha carreira. Esta é a minha vida e trabalho para que tudo corra bem". Nesta, como em outras carreiras, é o publico quem manda. "Se o público não gosta do que fazemos não vale a pena continuar". No entanto, o seu público, adora-a e é "uma motivação" diária. "Agradeço muito o sucesso às pessoas que gostam de mim. O público são as nossas pernas", conta com um sorriso cúmplice.
Tanto nos palcos como na rede. Utilizadora assídua do facebook a cantora frisa que este é "uma ferramenta fundamental para o contacto directo com o público". Suzana garante que é a própria que "atualiza" a sua página oficial e quem responde aos fãs.
Suzana deixa, no entanto, uma critica. "Portugal devia dar mais importância e oportunidades aos cantores portugueses".Afinal, como diz, "se formos comparar as letras de cantores estrangeiros com as nossas, a diferença é pouca". Apesar de "haver mais abertura" ainda "há um longo caminho para percorrer" para mudar as mentalidades. "Temos sempre de valorizar o que é nosso e feito por nós", sublinha.
A vida fora do palco
Por esta altura do programa, que é "uma maluquice" ia animado e cheio de ritmo. Primeiro porque só entram mulheres [o escriba deste texto foi a excepção a uma regra sagrada] e depois porque só "entra a boa disposição", diziam, entre sorrisos, as duas "metades da mesma laranja, [leia-se, Cristina Santos e Susana Roldão]. A convidada entrou no espírito do programa e abriu as portas daquilo que a "apaixona" além da carreira musical.
Concilia a carreira de cantora com a gestão do seu restaurante, o Music Burgger, no Saldanha, em Lisboa. Adora cozinhar mas "tenho dias!" As vezes "falta é tempo para fazer por gosto e por prazer". Prato especial? Não tem! Gosta um pouco de tudo. Tempo é também o que falta para se dedicar mais à sua horta. Outra das paixões desta cantora. Ora, Suzana confessou ao mundo que deixou "morrer os morangos", os "tomates estão estragados e as alfaces espigadas". Um desastre, agrícola provocado pela "falta de tempo".
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| Além da vida artística Suzana gere um restaurante em Lisboa |
A sua sensualidade não se vê só nos palcos, Já foi capa de revistas e tema de produções fotográficas ousadas. E para manter a forma sabe que tem "de ir ao ginásio" mas muitas vezes "não me apetece". Prefere outro tipo de treino e, neste momento, o But Camp [uma espécie de treino militar] é "algo que me agrada muito". A ela e às apresentadoras do programa que "exigem" a presença de "militares durões" em Pinhal Novo. No entanto, Suzana lembra que "o treino é muito exigente e duro". Mesmo assim, Cristina e Susana não se importam com a dureza dos treinos.
Estávamos no fim de uma entrevista recortada por risos, gargalhadas, assuntos sérios e perguntas dos ouvintes. Antes de se despedir contou histórias "improváveis" desses 15 anos de carreira. Como quando, um dia, encontrou no meio do trânsito da capital, uma senhora a cantar em viva voz uma das suas músicas. Suzana sorriu para a senhora do carro ao lado, A condutora fechou o vidro e continuou a cantar. Nem a conheceu. "Mas foi tão bom".
Antes de ir embora dos estúdios em Pinhal Novo a cantora mostrou o que trás dentro da mala. E trás muitas coisas. Mas há dois que guarda com muito carinho."Um crucifixo de família dado pela minha avó. Está benzido por um Papa" e "um terço feito por um fã com a minha pedra da sorte". Objectos simples mas "que me acompanham e me fazem sentir bem", concluiu a cantora.
Paulo Jorge Oliveira
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