Atletas paralímpicos com dia especial em Almada

 "Um dia paralímpico a que ninguém fique indiferente"

O Comité Paralímpico de Portugal organiza em Almada a edição de 2015 do Dia Paralímpico. Um evento de demonstração e experimentação de modalidades paralímpicas e surdolímpicas que pretende afirmar o movimento paralímpico e estimular a inclusão através do desporto. Esta edição, tal como as que a antecederam, irá contar com três iniciativas distintas: ação de formação, colóquio e atividades desportivas. Ao todo vão ser mais de 20 modalidades disponíveis para os mais ousados experimentarem quer ao ar livre, quer em piscinas ou em pavilhão. O evento decorre de 20 a 23 de Maio em vários "palcos desportivos" da cidade de Almada. "A participação é livre por isso junte-se a nós!”, apela a organização, em comunicado.
Almada recebe as comemorações do dia do Paralímpico 

A sensibilização da opinião pública para a realidade do desporto para pessoas com deficiência é o grande objetivo da quarta edição do Dia Paralímpico, que este ano decorre na cidade de Almada, no sábado. “Queremos mostrar que muitas das modalidades que são praticadas por pessoas com deficiência podem ser praticadas por pessoas sem deficiência e, no caso dos desportos coletivos, nas mesmas equipas, em situação de inclusão absoluta”, afirmou à agência Lusa Humberto Santos, presidente do Comité
Paralímpico de Portugal.
Depois de em edições anteriores ter passado por Loures, Coimbra e Évora, a iniciativa decorrerá este ano em Almada, mostrando mais de 15 modalidades praticadas por pessoas com deficiência, a maioria das quais incluídas nos programas dos Jogos Paralímpicos e Surdolímpicos.
Além das demonstrações de modalidades, nas quais todos são convidados a participar, está prevista a realização da marcha e corrida paralímpica, na qual participarão alguns atletas paralímpicos.
Segundo Humberto Santos, a grande ambição do Comité Paralímpico de Portugal é que o dia Paralímpico seja mais do que uma data: “o objetivo é que o dia 23 de Maio seja apenas o início de um novo ciclo. Gostaríamos que as atividades voltassem a ser dinamizadas ao nível do ensino superior, dos clubes, e do desporto escolar”.
Humberto Santos acredita que só mostrando “é possível aumentar a prática do desporto para pessoas com deficiência”, acrescentando: “É preciso desconstruir a ideia de que o desporto para pessoas com deficiência é uma coisa muito à parte”. O responsável pelo Comité Paralímpico espera que o evento junte mais de 500 pessoas, e admite que será um ensaio geral para a edição de 2016.
“Esta será uma edição totalmente virada para o exterior. Estamos a preparar a edição de 2016, que queremos que seja um dia paralímpico a que ninguém fique indiferente”, afirmou.
Em Almada, a marcha e corrida “Família Paralímpica” decorrerão no Parque da Paz, enquanto as demonstrações das modalidades terão lugar no Complexo Municipal dos Desportos, onde poderá desfrutar de algumas modalidades paralímpicas, nomeadamente andebol em cadeira de rodas, basquetebol em cadeira de rodas, boccia, ciclismo, esgrima, goalball, golfe, judo, karaté, lutas amadoras, natação, orientação, taekwondo, ténis, ténis de mesa, tiro e voleibol sentado. "A participação é livre por isso junte-se a nós!”, apela a organização, em comunicado.
Esta quinta-feira realizou-se o Colóquio “O Movimento Paralímpico”. O auditório do Fórum Municipal Romeu Correia foi o palco do debate sobre a realidade do desporto para pessoas com deficiência. Foi a oportunidade de conhecer alguns trabalhos académicos, exemplos de boas práticas desportivas e ouvir em primeira mão os testemunhos de atletas e treinadores sobre a sua experiência pessoal.

Agência de Notícias

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