Marcha Lenta no IC1 junta centenas de automobilistas
Algumas centenas de veículos participaram numa marcha lenta no Itinerário Complementar (IC) 1, entre Alcácer do Sal e Grândola, para protestar contra o estado de degradação deste troço da estrada e exigir obras de reabilitação. A marcha foi composta por três colunas de veículos, que partiram de Alcácer do Sal, Grândola e Santiago do Cacém e acabaram por se concentrar junto a um posto de abastecimento de combustíveis no Bairro do Isaías, em Grândola. São 16 quilómetros de perigo a “piscar o olho” aos milhares de automobilistas que ali passam todos os anos. O troço não tem, desde 2012, qualquer tipo de manutenção. Os utentes da via dizem que a "degradação é cada vez mais visível, sobretudo de Alcácer a Grândola. São as bermas, as rodeiras ou os altos provocados pelas raízes que crescem de ano para ano. E este ano, felizmente, não tem sido um ano de chuva porque se tivesse sido, há zonas que ficariam totalmente intransitáveis". Há um mês, a Comunidade Intermunicipal do Alentejo Litoral foi recebida pelo ministro da Economia, António Pires de Lima, que confirmou a existência de seis milhões de euros destinados à repavimentação daquele troço do IC1, embora sem adiantar uma data para o início das obras.
O IC1 serve todo o litoral alentejano, permitindo a sua comunicação com o norte do distrito de Setúbal e com a capital, Lisboa, sendo uma peça estratégica do desenvolvimento regional, graças ao seu uso para o transporte de mercadorias, realçada pela existência do Porto de Sines. Por isso, diz a JS de Setúbal, é "inadmissível que, tendo conhecimento desta situação, o Governo nada faça para a resolver, colocando em risco, todos os dias, a segurança dos nossos cidadãos, o que resulta em níveis de sinistralidade alarmantes, cujos registos mais graves incluem casos mortais".
Nesse sentido, e solidarizando-se com esta situação e com as populações que por ela são afectadas, a Federação Distrital de Setúbal da Juventude Socialista, em conjunto com as suas concelhias de Grândola e de Sines, "reconhecem a situação preocupante do estado do IC1, lamentam as consequências resultantes desse mesmo estado e estão solidárias com as pretensões das populações e dos autarcas do Alentejo Litoral quanto à necessidade de reparação urgente daquela via, esperando que ao seu apelo corresponda uma resposta concreta que vá no sentido de solucionar o problema", conclui a nota.
Agência de Notícias
Algumas centenas de veículos participaram numa marcha lenta no Itinerário Complementar (IC) 1, entre Alcácer do Sal e Grândola, para protestar contra o estado de degradação deste troço da estrada e exigir obras de reabilitação. A marcha foi composta por três colunas de veículos, que partiram de Alcácer do Sal, Grândola e Santiago do Cacém e acabaram por se concentrar junto a um posto de abastecimento de combustíveis no Bairro do Isaías, em Grândola. São 16 quilómetros de perigo a “piscar o olho” aos milhares de automobilistas que ali passam todos os anos. O troço não tem, desde 2012, qualquer tipo de manutenção. Os utentes da via dizem que a "degradação é cada vez mais visível, sobretudo de Alcácer a Grândola. São as bermas, as rodeiras ou os altos provocados pelas raízes que crescem de ano para ano. E este ano, felizmente, não tem sido um ano de chuva porque se tivesse sido, há zonas que ficariam totalmente intransitáveis". Há um mês, a Comunidade Intermunicipal do Alentejo Litoral foi recebida pelo ministro da Economia, António Pires de Lima, que confirmou a existência de seis milhões de euros destinados à repavimentação daquele troço do IC1, embora sem adiantar uma data para o início das obras.
Centenas de pessoas querem obras urgentes no IC1 |
O comandante do Destacamento Territorial de Grândola da GNR, Ricardo Charrua, evitou avançar à Lusa o número de viaturas envolvidas na manifestação, optando por referir que a coluna chegou a ser superior a quatro quilómetros, enquanto a organização indicou que, no total, participaram mais de 500 veículos.
De acordo com o responsável da GNR, a iniciativa decorreu sem incidentes nem interrupções de trânsito, embora as viaturas tivessem circulado sempre a um ritmo "muito lento".
A acção terminou com intervenções do presidente da Câmara Municipal de Grândola, de um representante das Comissões de Utentes do IC1 dos dois concelhos do distrito de Setúbal e do deputado do PCP Bruno Dias.
O presidente da Câmara de Grândola, António Figueira Mendes voltou afirmar sua preocupação com o crescente estado de degradação em que se encontra este troço do IC1 que “não oferece as condições mínimas de circulação” lembrando “que se trata de uma estrada de vital importância para o concelho e para a região, sendo cada vez mais utilizado pelos automobilistas numa fuga premente à A2, devido ao aumento de portagens e do preço dos combustíveis” e reforça que “os números de sinistralidade não param de aumentar, com consequências fatais na maioria dos casos”.A acção terminou com intervenções do presidente da Câmara Municipal de Grândola, de um representante das Comissões de Utentes do IC1 dos dois concelhos do distrito de Setúbal e do deputado do PCP Bruno Dias.
Utentes e autarquias colaboraram na organização da manifestação para exigirem, "com carácter de urgência, as necessárias obras de reabilitação" daquele troço da antiga Estrada Nacional (EN) 120.
Os utentes consideram "inaceitáveis e revoltantes" as condições "de degradação e insegurança" da via, que têm provocado "um acentuar significativo de acidentes, traduzidos muitos deles, em perdas humanas".
As causas apontadas para o mau estado da estrada são a "falta de manutenção" e o "aumento de tráfego" originado pela "fuga" à auto-estrada (A2).
"Pavimento deteriorado, sulcos de desgaste causados pelos rodados dos veículos pesados, lombas e outras deformações causadas por raízes de árvores, buracos, depressões e fraturas" são alguns dos problemas que levam os utentes a exigir as obras.
Governo tem seis milhões para as obras
No início de Fevereiro, a Comunidade Intermunicipal do Alentejo Litoral (CIMAL) foi recebida pelo ministro da Economia, António Pires de Lima, que confirmou a existência de seis milhões de euros destinados à repavimentação daquele troço do IC1, embora sem adiantar uma data para o início das obras.
Contactada pela Lusa, a Estradas de Portugal (EP) reiterou as informações prestadas em Maio do ano passado, quando chegou a um acordo com a SPER - Sociedade Portuguesa para a Construção e Exploração Rodoviária, a concessionária da subconcessão do Baixo Alentejo, cujas obras estão interrompidas desde 2011.
Esse acordo prevê a reversão do IC1 entre Grândola e Marateca para a rede de estradas da EP, mas tal só será efectivado depois da apreciação das entidades financiadoras e do Estado português e posterior aprovação por parte do Tribunal de Contas, o que, de acordo com a EP, ainda não aconteceu.
Os utentes consideram "inaceitáveis e revoltantes" as condições "de degradação e insegurança" da via, que têm provocado "um acentuar significativo de acidentes, traduzidos muitos deles, em perdas humanas".
As causas apontadas para o mau estado da estrada são a "falta de manutenção" e o "aumento de tráfego" originado pela "fuga" à auto-estrada (A2).
"Pavimento deteriorado, sulcos de desgaste causados pelos rodados dos veículos pesados, lombas e outras deformações causadas por raízes de árvores, buracos, depressões e fraturas" são alguns dos problemas que levam os utentes a exigir as obras.
Governo tem seis milhões para as obras
No início de Fevereiro, a Comunidade Intermunicipal do Alentejo Litoral (CIMAL) foi recebida pelo ministro da Economia, António Pires de Lima, que confirmou a existência de seis milhões de euros destinados à repavimentação daquele troço do IC1, embora sem adiantar uma data para o início das obras.
Contactada pela Lusa, a Estradas de Portugal (EP) reiterou as informações prestadas em Maio do ano passado, quando chegou a um acordo com a SPER - Sociedade Portuguesa para a Construção e Exploração Rodoviária, a concessionária da subconcessão do Baixo Alentejo, cujas obras estão interrompidas desde 2011.
Esse acordo prevê a reversão do IC1 entre Grândola e Marateca para a rede de estradas da EP, mas tal só será efectivado depois da apreciação das entidades financiadoras e do Estado português e posterior aprovação por parte do Tribunal de Contas, o que, de acordo com a EP, ainda não aconteceu.
Juventude Socialista de Setúbal solidária com utentes
A Federação Distrital de Setúbal da Juventude Socialista também está ao lado dos utentes do IC1. De acordo com um comunicado da Juventude Socialista do distrito, aquela via "encontra-se num estado manifestamente degradado, situação que é do conhecimento do Governo, uma vez que quer as autarquias, assim como as suas respectivas Assembleia Municipais, já tomaram posições relativamente a este assunto e levaram os seus pedidos junto do Governo, que por sua vez escolheu responder com palavras e não com actos".
Esta condição, dizem os socialistas, "é agravada pelo facto de, com a actual crise financeira, muitos cidadãos se terem visto obrigados a procurar soluções mais rentáveis para as necessidades do quotidiano, nomeadamente, as necessidades de transporte, o que conduziu ao fenómeno da 'fuga das autoestradas' para as estradas secundárias, que fez aumentar a circulação naquela estrada".Governo promete fazer obra... só não sabe quando |
O IC1 serve todo o litoral alentejano, permitindo a sua comunicação com o norte do distrito de Setúbal e com a capital, Lisboa, sendo uma peça estratégica do desenvolvimento regional, graças ao seu uso para o transporte de mercadorias, realçada pela existência do Porto de Sines. Por isso, diz a JS de Setúbal, é "inadmissível que, tendo conhecimento desta situação, o Governo nada faça para a resolver, colocando em risco, todos os dias, a segurança dos nossos cidadãos, o que resulta em níveis de sinistralidade alarmantes, cujos registos mais graves incluem casos mortais".
Nesse sentido, e solidarizando-se com esta situação e com as populações que por ela são afectadas, a Federação Distrital de Setúbal da Juventude Socialista, em conjunto com as suas concelhias de Grândola e de Sines, "reconhecem a situação preocupante do estado do IC1, lamentam as consequências resultantes desse mesmo estado e estão solidárias com as pretensões das populações e dos autarcas do Alentejo Litoral quanto à necessidade de reparação urgente daquela via, esperando que ao seu apelo corresponda uma resposta concreta que vá no sentido de solucionar o problema", conclui a nota.
Agência de Notícias
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