Fórum Social de Palmela debateu crescimento inclusivo

"Reforço do atendimento social a munícipes em condições de risco elevado"

O Auditório da Biblioteca Municipal de Palmela recebeu, na semana passada, a 6ª edição do Fórum Social de Palmela, numa organização da Rede Social de Palmela com o Município. Subordinado ao tema “Portugal 2020: que oportunidades para um crescimento inclusivo?”, este Fórum, explica a autarquia, "constituiu-se como um momento privilegiado de debate e partilha entre os parceiros da Rede Social, de organizações locais com intervenção social no concelho e outras entidades da sociedade civil, interessadas em contribuir para uma comunidade mais justa e inclusiva". De acordo com o presidente da autarquia, um dos objetivos da política social do próximo ano passa pelo "reforço do atendimento social a munícipes em condições de risco elevado e, respetivo encaminhamento para estruturas locais e regionais com competências nesta matéria". 
Palmela discutiu prioridades da política social para 2015 

A apresentação e discussão do programa Portugal 2020 (prioridades, regiões e operacionalização), a reflexão sobre os impactos dos financiamentos comunitários nos territórios, a partilha de práticas inovadoras e a análise específica das oportunidades e desafios colocados à Rede Social pelo Portugal 2020 foram as principais linhas de trabalho definidas para este Fórum que contou com uma sala cheia e interessada e as presenças, na sessão de abertura, de Adilo Costa, presidente do Conselho Local de Ação Social – Rede Social Palmela, Alpendre Sousa, Presidente da União Concelhia das Instituições Particulares de Solidariedade Social, Ana Clara Birrento, Diretora de Segurança Social do Centro Distrital de Setúbal, Instituto de Segurança Social e Álvaro Amaro, presidente da Câmara Municipal de Palmela.
Na ocasião, Álvaro Amaro saudou "os atores que promovem o desenvolvimento social das nossas comunidades" presentes, sublinhando o papel fundamental das instituições, "um verdadeiro sustentáculo que, num contexto de crise, atenua de forma significativa as situações de pobreza e de vulnerabilidade", salientou o presidente da Câmara de Palmela.
Num contexto de fragilidade social e, com o avolumar de situações de carência, Álvaro Amaro considera que a política social do município deve continuar "a privilegiar uma estratégia de verdadeira concertação entre todas as organizações da sociedade civil, para que a união dos esforços coletivos se apresente como eficaz, na atenuação das desigualdades e da pobreza".
Num período de recursos financeiros limitados, é fundamental, disse ainda o chefe do executivo municipal, "garantir um investimento de combate à pobreza e exclusão, que seja realizado com estratégia, com visão dos objetivos a atingir e com acompanhamento dos resultados e dos impactos conseguidos".

Garantir à população o acesso às respostas sociais
É com base nesta premissa, que o município de Palmela aposta num trabalho de concertação de todos os parceiros e no reforço das parcerias, para uma intervenção concertada, com vista à cooperação institucional e ao desenvolvimento e coesão.
Neste sentido, o próximo Quadro Comunitário de Apoio surge, como mais uma oportunidade para, por um lado, atrair investimento para o concelho, mas sobretudo, para o reforço de competências, qualificação e emprego, uma oportunidade para mobilizar recursos para o desenvolvimento de novos projetos.
Álvaro Amaro, sublinhou, também, o trabalho da organização. "Criámos a Comissão de Acompanhamento 'Palmela 2020', que reúne já dezena e meia de instituições nas mais diversas áreas, procurando uma estratégia de adequação da intervenção comuns, onde se tem também partilhado experiências, informação e registado potenciais parceiros com vista futuras candidaturas".
Por último, Álvaro Amaro, apresentou a política da autarquia para a Ação Social, nomeadamente, os objetivos para 2015, que passam pelo "reforço do atendimento social a munícipes em condições de risco elevado e, respetivo encaminhamento para estruturas locais e regionais com competências nesta matéria; acompanhamento de munícipes alojados em habitação social do município; pelo reforço do trabalho de parceria realizado no âmbito da Rede Social, de forma a garantir à população o acesso às respostas sociais que já existem no território, pela cedência de instalações e terrenos; facilitação e isenção de taxas e outros mecanismos urbanos e administrativos", concluiu o presidente da Câmara. 

Crescimento social em debate 
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Recorde-se que Palmela tem, também, vindo a apostar no Programa Municipal de Apoio à Pessoa Idosa, que integra projetos com o “Outubro Maior”, “Clique Sem Idade”, “Viver Melhor, Viver com Autonomia” e o “Cartão Idade Maior”, tem responsabilidades no Programa Rendimento Social de Inserção e, também, na Comissão de Proteção de Crianças e Jovens, onde assume, já há vários anos, a presidência da mesma.
De manhã, no primeiro painel, “Portugal 2020 – operacionalização na região Lisboa, estratégias e instrumentos locais”, participaram Joaquim Carapeto, da Câmara Municipal de Palmela, Demétrio Alves, da AML – Área Metropolitana de Lisboa e Luis Machado, da CCDR LVT – Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional de Lisboa e Vale do Tejo e Manuela Sampaio, da ADEPES – Associação para o Desenvolvimento Rural da Península de Setúbal. No período da tarde, foram apresentadas práticas e experiências inspiradoras, nomeadamente, a Associação para o Empreendedorismo Social e Sustentabilidade do Terceiro Sector (Carlota Quintão), a Bolsa de Valores Sociais (Cláudia Pedra) e a conferência “A Rede Social e o Acordo de Parceria 14-20”, por Rui Godinho e Catarina Pereira do Instituto de Estudos Sociais e Económicos.

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