Bombeiros de Setúbal treinam em estruturas colapsadas

Setúbal prepara bombeiros para eventuais catástrofes

Bombeiros sapadores de Setúbal e militares da GNR participam, entre os dias 3 e 7 de Novembro, num workshop de busca e resgate em estruturas colapsadas que visa otimizar procedimentos conjuntos nesta área do socorro. A atividade permite, explica a Proteção Civil de Setúbal, "testar as capacidades operacionais e uniformizar procedimentos de intervenção, são utilizados, em simultâneo, dois contentores logísticos equipados com material de última geração para busca, salvamento e resgate de vítimas em edifícios, estruturas colapsadas e espaços confinados". Lembra-se que a autarquia aprovou na semana passada, em reunião pública, a adesão como parceira oficial da Campanha Mundial para a Redução de Desastres “Construir Cidades Resilientes: A minha cidade prepara-se!”. 


Sapadores de Setúbal e GNR realizam exercício em conjunto 

A iniciativa, que envolve perto de cinco dezenas de operacionais em ações de formação e exercícios práticos, inclui uma receção oficial aos participantes, no dia 3, às nove horas, na Casa da Baía, na qual participa o vereador da Proteção Civil da Câmara Municipal de Setúbal, Carlos Rabaçal.
Participam neste treino conjunto 13 elementos da Companhia de Bombeiros Sapadores de Setúbal e trinta do Grupo de Intervenção de Proteção e Socorro da GNR. Está ainda prevista a presença de operacionais da Força Especial de Bombeiros Canarinhos, pertencente à Autoridade Nacional de Proteção Civil.
O workshop “Busca e Resgate em Estruturas Colapsadas”, com treinos no quartel dos Sapadores de Setúbal, na Serra da Arrábida e em unidades industriais abandonadas, tem a particularidade de ser o primeiro com recursos técnicos das duas forças envolvidas.
Operações de escoramento de edifícios, demolições, corte e perfuração de estruturas, a par de trabalhos de desencarceramento em viaturas e exercícios de extração de vítimas em espaços confinados, são algumas das ações a realizar no treino, que decorre ao longo de cinco dias.
Na atividade, que permite testar as capacidades operacionais e uniformizar procedimentos de intervenção, são utilizados, em simultâneo, dois contentores logísticos equipados com material de última geração para busca, salvamento e resgate de vítimas em edifícios, estruturas colapsadas e espaços confinados.
O contentor logístico da Companhia de Bombeiros Sapadores de Setúbal foi adquirido recentemente no âmbito da candidatura “Resiliência Setúbal +”, com financiamento europeu, que reforça o corpo profissional com um conjunto de recursos técnicos, incluindo novas viaturas.
O contentor inclui, entre outros, equipamentos de corte e perfuração, entre os quais um hidráulico para demolições, ferramentas para uso em veículos elétricos, a par de detetores sísmicos e de gases, assim como lanternas que podem ser utilizadas em cenários potencialmente explosivos.
O “Resiliência Setúbal +” é promovido no âmbito do QREN – Quadro de Referência Estratégico Nacional e enquadrado no regulamento de Prevenção e Gestão de Riscos do Programa Operacional Temático Valorização do Território – Eixo III “Equipamento operacional de proteção civil e veículos para operações de socorro de proteção civil”.

Setúbal é cidade resiliente
A Câmara de Setúbal aprovou na semana passada, em reunião pública, a adesão como parceira oficial da Campanha Mundial para a Redução de Desastres “Construir Cidades Resilientes: A minha cidade prepara-se!”. A campanha, publicada pelo Gabinete das Nações Unidas para a Redução do Risco de Desastres disponibiliza um quadro geral de referência para a redução de catástrofes, identificando boas práticas e ferramentas aplicadas em diferentes cidades com este objetivo.
O programa inscreve-se no Quadro de Ação de Hyogo 2005-2015 e propõe a definição de estratégias para a redução de catástrofes, bem como o desenvolvimento da resiliência das nações e comunidades.
A adesão dos municípios tem como finalidade, explica a organização, "dar uma resposta global aos riscos de nível local". O documento de proposta da campanha refere que uma cidade deve saber “implementar estratégias imediatas de reconstrução e reestabelecer os serviços básicos após um evento adverso”.
De acordo com a Campanha Mundial para a Redução de Desastres, existem dez passos essenciais para construir cidades resilientes, que incluem a realização de ações de organização e coordenação, com base na participação de grupos de cidadãos e da sociedade civil.
O documento avança, ainda, que é necessário investir em infraestruturas para redução de risco, como obras de drenagem pluvial que evitem inundações.
A Câmara de Setúbal compromete-se, no futuro, a constituir, nas juntas de freguesia, unidades locais de proteção civil e a celebrar protocolos com instituições académicas de referência para o desenvolvimento de soluções na gestão da emergência.
No contexto desta parceria, o município sadino responsabiliza-se, também, entre outras ações, a manter o processo de desenvolvimento e execução do projeto da sociedade civil CIGE (Centro Internacional de Gestão de Emergência), a rever periodicamente o Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil de Setúbal e a manter os protocolos com o Exército para beneficiação de infraestruturas de combate a incêndios florestais e passagens hidráulicas.

Agência de Notícias

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