‘Quarentena’ pelos 40 anos d’0 Bando em Palmela

Quarenta personagens à solta no Centro Histórico

Entre os dias 1 e 26 de Outubro, o grupo de teatro “O Bando” transfere o espetáculo “Quarentena”, em formato “Grande Encontro”, para o Centro Histórico de Palmela. A comemorar 40 anos de existência, “O Bando” encerra o programa comemorativo com uma grande produção, apoiada pelo Município, onde atores e músicos dão vida a 40 personagens dos vários espetáculos do longo percurso da companhia, e voz às palavras de 40 escritores de língua portuguesa. De quarta-feira a domingo, sempre a partir das 20 horas, os espetadores são guiados até vários locais no Centro Histórico de Palmela. Ao longo de três horas (mapa, transporte e alimentação incluídos), o público assiste ao desenrolar das histórias destes personagens, em locais insólitos. A noite termina na sede d’O Bando, em Vale de Barris. 


Teatro O Bando está a comemorar 40 anos 

Depois da ocupação da TSF no dia 24 de abril, do espetáculo “Ir e Vir Abril Abrir”, com a participação de centenas de crianças do concelho de Palmela e de outros concelhos da Península de Setúbal, e de concertos encenados apresentados através da Artemrede, “Quarentena” representa o culminar de todas estas experiências, em que os 40 anos d’O Bando se cruzam com quatro décadas de liberdade e com uma reflexão sobre o momento atual da sociedade portuguesa.
De 1 a 26 de Outubro, de quarta-feira a domingo, Palmela vai assistir, explica fonte do Teatro O Bando, a um "projeto histórico e inédito que reúne 40 personagens saídas das peças" encenadas por este grupo, que desafia a lógica do teatro fixo e se reinventa a cada espetáculo".
Ao longo de três horas, 24 atores e 16 músicos vão estar em sete locais com momentos de representação, numa "viagem clandestina a um lugar onde não se pode voltar". O transporte do público pelo percurso é suportado pelo grupo, que não tem regras para mostrar a sua arte.
"O que é de destacar é que conseguimos reunir 40 personagens que fizeram parte da história d’O Bando. A peça mais antiga representada neste espetáculo é de 1982, portanto, acreditamos que ‘Quarentena’ é uma soma, uma sucessão desses espetáculos", diz fonte da companhia de Palmela.
A peça, que durante o mês de Julho passou por Almada, Alcanena e Alcobaça tem dois finais diferentes. Nós dias ímpares é otimista, nos dias pares as encenações culminam de forma pessimista.
O projeto engloba, ainda, a realizaçãode dois filmes, por Amauri Tangará e João Brites, numa parceria entre o Teatro O Bando e a Cia D’Artes do Brasil: “Diálogos Imprevistos”, documentário que regista os diálogos entre personagens ficcionais e pessoas reais da região de Setúbal, e “Nenhures”, uma longa-metragem de ficção, que congrega as 40 personagens de Quarentena.
O Teatro O Bando, que por ano tem três ou menos espetáculos, não tem um elenco fixo e depende das coproduções. Os seus projetos tanto podem atingir dois mil espetadores no total, como 700 pessoas por dia.

Ficha técnica e artística:
Encenação e coordenação artística | João Brites
Dramaturgia e assistência de encenação | Miguel Jesus
Composição e direção musical | Jorge Salgueiro
Cenografia | Rui Francisco
Figurinos e adereços | Clara Bento
Desenho de luz | João Cachulo e Rita Louzeiro
Atores | Ana Brandão, Ana Lúcia Palminha, Antónia Terrinha, Bruno Huca, Cândido Ferreira, Estêvão Antunes, F. Pedro Oliveira, Gonçalo Amorim, Guilherme Noronha, Horácio Manuel, Joana Manaças, Juliana Pinho, Nicolas Brites, Nuno Nunes, Paula Só, Pedro Gil, Raul Atalaia, Rita Cruz, Rosinda Costa, Sara Belo, Sara de Castro, Susana Blazer e Susana Branco.
Músicos | Abel Chaves, Carlos Lourenço, Dinis Mendes, Diogo Dias, Gabriela Figueiredo, Inês Madeira, João Ferreira, João Pedro Silva, Lígia Vareiro, Luís Gonçalves, Mário Cabica, Nelson Ferreira, Paulo Fragoso, Pedro Araújo, Pedro Nuno e Tânia Gato.
Informação e reserva de bilhetes através do telefone 212336850 ou do email bilheteira@obando.pt.

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