Porto Sines à espera de gás americano mais barato

Gás americano pode chegar a Sines e revolucionar preços 

O secretário de Estado da Energia, Artur Trindade, revelou ao semanário Expresso que o mercado ibérico vai ter acesso a gás norte-americano a um preço bastante inferior ao do gás natural africano ou russo. Sines será o porto de entrada do novo gás, o qual, segundo o secretário de Estado, servirá também para reduzir a dependência ibérica e europeia face aos produtores tradicionais. Saliente-se que, como explica o mesmo jornal, são empresas energéticas russas que controlam boa parte dos fornecedores de gás que abastecem a Europa.

Gás dos Estados Unidos pode chegar a Portugal mais barato 

Portugal "está em condições de poder receber gás norte-americano através do terminal portuário de Sines", revelou ao Expresso Artur Trindade, secretário de Estado da Energia, adiantando que se trata de gás “muito mais barato que o gás natural de origem africana ou russa”.
Sines será o porto de entrada do novo gás, o qual, segundo o secretário de Estado, servirá também para reduzir a dependência ibérica e europeia face aos produtores tradicionais. Saliente-se que, como explica o mesmo jornal, são empresas energéticas russas que controlam boa parte dos fornecedores de gás que abastecem a Europa.
Numa altura em que as tensões entre a União Europeia – e os próprios Estados Unidos – e a Rússia ainda se fazem sentir, fruto do conflito que decorre na Ucrânia, este fornecimento norte-americano será uma forma de diversificar fornecedores.
Ao contrário do que se verifica no mercado do crude, que se encontra globalizado, o mercado do gás apresenta diferenças substanciais de preços, em função da geografia. Os países asiáticos, por exemplo, pagam o gás a um preço seis vezes mais elevado do que se paga nos Estados Unidos, onde o baixo custo do gás de xisto tem vindo a pressionar a queda dos preços.
A Rússia controla 26 por cento do comércio mundial de gás através de gasodutos, sendo a principal fonte para os consumidores europeus. Os Estados Unidos estão interligados ao Canadá e ao México. A região mais recente no mercado do gás é a Ásia, que produz 12 por cento do produto extraído, embora já seja responsável pelo consumo de 22 por cento do gás mundial.
Com a chegada de gás americano a Sines, a preços muito mais baratos, Portugal passa assim a ser a porta de entrada deste produto da Europa que depois será distribuído por outros países europeus, revolucionando os preços e também a dependência do gás vindo da Rússia e do norte de África.  

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