Festival de Teatro de Almada arranca esta noite

Luís Miguel Cintra homenageado no 31.º Festival de Almada

O maior festival de teatro do país assinala 30 anos. Luís Miguel Cintra é o grande homenageado da edição 2014, que decorre de hoje a dia 18. Desculpa para acompanhar um espectáculo desde os primeiros passos até à estreia. Ivica Buljan é o encenador convidado a levar ao palco “CaisOeste”, do francês Bernard-Marie Koltès. Para ver amanhã, na sala principal do Teatro Municipal Joaquim Benite, às 21h30. O festival custa 557 mil euros e apresenta 30 produções, algumas em estreia, em doze salas de Almada e Lisboa. 


Luís Miguel Cintra é o homenageado desta edição do Festival

Luís Miguel Cintra é o homenageado da 31.ª edição do Festival de Teatro de Almada, que continua a apostar "no risco" e a mostrar peças "tecnicamente bem feitas que se fazem pelo mundo", disse ontem o diretor do certame.
"O critério de escolha dos espetáculos é que sejam bons, o que procuramos no Festival de Almada é mostrar o que de tecnicamente bem feito se faz no mundo", disse Rodrigo Francisco, diretor da Companhia de Teatro de Almada (CTA) e do certame.
O percurso de Luís Miguel Cintra como ator, encenador e o seu trabalho de 40 anos na Cornucópia serão o tema de uma exposição patente na Escola D. António da Costa (Almada) durante o festival, a decorrer a até 18 de Julho em 12 espaços de Almada e Lisboa.
O diretor da Cornucópia dirigirá também um ciclo de sessões subordinadas ao teatro, intitulado "O sentido dos mestres", que nos próximos anos trará a Portugal "quatro consagrados criadores do teatro mundial", anunciou ainda o diretor da CTA.
Rodrigo Francisco, que falava na apresentação à imprensa do Festival, em Almada, acrescentou que o festival pretende "continuar a mostrar as várias correntes de bom teatro que se faz no mundo", independentemente de, enquanto espetador, poder nem gostar de peças que integrem a programação.
"O importante nos festivais, é o risco, um pouco como os melões, porque nunca sabemos o que vai sair dali", observou, sublinhando ser isso que os move e não "fazer peças muito bonitinhas" como se fossem em série.

Festival de Almada custa 557 mil euros 
A comemorar os 30 anos de existência, o Festival de Almada apresenta este ano 30 peças - seis das quais estreias e uma destas mundial -, além de espetáculos de rua, colóquios, concertos, sessões de cinema, tertúlias e outros eventos, num total de 139 sessões em quinze dias.
Portugal, Espanha, França, Itália, Alemanha, Croácia, reino Unido, Canadá e Argentina são os países de onde provêm as peças a exibir no Festival.
O orçamento da 31.ª edição do certame é de 557 mil euros: 215 mil provenientes da Câmara de Almada, 190 mil da Direção-Geral das Artes e 152 mil oriundos de parcerias, patrocinadores e receitas próprias da companhia, disse Rodrigo Francisco.
Este ano, o festival vai decorrer em 12 espaços diferentes e não em 10 como inicialmente a companhia avançara, situando-se a maioria em Almada, foi ainda anunciado.
Em Almada, a iniciativa decorrerá nas duas salas do Teatro Municipal Joaquim Benite, na Escola D. António da Costa, no Fórum Romeu Correia, no Pátio Prior do Crato, na sociedade Incrível Almadense e na Casa da Cerca, onde regressa uns anos depois de afastado deste espaço.
Em Lisboa, o Festival realiza-se no Teatro Municipal D. Maria II, no Centro Cultural de Belém (CCB), na Culturgest e nos teatros municipais S. Luiz e Maria Matos.
O Festival de Almada foi fundado em 1984, pelo ator e encenador Joaquim Benite que, em 1970, fundou o Grupo de Campolide, e em 1978 o transferiu para aquela cidade. Joaquim Benite dirigiu a Companhia de Teatro de Almada até à sua morte, a 4 de Dezembro de 2012.

Agência de Notícias

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