Lagoa de Albufeira, em Sesimbra, interdita a banhos

Sesimbra pede desassoreamento da Lagoa de Albufeira ao Estado

A Câmara de Sesimbra tomou conhecimento da decisão da Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo de interditar a prática balnear na zona interior da Lagoa de Albufeira, em Sesimbra, como medida cautelar de redução de exposição ao risco para a saúde da população, disse o gabinete de imprensa daquela autarquia. 


Sesimbra quer intervenção do Governo na Lagoa de Albufeira

Esta decisão foi tomada na sequência do assoreamento do canal de ligação entre a Lagoa e o mar, o que impede a renovação das águas interiores e que pode conduzir à deterioração da qualidade das águas.
De acordo com um comunicado do município, "a Câmara de Sesimbra não tem qualquer responsabilidade nesta situação, e que, por sua iniciativa, tem vindo a fazer há vários anos a abertura da Lagoa ao oceano no equinócio da primavera, com o objetivo de assegurar a qualidade das águas, o equilíbrio da flora e fauna, e a saúde pública, substituindo-se assim à Agência Portuguesa do Ambiente (APA), entidade que tem esta obrigação".
A autarquia explica ainda que "nos últimos anos, esta intervenção tem sido bastante dificultada pelo assoreamento da Lagoa, o que tem obrigado a realizar mais do que uma vez a abertura, o que representa custos financeiros elevados para a Câmara Municipal. Este ano, por exemplo, a Lagoa já foi aberta duas vezes e neste momento está a ser programada uma terceira intervenção".
A Câmara de Sesimbra "já informou por diversas ocasiões a APA da necessidade de se efetuar uma grande obra de desassoreamento da Lagoa, uma medida vital para garantir a abertura prolongada da mesma", diz a autarquia em comunicado enviado ao ADN.
Desta forma, a autarquia "lamenta que o Governo continue alheio a um problema há muito identificado, e que deveria ter sido encarado como uma prioridade, pois trata-se de uma zona com grande importância ambiental (Integra a Rede Natura 2000) e turística. Lamenta igualmente que anualmente se encontrem milhões de euros para proteger a costa e outras lagoas, e a Lagoa de Albufeira continue a ficar esquecida".
Apesar de todos os aspetos negativos que representa esta interdição, a autarquia de Sesimbra espera que, "chegados a este ponto, as entidades responsáveis despertem finalmente para a situação da Lagoa de Albufeira e programem, com urgência, as ações necessárias para a sua preservação", conclui o comunicado.

Agência de Notícias

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