Presidentes da Alemanha e de Portugal visitaram Autoeuropa

Presidente alemão elogia solidariedade da Volkswagen para com Portugal

O grupo Volkswagen vai investir quase 680 milhões de euros na Autoeuropa até 2018. O investimento vai ser feito em novos produtos e numa plataforma que vai permitir fabricar todos os modelos da nova geração Volkswagen. A fábrica de Palmela vai assim criar mais 500 empregos diretos. O investimento foi confirmado durante a visita do presidente alemão à Autoeuropa. Acompanhado de Cavaco Silva, Joachim Gauck, destacou o empenho dos trabalhadores portugueses e a importância da fábrica de Palmela para o grupo alemão. Joachim Gauck elogiou ainda a atitude da Volkswagen em Portugal por ser um "sinal de solidariedade para encorajar este povo". 



Cavaco Silva acompanhou presidente Alemão na visita a Palmela 

As expetativas eram elevadas e o momento era o ideal. Com a visita do presidente alemão a Portugal e à Autoeuropa, tudo indicava que iria ser anunciado o novo modelo para Palmela. Mas tal não sucedeu. A fábrica de Palmela vai continuar a aguardar um novo modelo, que vai ser anunciado ainda este ano.
Mesmo sem anunciar um novo automóvel, o grupo alemão deu um voto de confiança à unidade portuguesa. "A adaptação da Autoeuropa à plataforma MQB (Plataforma Modular Transversal) é um marco significativo e importante para o futuro da fábrica", disse esta quarta-feira Michael Macht, administrador da empresa. "A modernização da gama de modelos associada a esta mudança assegura postos de trabalho a longo prazo", garantiu o chefe máximo da Volkswagen.
Durante a visita oficial da Volkswagen Autoeuropa, em Palmela, em que participaram o Presidente da República, o presidente alemão e o ministro da Economia Pires de Lima, o líder germânico elogiou o trabalho que tem sido feito pela Volkswagen com centenas de jovens na APEC (Escola Profissional de Ensino Dual).
Durante o discurso, o responsável da produção da Volkswagen , Michael Macht,  também presente no evento, falou do investimento feito pela fundação Volkswagen no valor de 3 milhões de euros para que os jovens carenciados possam ter uma formação profissional.
Neste seguimento, o presidente alemão enfatizou a prática alemã de exportar bons modelos não só ao nível do ensino mas também da relação entre os trabalhadores e as empresas, elogiando o facto de ter sido repetido pelo coordenador da comissão de trabalhadores da AutoEuropa.
Durante a sessão, não foi, mais uma vez, apresentado qual o novo, ou novos, modelos que Portugal irá ter até 2018 no âmbito do investimento do grupo alemão vai realizar no valor de 677 milhões de euros e que criará 500 postos de trabalho.
"Peço desculpa mas por motivos de confidencialidade da empresa ainda não é hoje que vamos divulgar o nome do novo modelo", disse o responsável da produção, Michael Macht.

 Flexibilidade de trabalho elogiada por alemães
Alemães satisfeitos com flexibilidade dos trabalhadores portugueses 
O presidente da Volkswagen Autoeuropa, Melo Pires, confessou na terça-feira que a casa-mãe na Alemanha ficou extremamente surpreendida com a disponibilidade de 600 trabalhadores de Palmela se deslocarem para a Alemanha.
Durante a conferência "60 anos de conectividade", organizada pela câmara de comércio luso-alemã, o presidente da Autoeuropa, Melo Pires, recordou o período mais conturbado da empresa que decorreu há 3 anos. Na altura, havia um excesso de 600 trabalhadores para as necessidades de produção da fábrica da Palmela. "A decisão mais fácil era despedir mas não era a mais adequada", disse Melo Pires.
Seguiu-se um processo de tentativa de colocação no estrageiro dos trabalhadores em excesso, que hoje estão em países como a Malásia, a China, o Brasil mas também nas próprias fábricas alemãs, onde, na época, a produção estava em contraciclo.
E foi nesta altura que a comunicação por parte de Melo Pires da disponibilidade de 600 trabalhadores seguirem para outros países surpreendeu a casa-mãe na Alemanha.
Segundo o presidente da Autoeuropa, os alemães ficaram também surpreendidos pela flexibilidade de trabalho dos portugueses e a sua capacidade de integração nas equipas, apesar de não dominarem a língua. Melo Pires catalogou este intercâmbio de trabalhadores entre os dois países como "um projecto de sucesso".

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