Região de Setúbal manifestou-se no Ministério da Saúde

Juntos contra a  reorganização dos centros hospitalares do Barreiro-Montijo e Setúbal 

A Associação dos Municípios da Região de Setúbal, alguns presidentes de Câmara do distrito e munícipes manifestaram-se, esta manhã, em frente ao Ministério da Saúde. Em causa está a luta contra a portaria que prevê a reorganização, entre outros, dos centros hospitalares do Barreiro-Montijo e Setúbal e possível perda de algumas especialidades para centros em áreas com maior concentração populacional. Cerca de 300 pessoas estiveram presentes para apoiar esta ação. Em resposta, um assessor do Ministério da Saúde, respondeu que este é um "protesto por uma coisa que não existe". 


300 pessoas manifestaram-se à porta do Ministério da Saúde  

Carlos Humberto, presidente da Câmara do Barreiro, revelou que, a confirmar-se a perda de valências dos centros hospitalares mais de 700 mil cidadãos serão afetados, ou seja, todos os habitantes da região.
A preocupação deste autarca e também de Rui Garcia, presidente da Associação de Municípios da Região de Setúbal e da Câmara da Moita, é que a concretizarem-se estas perdas a população saia muito prejudicada. Rui Garcia sublinha que a alternativa para os utentes será o Hospital Garcia da Horta, em Almada que está "nos limites das suas capacidades".
Os presidentes da região de Setúbal que compareceram em frente ao Ministério não foram recebidos pelo Ministro da Saúde, "que não estava presente", mas tiveram a oportunidade de reafirmar um "pedido de audiência" com Paulo Macedo, revela Carlos Humberto.

"Protesto por uma coisa que não existe"
Em resposta, o assessor de imprensa do Ministério da Saúde, Miguel Vieira, disse ao jornal  Expresso que esta foi uma "manifestação de ilusão" e que nada está decidido. O assessor confirma que existirá um "ajustamento" que advêm de "mudanças por necessidades do sistema", mas que só em 2015 será possível decidir. Por isso, alega, este é um "protesto por uma coisa que não existe".
Para já sabe-se que a portaria, publicada a 10 de Abril, prevê a reorganização hospitalar em quatro grupos organizados hierarquicamente, que se "distinguem entre si pela complexidade da resposta oferecida à população servida", diz o documento. Porém, a sua aprovação requer diálogo e discussão, sublinha Miguel Vieira.
O grupo I, no qual se insere o Centro Hospitalar do Barreiro-Montijo é aquele a que sesão atribuídas menos valências e que terá influência direta sob a população. O conselho de administração daquele centro hospital confirma que a requalificação prevê a eliminação de "algumas especialidades existentes" naquela unidade hospitalar, mas por não ter sido tomada qualquer decisão relativamente ao fecho desses serviços "é prematuro fazer qualquer tipo de comentário".
O mesmo poderá se passar com o Centro Hospital de Setúbal, que engloba os hospitais de São Bernardo e Outão, que serve as populações do concelho de Setúbal, Palmela e Sesimbra.

Agência de Notícias
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