Desqualificação do Hospital do Montijo preocupa Alcochete

Desqualificação "causa dificuldades no acesso a várias consultas de especialidade"

A Câmara de Alcochete está contra a desqualificação do Centro Hospitalar Barreiro/Montijo, que serve o concelho, referindo que os cidadãos vão ser obrigados a deslocar-se para Almada em diversas especialidades. A autarquia de Alcochete exige a "revogação imediata da portaria" que coloca os hospitais de Montijo e Barreiro no fundo das prioridades do Governo.

Alcochete não quer desqualificação do Hospital do Montijo

“A Portaria 82/2014 classifica o centro hospitalar como de Grupo I, o que, na prática, reduzirá o número de valências disponíveis, obrigando os cidadãos de Alcochete a deslocarem-se para o Hospital Garcia de Orta, em Almada, para obter mais cuidados de saúde”, refere a moção, que foi aprovada por unanimidade pelo executivo de Alcochete.
A autarquia, liderada pelo comunista Luís Franco, exige a "revogação imediata da portaria", que, segundo o município, "causa dificuldades no acesso a várias consultas de especialidade" nos hospitais de Montijo e Barreiro.
“Além da neonatologia/obstetrícia podem estar em risco outras especialidades como a oftalmologia, otorrinolaringologia, pneumologia, cardiologia, gastroenterologia, oncologia médica ou infeciologia, que ficarão dependentes da definição de mapas nacionais de referenciação e distribuição de especialidades médicas e cirúrgicas”, salienta a moção da Câmara de Alcochete.
O documento apela ainda aos utentes, aos profissionais de saúde, às suas estruturas representativas e às populações para que “intensifiquem a luta em defesa do Serviço Nacional de Saúde”.
A portaria em causa visa reorganizar toda a oferta hospitalar nacional, sendo que, para os hospitais pertencentes ao Grupo I, o mais baixo do conjunto de grupos, existem valências hospitalares que apenas serão viáveis se houver um número mínimo de população servida e se existir disponibilidade de recursos humanos.
No distrito de Setúbal, além dos Hospitais de Montijo e Barreiro, estão ainda na "lista negra", as unidades hospitalares de Setúbal, Outão e Santiago do Cacém.

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