Quinta Feira da Espiga lembrada em Sesimbra

Caminhada pela natureza na Quinta Feira da Espiga 

Assinala-se esta quinta-feira dia da espiga. A tradição deixou de ter a força de outros tempos, mas hoje ainda muitos vão apanhar o que chamam o ramo da fortuna. A Quinta-feira de Espiga, 29 de Maio, é assinalada com uma caminhada e uma visita ao Núcleo Museológico da Moagem de Sampaio, em Sesimbra. O ponto de encontro é no Campo de Futebol da Maçã, às 8.45 horas. Ainda em Sesimbra, dia 1 de Junho, a autarquia local convida as crianças o concelho a visitar e a desfrutar, em contacto com a natureza,  a Lagoa Pequena.

Sesimbra organiza caminha na Quinta Feira da Espiga 

É voz corrente que a tradição já não é o que era, o que é um facto. Mas é também verdade que, embora sem o entusiasmo de outrora, algumas das nossas antigas tradições ainda hoje persistem. É o caso do Dia da Espiga, que se celebra um pouco por todo o país na Quinta-Feira da Ascenção, tem lugar 40 dias após o Domingo de Páscoa. Manda a tradição que neste dia se vá de manhã cedo ao campo apanhar espigas de cereais e outras flores campestres para fazer um ramo que deve ser guardado pendurado em casa até ao Dia de Espiga do ano seguinte.
Neste dia, é tradição colher-se um ramo nos campos, constituído por espigas de trigo (abundância de pão), tronquinhos de oliveira (que simbolizam a paz), papoilas (a alegria), malmequeres brancos (a prata) e malmequeres amarelos (o ouro).
O ramo de espiga guarda-se dentro de casa, na cozinha ou na sala, por vezes atrás da porta ou junto de uma imagem religiosa, até ao ano seguinte.
E para lembrar a tradição e festejar o dia, a Câmara de Sesimbra assinala a quinta feira da espiga, 29 de Maio, com uma caminhada e uma visita ao Núcleo Museológico da Moagem de Sampaio, na vila de Sesimbra. O ponto de encontro é no Campo de Futebol da Maçã, às 8.45 horas.
A caminhada começa na Maçã, segue em direção a Pedreiras e Calhariz e termina na Maçã. Aconselha-se que os participantes tragam água e vestuário e calçado adequado à atividade e época.
Crê-se que esta celebração tenha origem nas antigas tradições pagãs e esteja ligada à tradição dos Maios e das Maias.
O dia da espiga era também o "dia da hora" e considerado "o dia mais santo do ano", um dia em que não se devia trabalhar. Era chamado o dia da hora porque havia uma hora, o meio-dia, em que tudo parava, "as águas dos ribeiros não correm, o leite não coalha, o pão não leveda e as folhas se cruzam". Era nessa hora que se colhiam as plantas para fazer o ramo da espiga e também se colhiam as ervas medicinais. Em dias de trovoadas queimava-se um pouco da espiga no fogo da lareira para afastar os raios da casa.
Hoje em dia, sobretudo nos centros urbanos, são raras as pessoas que ainda vão colher o ramo da espiga, mas há quem os faça para vender, sinal de que a tradição se mantém viva. A caminhada pelos campos de Sesimbra provam que o dia não é esquecido.

Sesimbra leva crianças à Lagoa Pequena
No dia Mundial da Criança, a 1 de Junho, a autarquia de Sesimbra convida as crianças do concelho a visitar a Lagoa Pequena.  De acordo com a autarquia local, a iniciativa visa "estimular a proximidade das crianças às questões ambientais e à interpretação da Zona de Proteção Especial da Lagoa Pequena, dinamizando o Espaço Interpretativo, enquanto local dedicado a valores de conservação e de proteção" é o grande objetivo do programa promovido pela Câmara de Sesimbra e pela Sociedade Portuguesa para o Estudo das Aves.
Ao longo do dia, os mais pequenos podem participar em várias iniciativas, como pinturas de camuflagem, peddy papers, jogos tradicionais, histórias, visitas aos observatórios, e muito mais.



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