Sesimbra recupera Fortaleza de Santiago

"Recuperação exemplar" no monumento ex-líbris de Sesimbra  

A requalificação da Fortaleza de Santiago, uma das mais importantes intervenções incluídas no Programa Integrado de Valorização da Frente de Sesimbra, apoiado pelo QREN-PORLisboa, encontra-se praticamente concluída, diz a autarquia de Sesimbra. Custou cerca de dois milhões de euros e volta a a assumir um papel central na estratégia de promoção turística do concelho. 


Sesimbra recuperou Fortaleza, um símbolo da vila  

Depois da obra da primeira fase, centrada na parte exterior, a segunda parte da reabilitação abrangeu os espaços interiores, um trabalho fundamental para preservar as caraterísticas originais deste ex-líbris de Sesimbra.
De acordo com fonte oficial da Câmara de Sesimbra, " a tarefa foi bastante morosa, devido ao estado de degradação de madeiras, paredes e empedrados, mas também devido à descoberta de pormenores que se encontravam ocultos, e que agora poderão ser conhecidos pelos visitantes, como, por exemplo, uma antiga cozinha".
A reconstituição tem respeitado ao máximo a traça original, aspeto bem patente na Sala do Governador, onde foi realizado "um trabalho minucioso para manter o teto, as portas e as janelas primitivas". Aqui, diz a autarquia, "apenas o soalho antigo foi substituído, embora continue a ser de madeira".
Houve também a preocupação de tornar o edifício prático e funcional, adaptado às novas funcionalidades como espaço museológico e de lazer.
Neste campo salienta-se "a instalação de um elevador que permitirá o acesso de pessoas com mobilidade reduzida ao andar superior e um deck em madeira, que estabelece a ligação a todas as áreas interiores a partir da entrada do edifício", refere fonte da autarquia.
Depois de vários meses encerrada, a Fortaleza de Santiago prepara-se, assim, para assumir um papel central na estratégia de promoção turística do concelho, "quer pela abertura do Posto de Turismo e de uma cafetaria, quer pela implementação do programa de musealização, que assenta na preservação da história e memória do edifício", conclui a autarquia de Sesimbra.

A história da Fortaleza 
A Fortaleza de Sesimbra foi edificada em 1648, altura em que o Rei mandou instalar um conjunto de fortificações ao longo da costa como defesas para os constantes ataques piratas.
No século XVIII acolheu o governo militar da região e a residência de Verão dos infantes reais. Sem função militar, em 1879 foi cedida à Guarda-fiscal e em 1886 à Alfândega.
A fortificação apresenta planta poligonal, adossando-se aos vértices do corpo central dois baluartes triangulares a Norte e dois trapezoidais a Sul. Este corpo alberga a casa do governador e as dependências da guarnição, a cisterna, o paiol e a Capela.
Foi classificado como Imóvel de Interesse Público a 29 Setembro de 1977. Passou para posse da autarquia em 2009, após negociação com a Guarda Nacional Republicana, que ocupava o espaço, embora algumas das divisões se mantivessem em poder da GNR. Em 2012 a autarquia conseguiu um novo acordo que libertou todos os espaços, tornando o edifício totalmente público. Nestas zonas, agora disponíveis, vai ser instalado o Posto de Turismo, uma cafetaria e uma zona para eventos culturais e cerimónias institucionais.
A requalificação do edifício custou cerca de dois milhões de euros, e fez parte do Programa Integrado de Valorização da Frente Marítima de Sesimbra, que é apoiado pelo Quadro de Referência Estratégico Nacional – POR Lisboa.

Agência de Notícias

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