A arte de bem cozinhar choco e polvo em Setúbal

Chef oferece viagem aos cozinhados de choco e polvo 

Várias formas de confeção de receitas de choco e de polvo foram apresentadas numa aula gastronómica aberta à população, dinamizada esta quinta-feira, no Mercado do Livramento, em Setúbal. O público participou, tirou notas e promete voltar para mais uma aula, amanhã, 7 de Março, no Mercado 2 de Abril. 


Chef's ensinaram a cozinhar polvo e choco com arte 
Pastel de choco e poejo com arroz de tomate malandro e barco folhado de escabeche de polvo foram as propostas apresentadas na iniciativa “O melhor do nosso mar”, a segunda de um conjunto de três ações promocionais dedicadas ao choco e ao polvo capturados em águas portuguesas.
“O objetivo é envolver as pessoas na gastronomia, despertar o interesse culinário e transmitir alguns conselhos nas formas de preparação e confeção dos alimentos”, sublinhou Vasco Alves, chef da Escola de Hotelaria e Turismo de Setúbal, acompanhado nesta iniciativa por alunos que frequentam o último semestre letivo.
O pastel de choco e poejo foi o primeiro a ser apresentado. Passo a passo, ochef foi demonstrando as diferentes etapas da receita. Destacou, logo no início, que a metodologia não é muito diferente da confeção de um típico pastel de bacalhau. A inovação está na “utilização de ingredientes diferentes”, afirmou.
A adição de pão ralado ou de claras de ovo para se obter uma boa pasta foram algumas das dicas reveladas aos “novos alunos” que marcaram presença no Mercado do Livramento, assim como o molde dos pastéis, que deve ser feito através de uma rotação forte e concisa das colheres.
A utilização de poejo na receita foi igualmente explicada. “É uma erva aromática bastante intensa que confere um sabor muito agradável”, sublinhou Vasco Alves, para depois transmitir alguns cuidados a ter na fritura dos pastéis, nomeadamente a temperatura do óleo.

Publico satisfeito com iniciativa 
Ao desafiar o público a questioná-lo sobre dúvidas gastronómicas, ouviram-se sobretudo perguntas relacionadas com a melhor forma de cozinhar o choco e o polvo. Na cozedura, esclareceu o chef, deve evitar-se a água e dar primazia ao vapor. “A utilizar, só um pouco de água do mar fervida”, revelou o chef.
Seguiu-se o barco folhado de escabeche de polvo. Esta entrada, cujos ingredientes base assentam na massa folhada e no polvo cozido, tem no escabeche o principal destaque. “É um molho típico e forte, muito avinagrado”, frisou, à medida que o público era desafiado a degustar a receita.
Na aula, o público teve oportunidade de tirar diversos apontamentos. Entre características daqueles cefalópodes apanhados na costa portuguesa, em particular numa perspetiva gastronómica, a aula deu a conhecer na íntegra a receita destes dois pratos.
A terceira ação de “O melhor do nosso mar”, iniciativa de âmbito nacional desenvolvida pela Docapesca e que, em Setúbal, conta com as parcerias da Câmara de Setúbal e do Turismo de Portugal – Escolas, realiza-se no dia 7, das 10 às 12 horas, no Mercado 2 de Abril.
A primeira sessão desta iniciativa decorreu no dia 5, no Mercado de Nossa Senhora da Conceição.

Festival do Choco até dia 9 de Março
Iniciativa repete amanhã no Mercado 2 de Abril  
Choco frito, em feijoada ou com tinta são algumas das propostas presentes nas cartas dos 57 restaurantes que integram esta quinzena gastronómica, iniciada no sábado e organizada pela Câmara de Setúbal.
Uma sessão de live cooking “Sabores de Choco”, no último dia do certame, a 9, é dinamizada pela chef Fernanda Amaro, que prepara ao vivo algumas receitas mais criativas desta iguaria, degustadas depois pelos presentes.
Os interessados em participar nesta atividade do Festival do Choco, com um custo de seis euros, devem inscrever-se até dia 5 na Casa da Baía, pelo telefone 265 545 010 ou pelo endereço de correio eletrónico gatur@mun-setubal.pt.
A iniciativa, promovida com o apoio das empresas Lallemand e Makro, é um dos eventos gastronómicos dinamizados pela Autarquia ao longo do ano com o objetivo de promover os produtos regionais e de apoiar a dinamização da restauração local.

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