Centro de Saúde de Alhos Vedros precisa de obras

Rui Garcia lamenta incumprimento sucessivo dos governos

A Câmara da Moita encerrou na passada terça-feira o circulo dedicado à saúde no concelho. Depois de reuniões com representantes dos sindicatos do setor da saúde afetos à União dos Sindicatos de Setúbal, com o diretor executivo do Agrupamento de Centros de Saúde do Arco Ribeirinho, com as três comissões de utentes de saúde do concelho e também a visita aos Centros e Unidades de Saúde da Baixa da Banheira, Vale da Amoreira e Moita, o executivo terminou o périplo em Alhos Vedros onde, como noutros pontos no concelho, há falta de profissionais de Saúde e onde há, sobretudo, falta de instalações básicas que garantam um atendimento de qualidade. Em Alhos Vedros há 2600 pessoas sem médico de família. Na terça-feira, em jeito de balanço, há um debate público sobre saúde no concelho na Biblioteca da Moita que ainda contará com a presença de autarcas de Alcochete, Barreiro e Montijo.   

 Centro de Saúde de Alhos Vedros encerrou Roteiros da Saúde

Terminou nesta terça-feira, dia 11 de Fevereiro, o conjunto de visitas realizadas pelo Presidente da Câmara da Moita, às diversas unidades de saúde do concelho. Acompanhado pela vereadora Vivina Nunes, responsável pelo pelouro da Ação Social, e pelos autarcas da freguesia de Alhos Vedros, Rui Garcia confirmou a urgência da realização de obras de requalificação no Centro de Saúde de Alhos Vedros, cujos "atrasos representam um claro prejuízo para as condições do serviço prestado às populações", diz um comunicado daquela autarquia. 
O Presidente da Câmara testemunhou, ainda, a falta de profissionais de saúde, nomeadamente de médicos de clínica geral, para fazer face aos "cerca de 2600 utentes sem médico família, bem como a falta de enfermeiros, com prejuízo para a prestação dos cuidados domiciliário", reflecte a mesma nota.
As obras de requalificação naquela unidade de saúde têm sido uma promessa dos sucessivos governos, cuja concretização continua a não sair do papel, pelo que Rui Garcia assegurou que tudo será feito junto do Ministério da Saúde para que os utentes e profissionais não “esperem mais oito anos (tempo que duram as promessas) para ver o seu Centro de Saúde com as condições necessárias à prestação de um serviço público de saúde de qualidade”, garantiu o presidente.

Falta de médicos de família é maior preocupação 
Desde Dezembro que a autarquia tem vindo a dar muita importância à saúde no concelho. Num concelho, relembre-se, onde largos milhares de munícipes continuam sem médico de família, [cerca de 16 mil utentes, de acordo com fonte autárquica], o novo executivo liderado pelo comunista Rui Garcia. Além da falta de médicos, o concelho depara-se com uma grave carência de enfermeiros. Esta situação é particularmente grave, atingindo, diz fonte do executivo, "um conjunto de 23,5 por cento do universo de utentes do concelho da Moita". Juntam-se a esta realidade, a dificuldade de acesso aos cuidados de saúde, vulgarmente designados por atendimento complementar. A autarquia já relembrou ao presidente do Agrupamento de Centros de Saúde do Arco Ribeirinho, onde se inclui o município, que é urgente a construção de raiz de novas instalações na Baixa da Banheira, bem como da requalificação das instalações existentes em Alhos Vedros.
No caso do Centro de Saúde da Moita, a situação mais preocupante prende-se com a existência de “sete mil utentes sem médico de família, uma situação que, conjugada com a decisão do Ministério da Saúde de terminar com o serviço de atendimento permanente", o que na opinião do chefe do executivo municipal, "gera dificuldades de acesso ao sistema de saúde por parte dos utentes”.

Saúde no concelho em debate
“Como Estamos de Saúde?” é o tema da Audição Pública que a Câmara da Moita vai promover, no dia 18 de Fevereiro, a partir das 14 horas, no auditório da Biblioteca Municipal Bento de Jesus Caraça, na Moita, e que vai centrar-se em dois temas principais: “A Perspetiva do Poder Local Democrático”, com as posições das câmaras municipais da Moita, Alcochete, Barreiro e Montijo, e também “A Importância do Serviço Nacional de Saúde: As Perspetivas dos Utentes e dos Trabalhadores”.
A temática da Saúde, em geral, e o estado do Serviço Nacional de Saúde, em particular, são temas que o presidente da Câmara da Moita e os vereadores com pelouros têm vindo a aprofundar, através do Roteiro da Saúde, iniciado em Dezembro. A ideia por detrás do Roteiro da Saúde, que agora terminou, foi de acordo com o autarca Rui Garcia, “conhecer profundamente a realidade no concelho, para melhor reivindicar soluções, garantindo o acesso da população a um serviço público de saúde justo e de qualidade”.
A participação na Audição Pública “Como Estamos de Saúde?” é gratuita, devendo a inscrição ser enviada para o email: gap.presidencia@mail.cm-moita.pt.



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