Politécnico representa 1,73% no PIB de Setúbal e Barreiro

Instituto Politécnico de Setúbal já é “um motor de desenvolvimento” da região

O Instituto Politécnico de Setúbal tem um impacto económico anual de quase 55 milhões de euros, o que representa 1,73 por cento do Produto Interno Bruto de Setúbal e Barreiro, concelhos onde está implementado. Esta é uma das principais conclusões do estudo do seu impacto económico na região, que aponta ainda que, por cada euro recebido do Orçamento de Estado (OE) de 2012 foi gerado um ganho económico de 3,5 euros.

Estudo aponta IPS  como segundo empedrador da região  

A força dos números não engana e referem que tanto o município de Setúbal como o município do Barreiro movimentam perto de 55 milhões de euros por força da instalação do Instituto Politécnico de Setúbal (IPS) naqueles territórios. Já é cerca de 1, 73 por cento do Produto Interno Bruto (PIB) de cada município. “E podem ser mais”, refere Luísa Carvalho, uma das três professoras responsáveis pelo estudo, que  aponta "este valor até pode ser maior", tendo em conta que "existem outros fatores indiretos que não foram contemplados".
A mesma opinião tem Armando Pires, presidente do IPS, que realça o facto de que "perto de 60 por cento do valor" que a instituição recebe em OE "retorna ao Estado em impostos e contribuições sociais". Por isso, o "efeito multiplicador" desse impacto "será, certamente, maior". Além disso, Luísa Carvalho considera que a proximidade geográfica do IPS com os concelhos limítrofes faz com que seja igualmente "lícito pensar num impacto económico mais elevado".

Segundo empregador da região
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O estudo concluiu ainda que o IPS "é o segundo maior empregador da região", representando 1,77 por cento da população ativa, e que tem "grande poder de manutenção dos alunos" na zona, já que 44,4 por cento dos inquiridos "manifestou intenção de permanecer na região após a licenciatura". Luísa Carvalho sublinha assim "a missão pública do IPS e o seu contributo para o desenvolvimento regional".
O presidente do Conselho Coordenador dos Institutos Politécnicos, explica que este estudo nasceu precisamente da necessidade de traduzir em números "essa matriz dos politécnicos, que nasceram há 30 anos numa rede regional, para se enraizarem e serem um motor de desenvolvimento". Além disso, Joaquim Mourato, reconhece a importância de "ter estes números do seu lado" perante a atual situação política, que levou a cortes no sector. Todo "este enquadramento justifica o estudo", conclui o presidente. Joaquim Mourato quer mesmo, de futuro, “alagar o estudo" ao impacto da instituição em toda a região de Setúbal.
 O estudo do impacto económico do IPS faz parte de um projeto conjunto com mais sete politécnicos nacionais, iniciado em 2012. Sandra Nunes, professora envolvida na sua elaboração, explica que este "seguiu as linhas centrais" dos trabalhos de Caffrey e Isaacs, de 1971, mas num "modelo simplificado e adaptado à realidade portuguesa". O estudo debruçou-se apenas sobre os concelhos de Setúbal e Barreiro, por serem as "regiões que mais beneficiam" do IPS, e recorreu a questionários, numa amostra aleatória, que teve uma taxa global de resposta de 70 por cento.


Agência de Notícias 

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