Seixal contra concertação de Urgências em Lisboa

Autarcas do Seixal querem reunião com Paulo Macedo e voltam a exigir hospital no concelho 

A Câmara do Seixal manifesta o seu desagrado e repudio pela medida que pretende levar à criação da Urgência Metropolitana de Lisboa, solicitando uma reunião com carácter de urgência ao Ministro da Saúde, Paulo Macedo.

Concentração de urgências em Lisboa preocupa autarcas do Seixal

Na sequência de notícias recentes, divulgadas na comunicação social, sobre a criação de uma urgência hospitalar única em toda a zona da Grande Lisboa durante o período noturno, a Câmara do Seixal não pode ficar indiferente aos impactos negativos que uma medida desta natureza causaria junto das populações.
Tal como outros organismos e instituições, a Autarquia do Seixal considera que existe pouca informação sobre o assunto o que suscita inúmeras dúvidas quanto à sua eventual implementação.
“Também não pode deixar de exprimir a sua preocupação no que concerne ao acesso da população da margem sul aos serviços de urgência, uma vez que essa medida ao ser implementada causaria enorme impacto negativo nas populações que atualmente têm ao seu dispor serviços de urgência de proximidade, contando para o efeito com os hospitais de Setúbal, Barreiro e Almada”, diz fonte da autarquia em comunicado.
De acordo com o executivo da Câmara do Seixal, “o Hospital Garcia de Orta, e apesar do serviço de urgência não responder atualmente às necessidades da população, é o hospital que recebe as situações mais graves de toda a região sul do país”.
Assim, defendem os autarcas, “considerando que o acesso à saúde é um direito inalienável das populações, e face ao exposto, o serviço de urgência do referido hospital deve ser reforçado com novas especialidades e não encerrado no período noturno, dificultando o acesso à urgência de pessoas que se encontram numa situação de saúde, por si só, muito fragilizada”.

Câmara defende construção de hospital no concelho
Importa ainda referir que o Hospital Garcia de Orta, o único que serve as populações de Almada, Seixal e Sesimbra foi dimensionado e construído para servir cerca de 150 mil habitantes e que atualmente os três Municípios contam com cerca de 450 mil habitantes, o que levou à rutura deste equipamento nas respostas ao internamento, consultas de especialidade e intervenções cirúrgicas, a par das insuficientes condições de trabalho para os trabalhadores do Hospital.
Em suma, a Câmara do Seixal “considera que deveria estar a ser decidido e agilizado pelo Ministério da Saúde a urgente construção de um novo Hospital no Concelho do Seixal, no quadro do compromisso assumido pelo governo com a população, comissões de utentes e Poder Local em 2009, com a assinatura de um protocolo entre a Câmara Municipal do Seixal e o Ministério da Saúde”, refere fonte do Gabinete do presidente Alfredo Monteiro.


Agência de Notícias 

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