Ministro entrou na Escola Secundária da Moita por uma porta lateral
O aparato policial era visível, poucos eram os manifestantes e o ministro entrou na Escola Secundária da Moita por uma porta lateral. Os Professores no exterior manifestavam o seu descontentamento. No interior largas dezenas de professores aguardavam as explicações do ministro da Educação sobre o início do ano escolar e a situação dos professores contratados. No fim uma professora fez o resumo e a Fenprof mostrou a indignação contra a política de Nuno Crato.![]() |
Meia centena de professores protestam com ministro na Moita |
Cerca de meia centena de elementos da
comunidade educativa estiveram ontem em protesto junto da Escola Secundária da
Moita, mas não se cruzaram com o ministro Nuno Crato, que entrou no
estabelecimento por uma porta lateral.
Presente no protesto, o
secretário-geral da Federação Nacional dos Professores (FENPROF), Mário
Nogueira, criticou as políticas do Governo e prometeu ações de luta em todas as
escolas que o ministro da Educação e Ciência irá visitar.
"Vamos protestar em todo o lado
que este ministro vá. É preciso ter um grande lata e não ter vergonha na cara
para andar a destruir o futuro da escola pública e da educação neste país, para
despedir, sem regra, tudo o que são professores contratados e depois aparecer
como se não fosse nada com ele", disse à agência Lusa Mário Nogueira.
"Não encontramos razões para este
ministro entrar ainda numa escola pública. Esta é uma política de terra
queimada e assim, dificilmente, nasce alguma coisa fértil", acrescentou.
Crato não viu manifestantes
O ministro Nuno Crato não se cruzou
com os contestatários, pois entrou na escola secundária da Moita por uma porta
lateral, tendo depois realizado uma visita ao estabelecimento e participado
numa reunião com professores do agrupamento.
"Não vi nenhuma manifestação.
Existem sindicalistas e dirigentes do sindicato que estarão a exercer o seu
direito à manifestação à porta. Eu vim falar com os professores e com o diretor
da escola e vamos ter uma reunião de trabalho", disse Nuno Crato.
Mário Nogueira disse que, a poucos
dias do arranque do novo ano letivo, as escolas têm falta de pessoal auxiliar e
de professores.
Professores continuam luta
“Hoje, o desânimo e desencanto dos
professores é enorme. Existem 18 mil professores com horário zero, que o
ministério da Educação desenrascou alguma coisa para fazer, mas que sabem que a
mobilidade especial é uma ameaça que para sobre si", salientou.
O secretário-geral da Fenprof garantiu
que a luta vai continuar.
"A indignação chega e um ponto em
que se confunde com revolta. Um dia destes estaremos todos na rua. A CGTP tem
uma manifestação marcada para 19 de Outubro e com certeza que será uma grande
manifestação", concluiu.
Ana Barraquinho é professora contratada e
este é já o segundo ano consecutivo sem colocação. "A esperança é a última
a morrer, mas a angústia mata-nos. Se soubesse o que sei hoje não teria ido
para professora", lamentou a professora à porta da Secundária da Moita.
O ministro da Educação afirmou que existem "alguns milhares" de professores que estão a ser contratados e que vão ser colocados ainda esta semana. Já quanto ao Ensino Superior, defendeu uma restruturação da oferta, por haver cursos sem candidatos.
O ministro da Educação afirmou que existem "alguns milhares" de professores que estão a ser contratados e que vão ser colocados ainda esta semana. Já quanto ao Ensino Superior, defendeu uma restruturação da oferta, por haver cursos sem candidatos.
Agência de Notícias
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