Almada com hortas urbanas em Setembro

“Esta iniciativa responde às necessidades da população”

Os habitantes do concelho de Almada vão ter acesso aos terrenos para as hortas municipais a partir de Setembro, data em que podem dar início ao trabalho agrícola. O projecto da Rede de Hortas Municipais, no concelho de Almada, situa-se em terrenos da Costa de Caparica, na zona de S. João. PS e CDS/PP já vieram a “terreno” aplaudir ideia do executivo comunista. O presidente da Junta de Costa de Caparica receia que seja “uma estratégia política” em tempo de eleições mas espera que o conceito seja alargado a outras freguesias do concelho.

Hortas urbanas da Câmara de Almada funcionam em Setembro 

Os produtos que os munícipes vão cultivar são “essencialmente para consumo próprio”, visto que os talhões que a câmara vai disponibilizar “são feitos à medida”, afirma o vereador do Desenvolvimento Social na Câmara de Almada. António Matos realça, no entanto, que “há a possibilidade de comercializarem os produtos cultivados, caso consigam uma produção significativa”.
As inscrições no concurso “superaram todas as expectativas e isso prova o interesse da população por este tipo de atividades”, garante o autarca. Para António Matos, esta iniciativa responde às necessidades da população que, “em tempo de crise, pretende aumentar os recursos financeiros e vê na agricultura uma oportunidade para isso”.
A disponibilização de terrenos para hortas municipais promove “as boas práticas da agricultura biológica e leva a população a estabelecer relações de proximidade”, conclui o vereador António Matos. 
A Câmara Municipal de Almada vai disponibilizar, em São João, na Costa de Caparica, 73 lotes de terreno individuais para as hortas municipais, com dimensões entre os 30 e os 125 m2. O processo de candidaturas estava aberto a munícipes residentes no concelho, escolas, instituições de interesse público e associações sem fins lucrativos sedeadas no concelho.

Presidente da Junta da Costa de Caparica quer alargar conceito
António Neves, presidente da Junta de Freguesia da Costa de Caparica, [freguesia onde se situam os terrenos cedidos], acredita que esta medida “pode trazer benefícios à população, pois terá mais espaços para semear e aumentar as suas finanças”. O  presidente considera que a iniciativa “deve ser ampliada a outros polos do concelho, como Charneca de Caparica, Feijó, Monte de Caparica e outros”.
Embora receie também que seja “uma estratégia política”, o presidente da Junta de Freguesia da Costa de Caparica acredita que a “iniciativa pode ter um fim mais humanístico”.

Oposição aplaude ideia
Também Maria de Assis Almeida, vereadora do PS, considera que esta é uma forma de “assegurar melhores condições de vida à população e promover a agricultura sustentável, pois não é nociva para o ambiente”.
O CDS/PP “vê com bons olhos” esta iniciativa da câmara municipal, garante António Pedro Maco, que adianta também que esta proposta já tinha sido apresentada, há alguns anos, pelo partido que lidera e foi chumbada. Desta forma, espera que esta iniciativa da autarquia “não tenha que ver com questões eleitorais” e que o objetivo seja “dinamizar a agricultura da região”, na medida em que “é também uma aposta do CDS/PP, caso seja eleito”.


Agência de Notícias 

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