Trabalhadores despedidos da Siderurgia em tribunal a 31 Janeiro


200 trabalhadores esperaram uma dúzia de anos pelo julgamento  


Os trabalhadores despedidos da Siderurgia Nacional Serviços, no Seixal, vão ver o processo, iniciado em 2001, chegar a julgamento no dia 31 de Janeiro, tendo realizado ontem uma reunião de preparação.

Trabalhadores vão a tribunal amanhã 

Os trabalhadores realizaram ontem  uma reunião no Clube de Pessoal da Siderurgia, onde fizeram um ponto de situação do processo que vai chegar a julgamento amanhã, 31 de Janeiro, pelas 9h30, no Tribunal de Almada.
"Como no dia 31 de Janeiro temos o julgamento, reunimos hoje para preparar e fazer um ponto de situação. Rescindimos os contratos em 2001 pois a empresa prometeu postos de trabalho. Íamos tirar cursos de formação e depois ser colocados nas empresas a criar ou criadas, mas isso não aconteceu e fizemos este processo", disse à Lusa Nuno Silva, um dos despedidos.
Nuno Silva referiu que foram despedidos da Siderurgia Nacional Serviços 200 trabalhadores, que assinaram em 2001 a rescisão dos seus contratos, no quadro do encerramento da atividade siderúrgica da empresa pública, com a promessa de ao fim de seis meses a um ano frequentarem cursos de formação profissional e serem integrados em novas empresas.
"Como a Siderurgia Serviços, responsável por nós, não cumpriu, nós achámos que tínhamos que continuar com este processo. Entraram para o processo mais de 100 trabalhadores, mas como alguns desistiram, devido às custas judiciais, penso que devem estar cerca de 100 no processo e estou convencido que vamos ganhar", referiu.
Nuno Silva disse ainda que o processo judicial tem sido conturbado e com algumas peripécias, chegando a tribunal quase 12 anos depois.
"Por duas vezes foi considerado fora de prazo em primeira instância pelo Tribunal de Almada, o que não percebemos. Recorremos depois para a Relação, que mandou o processo para primeira instância e vamos agora a julgamento", disse um dos muitos trabalhadores despedidos da Siderurgia Nacional, no Seixal, em 2001. Doze anos depois, começa o julgamento.


Agência de Notícias 

Comentários