Morreu o ex-autarca de Setúbal Orlando Curto


“Faleceu um bom autarca”


Orlando Curto, um dos primeiros presidentes da Câmara de Setúbal do período democrático, faleceu no sábado, aos 84 anos, informou o município, através de comunicado. O funeral realiza-se esta manhã para o cemitério da Paz, em Setúbal. 

Orlando Curto presidiu Câmara de Setúbal até 1980 

O antigo autarca encontrava-se internado no Hospital de São Bernardo, em Setúbal, com doença cardíaca. O corpo foi depositado em câmara-ardente na Capela do Socorro e o funeral realiza-se esta terça-feira, às 11 da manhã, no Cemitério da Paz. 
Orlando Augusto Curto assumiu a presidência da Câmara de Setúbal em Julho de 1977, após renúncia do titular do cargo, Ernesto Vitorino. Este último foi o primeiro presidente eleito da autarquia, mas renunciou ao cargo alguns meses depois. Então vereador com o pelouro da Cultura, Orlando Curto foi chamado a dirigir a autarquia até ao final desse mandato, por ser o segundo nome da lista com que o Partido Socialista venceu as eleições locais de 1976.
Com carreira profissional na área da gestão contabilística e de pessoal, Orlando Curto era casado e pai de três filhos, entre eles o encenador, actor e músico Carlos Curto, actualmente director do Teatro de Animação de Setúbal.
A bandeira do município permanecerá a meia haste nesta terça-feira, em sinal de luto por Orlando Curto. Na próxima reunião do executivo, a Câmara de Setúbal deverá aprovar um voto de pesar pelo óbito.

Desiludido com a política
Vítor Zacarias, antigo membro da Comissão Administrativa da Câmara que tomou posse em 1974, salienta que Orlando Curto “foi um homem de uma consideração muito especial tendo em conta a sua participação ativa em Setúbal”. Por seu lado, Carlos Curto refere-se ao seu pai como “uma pessoa que viveu desiludida com a política e com os seus sistemas, sempre com uma preocupação e uma atuação republicana”.
Orlando Curto faleceu aos 84 anos, tendo deixado a sua marca no histórico político do poder local setubalense como presidente da câmara municipal, até 1980, à qual recusou recandidatar-se. Orlando Curto recordou “as dificuldades de gerir um concelho em ebulição”, durante uma entrevista ao Setúbal na Rede, em 2002, explicou o que o levou a ficar afastado da política e a assumir uma “vocação mais para o contra-poder” do que para o seu exercer.

Agência de Notícias 

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