Falta de apoios reduz ajuda a animais nas ruas de Setúbal


Pravi Setúbal queixa-se de “diminuição estrondosa” dos apoios e donativos

A Pravi de Setúbal – associação que protege animais de rua – teme que o futuro da associação seja posto em causa com a “diminuição estrondosa” dos apoios e donativos. Diana Melo, membro do centro de Setúbal, alerta para a “falta de fundos” que comprometem a atividade da associação e que “não permitem garantir o cuidado completo de alimentação e de cuidados veterinários” aos cerca de 70 cães que sustenta.

Pravi, Associação que cuida de cães abandonados, tem falta de donativos

A Pravi não possui um espaço próprio para a recolha de animais abandonados mas "salvo casos raros de animais em condições de extrema magreza, doença ou maus tratos, os animais são colocados em hotel quando se consegue juntar o valor a pagar de mensalidade de 80 euros, por uma ou mais pessoas". Diana Melo, de acordo com o jornal digital Setúbal na Rede, salienta que “os animais, mesmo saindo da rua, nunca estão a salvo” devido à incapacidade de resposta da associação.
A falta de condições económicas alastra-se aos “vários núcleos da Pravi espalhados por todo o país”, incluindo a sede em Sesimbra que se encontra agregada ao núcleo de Lisboa. “Quando os donativos terminarem a actividade da associação também terá de terminar e com ela os cuidados prestados aos animais abandonados podendo levar à extinção de núcleos”, receia Diana Melo.

Clinicas veterinárias não apoiam
O grupo responsável pelo concelho de Setúbal garante que também o número de campanhas de recolha de donativos e o seu saldo “foram reduzidos nos últimos meses graças à sobrelotação dos espaços comerciais locais com outras campanhas de solidariedade”. Segundo Diana Melo, a tendência sentiu-se em 2011 “com uma diferença enorme entre o início desse ano”, em que foi angariada uma tonelada de alimentos, “e o mês de Outubro”, em que a associação consegui juntar menos de metade desse valor.
A colaboradora refere que “neste momento não é possível chegar a mais com a falta de apoios e as dívidas às clínicas veterinárias”. A associação assistiu também este ano à redução no contributo de sócios e voluntários, “que pouco podem dar”, e do número de apadrinhamentos de animais.
Diana Melo salienta que está em vigor a campanha “Arredonda para a Pravi” em instalações comerciais locais e defende que, “ao contrário do que as pessoas poderão pensar, um euro faz toda a diferença”.

Agência de Notícias 

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