Regresso às aulas está à porta


Saber escolher bem é o segredo da poupança

O início de um novo ano lectivo representa uma verdadeira dor de cabeça para as famílias portuguesas, pelo menos do ponto de vista financeiro. Este ano está previsto gastarem, em média, 507 euros, o que representa um aumento de oito euros em relação ao ano anterior, revela um estudo da Cetelem. A boa notícia? Os hipermercados também já avançaram com campanhas de descontos no material escolar

Preço do Material escolar preocupa famílias mo inicio de Setembro

Esta despesa de 507 euros refere-se a uma média de 1,32 pessoas – o que significa que cada aluno custa 384 euros. Mas, no caso de existirem dois filhos a estudar, os custos sobem consideravelmente.
Recorrer à reutilização de material e de livros escolares e não comprar tudo o que os filhos pedem são alguns dos truques usados cada vez mais pelos consumidores para fazerem face a estes gastos que vêm penalizar ainda mais o orçamento familiar, já de si asfixiado.
“Tento não deixar tudo para a última hora, aproveitar ao máximo o material do ano lectivo anterior que ainda está bom e, acima de tudo, comprar ao gosto dos meus filhos, mas sem recorrer a modas, porque geralmente esse material é bem mais caro”, revela ao ADN, uma mãe.

Comprar online é mais barato
Este não é um caso isolado e a maioria dos portugueses estão mais contidos na hora de fazer as compras. Aproveitar as promoções dos hipermercados, das livrarias ou até mesmo das editoras é outra forma encontrada pelos pais para conseguirem comprar tudo a preços mais acessíveis.
Recorrer aos sites das editoras e dos livros pode fazer toda a diferença no momento de pagar. Estes livros são exactamente iguais aos que poderia comprar numa loja física, mas as cadeias oferecem uma percentagem de desconto pela encomenda online, bem como outras condições favoráveis, nomeadamente portes gratuitos ou vales de desconto para compras futuras. A escolha é variada: a Wook, a Porto Editora, o Continente (descontos em cartão), a Leya e a Bertrand oferecem descontos que variam entre os 10 e os 11 por cento nas compras feitas online.
Mas os preços reduzidos não ficam por aqui. Os hipermercados também estão a fazer promoções nas suas páginas de internet a material escolar. Por exemplo, é possível comprar cadernos A4 a 49 cêntimos, apara-lápis a menos de 0,60 cêntimos, conjuntos de 10 esferográficas a 54 cêntimos e mochilas a 9,99 euros.

Créditos podem sair muito caro
Descontos são cada vez mais uma opção de pais e filhos

Recorrer ao crédito é uma das formas encontradas pelas famílias portuguesas para fazerem face a estes gastos habituais no início de cada ano lectivo. De acordo com o estudo da Cetelem, cerca de 30 por cento dos inquiridos admitem usar esta forma de pagamento e 11 por cento afirmam mesmo que o irão fazer. Esta escolha, no entanto,  implica juros, tornando o material mais caro do que realmente é.
A Associação de Defesa do Consumidor (Deco) aconselha os consumidores a evitarem os créditos rápidos. Apesar de prometerem como vantagens a celeridade, a comodidade e a menor burocracia, implicam sempre juros mais elevados, entre os 20 e os 30 por cento, o que, no entender da mesma, “pode vir a complicar ainda mais a situação financeira da família”.
Mas para aqueles que não têm outra alternativa e estão a pensar em pedir um financiamento a curto prazo, a Deco aconselha a utilização do cartão de crédito ou o saldo a descoberto da conta ordenado. “Estas duas modalidades podem tornar-se mais vantajosas, além de serem automáticas”.

Agência de Notícias 

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