Melhor tinto do mundo é do Alentejo



Vinhos da região com excelentes resultados no Concurso Mundial do Vinho

Os vinhos da Península de Setúbal voltaram a 
afirmar a sua qualidade no Concurso Mundial do Vinho de Bruxelas, que decorreu, este ano, em Guimarães, no âmbito da programação da Capital Europeia da Cultura. O júri escolheu, ainda, o melhor tinto de 2012: é português e produzido por Henrique Granadeiro, no Alentejo.

Vinhos de Setúbal voltam a ganhar medalhas internacionais
A Península de Setúbal arrecadou um total de 29 medalhas, onde se destacam aqui as 17 obtidas por adegas do concelho de Palmela:

- Casa Ermelinda Freitas | três medalhas de ouro e nove medalhas de prata

- Adega Cooperativa de Palmela | quatro medalhas de prata

- Herdade de Espirra | uma medalha de prata

Os títulos regularmente obtidos pelos vinhos de Palmela nos grandes certames internacionais validam o grande investimento que os produtores e as entidades da região têm feito na criação e certificação das suas marcas. Segundo o município palmelense, justificam, “uma vez mais, a opção da Câmara Municipal aquando da candidatura de Palmela a Cidade Europeia do Vinho 2012”.

Poliphonia Signature 2008, o melhor tinto  do mundo é Alentejano
Vinho português volta a ser melhor do mundo

Mas o grande vencedor do ano foi o vinho Poliphonia Signature 2008, produzido no Alentejo pelo gestor e empresário Henrique Granadeiro, considerado o melhor vinho tinto do mundo, de acordo com os critérios dos especialistas belgas.
"É um vinho elaborado com base na casta Alicante Bouschet, fermentado em lagares de mármore e que estagiou cerca de 15 meses em barricas de carvalho francês", disse à Agência Lusa o enólogo responsável pelo Poliphonia Signature, Pedro Baptista.
Foi engarrafado há cerca de dois anos e possui "bastante estrutura e bastante concentração e evolui muito bem em garrafa", acrescentou. O vinho premiado é o topo de gama da Granadeiro Vinhos e a colheita 2008 foi a segunda a ser lançada desta marca. "O prémio deixou-nos muito satisfeitos. É sem dúvida o maior prémio que este vinho já teve", disse Pedro Baptista.
O Poliphonia Signature tem a sua origem em três propriedades detidas por Henrique Granadeiro no distrito de Évora, duas em Reguengos de Monsaraz e a outra em S. Mansos, no concelho de Évora, totalizando cerca de 100 hectares de vinha. A adega situa-se no Monte dos Perdigões, em Reguengos, e a empresa Granadeiro Vinhos plantou a sua primeira vinha em 1998.

Os outros vencedores
O júri do Concurso de Bruxelas distinguiu, por outro lado, o Hacienda Zorita Verdejo de 2011, de Rueda, em Espanha, com o prémio de melhor vinho branco.
O melhor espumante é o francês Joly-Champagne Cuvée Special, ao passo que o melhor vinho rosé vai é o Theopetra Estate Rosé 2011, da Grécia.
Portugal obteve, ainda, dez vinhos, todos tintos, distinguidos com a grande medalha de ouro do certame.
Foram atribuídas 2435 medalhas e a França mantém a sua posição de líder com 670 medalhas, seguida da Espanha (461 medalhas), Portugal (297), Itália (257), Chile (160), África do Sul (98), Suíça (65) e Austrália (57).
A organização assinala que Portugal, país hóspede pela segunda vez do concurso "progrediu tanto em volume como na qualidade dos vinhos apresentados", quase mil, o que corresponde a um crescimento de cerca de 44 por cento face à edição anterior.


Paulo Jorge Oliveira 

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