“Maré Humana” invade Praia da Figueirinha


“Tentem deixar o mundo melhor do que como o encontraram”

Lâminas de barbear, latas e fraldas descartáveis, entre outros resíduos, foram recolhidos no sábado de manhã por alunos, de quatro escolas de Setúbal, na Praia da Figueirinha, no âmbito da acção “Maré Humana”.

Dezenas de jovens limparam praia da Figueirinha, em Setúbal 

Cerca de 130 alunos das escolas básicas 2,3 Luísa Todi e de Azeitão, Secundária D. Manuel Martins e da Escola Profissional de Setúbal – distinguidas pela Associação Bandeira Azul da Europa (ABAE) como estabelecimentos de ensino ecológicos – participaram numa acção de sensibilização para a protecção costeira e da biodiversidade, na praia da Figueirinha.
A “Maré Humana”, organizada pela ABAE, decorreu, em simultâneo, em vinte praias portuguesas, contando, a nível local, com o apoio da Câmara Municipal de Setúbal.
Divididos por equipas, os participantes deram início à “Maré Humana”, constituída por quatro etapas, com duas acções em simultâneo, “Alerta 1 – Há lixo na praia!” e “Alerta 2 – Há vida para preservar!”.
Distribuídos 50 sacos de 120 litros, amarelos e pretos, luvas e pinças, os jovens percorreram o areal da Figueirinha, praia com Bandeira Azul, para uma recolha selectiva do lixo.

“Não poluíam as praias”
André Carvalho, da EB 2,3 Luísa Todi, confessou que não estava “à espera de encontrar um saco com fraldas sujas”. Criticando a “pouca consciência ambiental” e o facto de as pessoas estarem “pouco envolvidas”, o aluno deixou um apelo aos pais: “Se querem que os vossos filhos e netos vivam felizes e mais tempo neste mundo, não poluam.”
O jovem de 16 anos, também surpreendido por ver uma garrafa de sumo, meio-cheia, na areia, salientou a necessidade de reflexão para as questões ambientais: “Tentem deixar o mundo melhor do que como o encontraram”.
O lixo recolhido foi entregue na central de compostagem da Amarsul.

Esculturas na areia
Outros alunos dedicaram-se a construir na areia várias espécies marinhas. A equipa dos 10.º e 11.º anos de Animação Sociocultural da Escola Secundária D. Manuel Martins optaram pelo caranguejo para a etapa “Alerta 2 – Há vida para preservar!”, “por ser um dos animais mais fáceis de fazer”, embora as alunas tenham confessado que foi difícil moldar as tenazes do crustáceo.
Golfinho, sardinha e cavalo-marinho foram outras espécies construídas pelas restantes equipas, mas foi a tartaruga da Escola Profissional de Setúbal que sobressaiu entre todas.
Os alunos desta escola foram também os vencedores da gincana “Alerta 3 – 52 Alertas”, prova que procurou mostrar conhecimentos e sensibilizar para as preocupações relacionadas, por exemplo, com o sol, água, segurança e biodiversidade.
Os prémios, oferecidos pela Simarsul, foram entregues aos vencedores pelo vereador do Ambiente da Câmara Municipal de Setúbal, Manuel Pisco, que fez questão de estar presente na “Maré Humana”.

Agência de Notícias 

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