Burla nas Farmácias continua a ser comentada


“É fácil defraudar o SNS” através das Farmácias alerta Sindicato Nacional dos Profissionais de Farmácia e Paramédicos

Os oito detidos pela Unidade Nacional de Combate à Corrupção (UNCC) da Polícia Judiciária (PJ) saíram em liberdade, depois de serem presentes ao Tribunal Central de Investigação Criminal. O Sindicato Nacional dos Profissionais de Farmácia e Paramédicos diz que é “fácil defraudar o SNS”.
Sindicato diz que é fácil lesar o SNS através das Farmácias 
Segundo as primeiras informações, das duas mulheres e seis homens suspeitos de fraude, dois saíram sujeitos a caução e os restantes com Termo de Identidade e Residência.
Segundo a PJ, as investigações que já duravam há vários meses, culminaram terça-feira com uma operação que incluiu buscas, a detenção de oito suspeitos e a apreensão de quatro viaturas.
A UNCC revelou que em causa estão a prática de crimes de falsificação de documentos, burla qualificada e de associação criminosa contra o Estado. Ainda segundo os investigadores, a operação permitiu "desmantelar este grupo criminoso que terá lesado o Serviço Nacional de Saúde (SNS) em várias centenas de milhar de euros, prosseguindo a investigação no sentido de determinar o real prejuízo". Ao que tudo indica, ultrapassa muitos milhões de euros.

Sindicato acusa ministério da saúde de pouco fazer
 

O presidente do Sindicato Nacional dos Profissionais de Farmácia e Paramédicos (SIFAP), Diamantino da Silva Elias, disse à Agência Lusa que "é fácil defraudar o SNS e responsabilizou a tutela pelas fraudes detetadas no setor, por "não ter criado um sistema seguro". 
O presidente do SIFAP lembrou que aquela estrutura há vários anos que vem alertando o Ministério da Saúde para a "inexistência de um sistema que impeça as fraudes", envolvendo as farmácias e as comparticipações dos medicamentos.
O responsável explicou que "basta que um utente vá a uma farmácia e não avie toda a receita". O que deixa a dúvida sobre se os medicamentos que não foram aviados foram, ou não, faturados ao SNS.
Apesar de sublinhar que não tem conhecimento de fraudes concretas em farmácias, o dirigente sindical alerta para a inexistência de um estatuto profissional que assegure que nas farmácias só trabalhem pessoas devidamente qualificadas.
A operação da PJ, que incluiu 11 buscas na zona da Grande Lisboa e a apreensão de veículos, resultou de denúncias feitas pelo Ministério da Saúde relacionadas com comparticipações fraudulentas de medicamentos. Os alertas do ministério enviados para a PJ sobre as possíveis fraudes foram confirmados pelo próprio secretário de Estado da Saúde, Manuel Pizarro

Agência de Notícias 

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