Barreiro vai acolher 300 estudantes angolanos

Dar nova vida aos terrenos da Baía Tejo

A Câmara do Barreiro assinou um protocolo com a Universidade de Belas (de Luanda, Angola) e a empresa Coração Tropical, Formação, Ldª. Com a assinatura desse protocolo, 300 estudantes angolanos irão viver, nos próximos anos, no Concelho do Barreiro, no território da Baía do Tejo, transformando-o num polo de desenvolvimento económico, cultural e científico.

Protocolo trará alunos de Angola para o Barreiro 


Este protocolo constitui, na opinião de Carlos Humberto Carvalho, presidente da autarquia do Barreiro, um “pequeníssimo contributo para construirmos esse mundo, mas temos também obrigação, de promover o desenvolvimento da nossa Terra e criar novas condições para a relação entre os estados português e angolano e as respetivas instituições de ensino superior”.
Com o presente protocolo “pretendemos criar melhores condições para que o Concelho do Barreiro assuma a centralidade na Área Metropolitana de Lisboa”.
Segundo o autarca, pretende-se com este acordo que “os terrenos da Baía do Tejo se abram à população do mundo, se abram a novos imigrantes em Portugal, para assim, o transformar num grande polo de desenvolvimento económico, cultural e científico”.
Carlos Humberto de Carvalho explicou que, numa primeira fase, está previsto (mediante o acordo entre a Baía do Tejo e o Coração Tropical), a vinda de 300 estudantes para o Concelho. Para esse efeito, “a Baía do Tejo está a adaptar as suas instalações. Numa segunda fase, para o mesmo território podemos ir mais longe e chegar aos 500”. Uma medida que se traduz num “contributo para o desenvolvimento do Barreiro”.
 A assinatura deste protocolo é, para Regina Janeiro, responsável pela pasta da educação e da juventude, “um primeiro passo no caminho que aprofundaremos”. Com a concretização deste acordo, “daremos ao mundo mais barreirenses dispostos a intervir na vida do Concelho, dispostos a fazer a diferença. A Câmara  do Barreiro estará como sempre, presente, ao lado, para fazer e concretizar convosco. O Barreiro ganhará”, referiu.

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Embaixador de Angola apoia cooperação entre os estados 


Por seu lado, o Embaixador de Angola, José Marcos Barrica, subscreveu tudo o que foi dito pelos anteriores oradores e desejou que o protocolo possa fortificar as relações entre Portugal e Angola.
Este projeto “assenta que nem uma luva no trabalho de cooperação entre os estados e na promoção da Lusofonia”, é a opinião do Presidente do Instituto Português de Apoio ao Desenvolvimento, Manuel Correia.
Agradeceu, ainda, aos Municípios que têm “um papel fundamental nesta cooperação, mesmo sem meios financeiros”, lamentou. 

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Agatângelo Estevão Zua manifestou a honra que a Universidade tem em se fazer representar neste protocolo. De referir que a Universidade de Belas foi criada em 2007 e é uma instituição de ensino privada. A Universidade incide o seu programa de ensino nas áreas da Saúde, Ciências Sociais e Humanas, Ciências Económicas, entre outras.
O Reitor informou que foram estabelecidos protocolos com várias instituições portuguesas de ensino superior, tais como a Universidade da Beira Interior, o Instituto Politécnico de Setúbal, entre outras.
Explicou que a Universidade “criou um projeto de formação estudantil em Portugal que consiste em levar os estudantes a estudar nas instituições de ensino portuguesas em cursos que ainda não se iniciaram em Angola e, desta forma, multiplicar e diversificar as licenciaturas para respondermos em várias áreas”. 
Para o Reitor surgiu a necessidade de celebrar com a Câmara do Barreiro este protocolo, pois o Município gere o território “onde os estudantes vão passar o resto do seu tempo quando estiveram a descansar a praticar desporto, ou a necessitar dos serviços de saúde, no sentido de lhes possibilitar uma melhor integração social”.
Para Albertina Palma a globalização do ensino superior é cada vez maior. O Protocolo é para a Vice-Presidente do Instituto Politécnico de Setúbal “extremamente importante”. Informou, ainda, que está a ser preparado um programa para integrar os estudantes angolanos em cursos de licenciatura, pós graduação e mestrado.

Agência de Noticias 

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