Sociedade Imparcial 15 de Janeiro, de Alcochete, lembrou passado e presente
A comemorar o seu 114.º aniversário, a Sociedade Imparcial 15 de Janeiro de 1898 – em Alcochete – realizou no passado Domingo, 15 de janeiro, no Salão Estêvão António Barrinha Menino, a Sessão Solene evocativa juntou a festa e os discursos de “austeridade” dos presidentes da Câmara e Junta de Freguesia de Alcochete. Afinal, lembram, a história não anda nunca distante da realidade.
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Em dia de aniversário, banda sai às ruas de Alcochete |
Com uma história rica em cultura, a Sociedade Imparcial 15 de Janeiro de 1898 celebra 114 anos dedicados à música e ao engrandecimento do Concelho de Alcochete. Durante esta cerimónia de aniversário, autarcas locais e representantes da Direcção dedicaram palavras de agradecimento aos músicos da Banda da SIA, ao Orfeão e ao maestro António Menino, por todo o trabalho cultural desenvolvido, e aos monitores da Escola de Música que diariamente trabalham em prol da formação dos jovens.
“Esta Direcção sente muito orgulho em poder contar com estes elementos e fará tudo o que estiver ao seu alcance para poder manter os patamares atingidos pela sua Banda e pelo seu Orfeão. Tentaremos, apesar das dificuldades que existem, elevar o mais possível o bom nome da Sociedade Imparcial 15 de Janeiro de 1898”, destacou o novo Presidente da Direcção da colectividade, Jorge Arrôs.
O presidente da colectividade não descurou também os constrangimentos financeiros que estrangulam, cada vez mais, o trabalho desenvolvido pelo movimento associativo e salientou que “no momento em que o país atravessa, nesta Direcção existem dois sentimentos muito importantes que são a união e a gratidão. Neste momento, a união é um sentimento fundamental para conseguirmos atravessar as dificuldades que se avizinham e a gratidão é o que esta Direcção sente pela Câmara Municipal, pois se não tivesse existido o protocolo não teríamos tido a possibilidade de termos um dos melhores salões de ensaio do país, em termos de acústica”.
Dificuldades financeiras presentes nos discursos
“Esta Direcção sente muito orgulho em poder contar com estes elementos e fará tudo o que estiver ao seu alcance para poder manter os patamares atingidos pela sua Banda e pelo seu Orfeão. Tentaremos, apesar das dificuldades que existem, elevar o mais possível o bom nome da Sociedade Imparcial 15 de Janeiro de 1898”, destacou o novo Presidente da Direcção da colectividade, Jorge Arrôs.
O presidente da colectividade não descurou também os constrangimentos financeiros que estrangulam, cada vez mais, o trabalho desenvolvido pelo movimento associativo e salientou que “no momento em que o país atravessa, nesta Direcção existem dois sentimentos muito importantes que são a união e a gratidão. Neste momento, a união é um sentimento fundamental para conseguirmos atravessar as dificuldades que se avizinham e a gratidão é o que esta Direcção sente pela Câmara Municipal, pois se não tivesse existido o protocolo não teríamos tido a possibilidade de termos um dos melhores salões de ensaio do país, em termos de acústica”.
Dificuldades financeiras presentes nos discursos
Face a estes constrangimentos financeiros, o presidente da Câmara de Alcochete – Luís Miguel Franco – esclareceu que a redução de apoios financeiros ao movimento associativo é inevitável, no entanto, manifestou igualmente a total disponibilidade por parte da Câmara Municipal para “de forma consensual e dialogante continuar a estabelecer condições para que a Câmara continue a prestar o seu apoio a esta causa pública que é fundamental para o Concelho”.
Por sua vez, o Presidente da Junta de Freguesia de Alcochete, Estêvão Boieiro, informou que, pela primeira vez, a Junta de Freguesia não pôde concretizar a habitual oferta de um instrumento à Sociedade Imparcial: “Não é seguramente por esta razão que a Banda deixará de ser a banda de excelência que todos reconhecemos que o é, porém, é com profunda tristeza que nos encontramos perante vós sem poder concretizar um gesto tão simbólico, mas com um grande significado para nós, Junta de Freguesia”.
No que respeita à descentralização de verbas, por parte da administração central, Estêvão Boieiro destacou que, num balanço de seis anos, as verbas já foram reduzidas em cerca de 20 mil euros.
A história e a realidade
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Primeira foto da banda fundada em 1898 |
Se, por um lado, a “asfixia financeira” é a realidade das Autarquias Locais, o Presidente da Câmara também recordou que a mesma não pode ser justificação para todas as acções políticas que são adoptadas.
Numa retrospectiva histórica, o autarca relembrou o sucedido em 1895, ano em que o ministro do rei, João Franco, decidiu reformar administrativamente Portugal e os concelhos portugueses, período em que o Concelho de Alcochete foi anexado ao então Concelho de Aldeia Galega. “E depois de três anos de convulsões sociais, em 1898, com pompa e circunstância, no dia 15 de janeiro, restaurou-se a independência política e administrativa do Concelho, data que continuamos a comemorar, ano após ano, com alegria e com orgulho de identidade”, prosseguiu.
Passados 114 anos, a reforma administrativa volta a estar em discussão na sequência da proposta de reforma administrativa apresentada pelo actual Governo, designada por Documento Verde.
“Tudo isto deve manter-nos em alerta, deve manter-nos preparados para períodos difíceis, mas também com a certeza que Alcochete, enquanto Concelho, se manterá orgulhosamente só, com a sua identidade e a sua independência política e administrativa. A asfixia e as dificuldades financeiras não podem servir para tudo o que tem a ver com má política”, concluiu o autarca.
Como manda a tradição
As comemorações do 114.º aniversário da Sociedade Imparcial prosseguiram, à noite, com a inauguração do Salão “José Manuel Raminhos”. Um quadro de José Manuel Raminhos foi descerrado pelo próprio homenageado, actual trompetista da Banda da Sociedade Imparcial, em que se destaca a sua dedicação a esta formação e as suas elevadas qualidades artísticas.
Depois desta inauguração, a Banda da Sociedade Imparcial 15 de Janeiro de 1898 saiu mais uma vez à rua para comemorar o seu 114.º aniversário e recordar a alegre noite que se viveu na Vila a 15 de Janeiro de 1898, data em que foi restaurada a independência política e administrativa de Alcochete.
Assim, nesta noite histórica e como manda a tradição, a Banda fez ecoar o Hino da Restauração nas principais ruas da Vila com actuações junto aos edifícios da Junta de Freguesia de Alcochete, da Câmara Municipal e no Salão Joaquim Nunes Janeiro da colectividade, onde as comemorações deste dia terminaram com um momento de convívio entre os munícipes.
Como manda a tradição
As comemorações do 114.º aniversário da Sociedade Imparcial prosseguiram, à noite, com a inauguração do Salão “José Manuel Raminhos”. Um quadro de José Manuel Raminhos foi descerrado pelo próprio homenageado, actual trompetista da Banda da Sociedade Imparcial, em que se destaca a sua dedicação a esta formação e as suas elevadas qualidades artísticas.
Depois desta inauguração, a Banda da Sociedade Imparcial 15 de Janeiro de 1898 saiu mais uma vez à rua para comemorar o seu 114.º aniversário e recordar a alegre noite que se viveu na Vila a 15 de Janeiro de 1898, data em que foi restaurada a independência política e administrativa de Alcochete.
Assim, nesta noite histórica e como manda a tradição, a Banda fez ecoar o Hino da Restauração nas principais ruas da Vila com actuações junto aos edifícios da Junta de Freguesia de Alcochete, da Câmara Municipal e no Salão Joaquim Nunes Janeiro da colectividade, onde as comemorações deste dia terminaram com um momento de convívio entre os munícipes.
Paulo Jorge Oliveira
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