Em Reportagem: PSD quer reabilitar prisão

Deputados do PSD defendem ampliação de Pinheiro da Cruz

Os deputados do PSD defenderam na passada segunda-feira, a ampliação do estabelecimento prisional de Pinheiro da Cruz, em Grândola, com as respectivas obras de requalificação, de modo a responder às necessidades actuais. Apesar de o edifício prisional estar sobre a posse da ESTAMO [o antigo governo vendeu o edifício] e de agora estar a pagar o “aluguer”, do equipamento, o PSD coloca em cima da mesa as obras tão necessárias naquele estabelecimento prisional.  

Deputados do PSD visitaram Pinheiro da Cruz, esta segunda-feira


Tendo em conta os actuais constrangimentos económico-financeiros que forçaram o Governo a adiar vários investimentos programados, em vários sectores, os social-democratas colocam a hipótese do estabelecimento prisional de Pinheiro da Cruz sofrer obras de ampliação e remodelação de algumas áreas, nomeadamente na cozinha, lavandaria e telhados.
“A actual crise económica que o país atravessa impossibilita a execução de determinados investimentos, no entanto, podemos sempre aproveitar o que existe e tentar melhorar, caso isso seja possível”, defende Pedro do Ó Ramos.
O deputado e presidente da distrital de Setúbal do PSD considera que com estas obras este equipamento poderia aumentar a capacidade, garantindo todas as condições necessárias para os seus utentes.
“Tendo em conta que os novos Estabelecimentos Prisionais de Lisboa e Vale do Tejo e de Grândola se destinavam a substituir os actuais Estabelecimentos de Lisboa e de Pinheiro da Cruz, vendidos à ESTAMO, foi decidido não dar continuidade aos procedimentos de concurso”, explica.

O bom exemplo de Pinheiro da Cruz

Pedro do Ó Ramos lembra que nos últimos anos a gestão patrimonial do Ministério da Justiça foi caracterizada pela venda de património à ESTAMO e ao arrendamento de imóveis a privados. “Como de facto muitos dos imóveis vendidos à ESTAMO continuaram a ser utilizados, por falta de alternativas viáveis, como são os casos dos Estabelecimentos Prisionais de Lisboa e de Pinheiro da Cruz, o Ministério da Justiça passou a ter que indemnizar aquela empresa por valores equivalentes a rendas”.
O social-democrata acrescenta que “a estes montantes haveria que adicionar o valor das rendas para pagamento dos edifícios mandados construir”, sendo assim a ampliação e requalificação do actual estabelecimento é uma “medida de gestão acertada e consentânea com a presente situação económico-financeira”.
Pedro do Ó Ramos destaca ainda a receita que é gerada pelo estabelecimento prisional de Pinheiro da Cruz, nomeadamente ao nível da suinicultura e da vinicultura.
“Este estabelecimento gera uma receita considerável, que advém sobretudo da criação e venda de animais e da produção e venda de vinho, que agora por decisão do actual Governo fica na sua posse, quando anteriormente era encaminhada para os cofres do Estado”, refere.

Agência de Notícias 

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