Em Reportagem: Jovens manifestaram-se em Setúbal por mais trabalho

Setúbal saiu à rua por mais emprego


Um cordão humano percorreu, sexta-feira de manhã, algumas das artérias da cidade de Setúbal como forma de denúncia da situação de desemprego que afecta os jovens trabalhadores. A iniciativa, da Interjovem, contou com a participação da União de Sindicatos de Setúbal. Com mais de 43 mil desempregados [12 por centro são jovens], o jovens do distrito exigem mais trabalho. 


Jovens querem respostas de emprego no Distrito de Setúbal 


Inserido numa acção nacional de luta contra o desemprego, a Interjovem-CGTP-IN realizou, na passada sexta-feira de manhã, um cordão humano contra a situação de desemprego entre os jovens (e que afecta mais de 320 mil), sob o lema “Contra o desemprego. Não fiques parado! Marcha pelo trabalho com direitos!”.
Esta acção – levada a cabo em conjunto com a União de Sindicatos de Setúbal - teve início às 7.30 horas, com concentração junto ao Centro de Emprego de Setúbal de onde os manifestantes saíram, em cordão humano, até ao terminal rodoviário de Setúbal onde se concentraram e distribuíram folhetos informativos à população.
Anabela Laranjeiro, da Interjovem referiu que esta acção se “insere nas iniciativas de âmbito nacional, como forma de protesto contra o desemprego e com o objectivo de reivindicar que “um dos direitos fundamentais, e básicos, é o direito ao trabalho com direitos e, por isso, não aceitamos aquilo que nos tem sido apresentado como soluções e sabemos que é através da aposta na produção nacional e com combate à precariedade e exigindo que a um posto de trabalho efectivo correspondam vínculos de trabalho efectivos e, por isso, esta acção não só de denúncia mas também de reivindicação e dizendo que não aceitamos viver com este desemprego”.
Para a mesma responsável, ainda “vemos milhares de jovens no nosso país com formações profissionais, formações superiores, alguns dos quais que já estiveram no mercado de trabalho e têm experiência profissional e que hoje estão condenados ao desemprego, por causa de todas estas medidas que têm sido apresentadas, nomeadamente o aumento do horário de trabalho, o corte nos salários e os contratos precários que leva muita gente a viver entre a precariedade e o desemprego”.

No distrito, 12 por cento dos desempregados tem menos de 25 anos

No decorrer desta concentração foi realçada a existência de 43.223 desempregados no distrito de Setúbal, segundo dados de Setembro de 2011, dos quais 12,36 por cento são jovens até aos 25 anos de idade e que, segundo a União de Sindicatos, “têm origem nas consecutivas fragilizações das relações de trabalho e nas políticas de direita que foram sendo impostas aos trabalhadores e sobretudo aos jovens, através da precariedade dos vínculos laborais e da liquidação da indústria efectuada no distrito”.
Os manifestantes exigem ainda que “a um posto de trabalho permanente corresponda um vínculo de trabalho efectivo, que se combata os falsos recibos verdes, que a dívida, os prazos e juros sejam renegociados e que se aposte no aumento da produção e consequente criação de emprego”.

Agência de Notícias 

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