PCP questiona Governo sobre o Hospital do Montijo

Comunistas querem mais médicos e enfermeiros nas urgências do Montijo 

O serviço de Urgência Básica do Hospital do Montijo ainda  corre perigo de ser encerrado, depois de o ministro da Saúde do Governo cessante, Leal da Costa, ter emitido um despacho, publicado em Novembro do ano passado, que deixou de fora dos pontos da rede de urgência a unidade hospitalar da cidade. A situação estagnou com o novo governo socialista mas os deputados comunistas, eleitos por Setúbal, querem saber qual a "perspetiva do governo para o futuro do serviço de urgência do hospital do Montijo" e que medidas pondera o ministério da Saúde "tomar no sentido de dotar o serviço esta urgência dos meios necessários para assegurar cuidados de saúde de qualidade e eficácia".
Urgência do Hospital do Montijo preocupa deputados do PCP


O Governo PSD/CDS-PP em gestão, ultrapassando as suas atribuições, decidiu encerrar onze urgências no país, através do Despacho de lei, assinado a 20 de Novembro. Os comunistas classificam de "inaceitável que o Governo em gestão tenha continuado a tomar decisões para reduzir a capacidade de resposta do Serviço Nacional de Saúde".
Nesse despacho, não será certamente por acaso que não procede à classificação do serviço de urgência do hospital do Montijo no âmbito da rede nacional de urgência e emergência. Diz ainda que o funcionamento do serviço de urgência básica no hospital do Montijo fica dependente de orientação da Administração Regional de Lisboa e Vale do Tejo.
De acordo com os deputados do PCP, "não faz nenhum sentido que ao definir toda a rede nacional de urgência/emergência, haja serviços que não sejam considerados, como o serviço de urgência do hospital do Montijo, em que sua manutenção ainda fica dependente de critérios da Administração Regional de Lisboa e Vale do Tejo".
O hospital do Montijo "tem conhecido um inaceitável processo de desqualificação, com a perda de serviços e valências. O serviço de urgência deste hospital já foi anteriormente desclassificado de médico-cirúrgica para básica, o que teve consequências negativas na redução da capacidade de resposta do hospital", diz o PCP em comunicado enviado ao ADN.
"Espera-se que agora a intenção não seja pura e simplesmente pôr fim ao serviço de urgência básica do hospital do Montijo. Tal significaria dar mais um passo na desvalorização deste hospital e na desproteção da população do Montijo e Alcochete no plano do acesso aos cuidados de saúde", sublinha o mesmo comunicado.
É sabido que o serviço de urgência básica do hospital do Montijo "necessita de reforços, em particular em relação aos profissionais de saúde. Atualmente, no essencial, funciona com recursos a médicos contratados através de empresas de prestação de serviços", dizem os comunistas.
"As insuficiências são inúmeras, mas isso não pode ser pretexto para o seu eventual encerramento, mas antes deveria ser justificação para dotar o serviço de urgência básica do hospital de Montijo dos meios necessários para assegurar a prestação de cuidados de saúde de qualidade, com eficácia e em tempo útil", considera o PCP.
O adequado funcionamento do serviço de urgência do hospital do Montijo para além de dar a resposta de que a população necessita, "também contribui para a diminuição da afluência de utentes ao serviço de urgências do hospital do Barreiro", realçam os comunistas.
Os deputados do PCP, Paula Santos, Francisco Lopes e Bruno Dias, interrogaram o executivo socialista para saber qual a perspetiva do governo para o futuro do serviço de urgência do hospital do Montijo e que medidas pondera o ministério da Saúde tomar no sentido de dotar o serviço de urgência do hospital do Montijo dos meios necessários para assegurar cuidados de saúde de qualidade e eficácia.

Agência de Notícias

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