Fazendo as contas, a violência doméstica custa a cada português quase 400 euros por ano
Um homem de 42 anos foi detido em Setúbal pela Polícia Judiciária por suspeitas de violação e violência doméstica contra a sua ex-companheira. O arguido, que terá agido ao longo de quase sete anos, ficou em prisão preventiva após ser presente a primeiro interrogatório judicial. A violência doméstica custa milhões ao país e o número de queixas está a disparar.![]() |
| A violência doméstica é o crime que mais mata em Portugal |
De acordo com a PJ, a detenção ocorreu fora de flagrante delito, na sequência de uma investigação iniciada após a vítima ter apresentado queixa. No relato feito ao posto da GNR a 8 de Agosto, a mulher, de 43 anos, descreveu agressões físicas, verbais, psicológicas e sexuais durante uma relação que começou em Junho de 2018 e terminou em Fevereiro de 2025. Muitas das agressões terão acontecido perante os filhos do casal.
Mesmo depois da separação, o homem terá continuado a persegui-la e a ameaçá-la, sustentando um clima de medo permanente. A Polícia Judiciária sublinha que o suspeito já possui antecedentes por ofensas à integridade física, o que reforçou a necessidade da medida de coação mais gravosa.
Violência doméstica custa milhões ao país e número de queixas dispara
A violência doméstica representa um grave fenómeno social em Portugal, com impactos humanos devastadores e consequências económicas significativas. Calcula-se que o país suporte anualmente custos superiores a quatro milhões de euros, o que equivale a quase 400 euros por cidadão.
Só na primeira metade deste ano, registaram-se 18.396 queixas, traduzidas em mais de 21 mil vítimas. Este número representa um aumento de 25,8 por cento face ao mesmo período de 2024, constituindo o valor mais elevado desde 2019. A maioria das vítimas continua a ser mulher.
Entre 2020 e 2021, anos marcados pela pandemia, o número de ocorrências rondou apenas 13 mil e 12 mil casos semestrais, respetivamente. Contudo, a tendência tornou-se novamente ascendente.
Quase 1.100 detidos no primeiro semestre entre GNR e PSP
No decorrer dos primeiros seis meses do ano, a GNR deteve 767 suspeitos em 6.951 casos registados. Desses detidos, 692 eram homens e 75 mulheres. O número de vítimas contabilizadas pela GNR atingiu 8.746 pessoas, maioritariamente do género feminino.
Já a PSP registou 3.404 arguidos e 306 detenções neste período. Entre as vítimas identificadas, 8.456 eram mulheres e 4.172 homens.
Ao todo, GNR e PSP somam 21.374 vítimas de violência doméstica desde Janeiro, das quais aproximadamente 69 por cento são mulheres ou meninas. Os dados provisórios mostram ainda que 79 por cento dos agressores são homens.
A realidade estatística confirma a gravidade de um crime que exige resposta rápida, proteção reforçada das vítimas e intervenção social consistente.
A violência doméstica representa um grave fenómeno social em Portugal, com impactos humanos devastadores e consequências económicas significativas. Calcula-se que o país suporte anualmente custos superiores a quatro milhões de euros, o que equivale a quase 400 euros por cidadão.
Só na primeira metade deste ano, registaram-se 18.396 queixas, traduzidas em mais de 21 mil vítimas. Este número representa um aumento de 25,8 por cento face ao mesmo período de 2024, constituindo o valor mais elevado desde 2019. A maioria das vítimas continua a ser mulher.
Entre 2020 e 2021, anos marcados pela pandemia, o número de ocorrências rondou apenas 13 mil e 12 mil casos semestrais, respetivamente. Contudo, a tendência tornou-se novamente ascendente.
Quase 1.100 detidos no primeiro semestre entre GNR e PSP
No decorrer dos primeiros seis meses do ano, a GNR deteve 767 suspeitos em 6.951 casos registados. Desses detidos, 692 eram homens e 75 mulheres. O número de vítimas contabilizadas pela GNR atingiu 8.746 pessoas, maioritariamente do género feminino.
Já a PSP registou 3.404 arguidos e 306 detenções neste período. Entre as vítimas identificadas, 8.456 eram mulheres e 4.172 homens.
Ao todo, GNR e PSP somam 21.374 vítimas de violência doméstica desde Janeiro, das quais aproximadamente 69 por cento são mulheres ou meninas. Os dados provisórios mostram ainda que 79 por cento dos agressores são homens.
A realidade estatística confirma a gravidade de um crime que exige resposta rápida, proteção reforçada das vítimas e intervenção social consistente.

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